Diego
A distância entre nós só cresceu e mal conseguíamos nos ver mas eu prometi que tentaria fazer da certo.
Por um lado estava com tanta saudade e por outro me cobria a insegurança, será que ele também sentia a minha falta.
A única coisa que conseguia me alegrar era olhar pra aquela corrente e pensar que ele também estava fazendo o mesmo.
Me pegava a noite tendo uns sonhos algumas vezes quente. Outras vezes um pesadelo constante. Girava em torno será que ele não ia se enjoar de mim e achar outra pessoa.
Esse pensamento martelava na minha cabeça .
Me peguei um dia desses lembrando de um acontecimento de uns 2 meses atrás quando fui ve-lo no Rio de Janeiro o lugar mais perto que sua peça chegou de mim.
Fui assisti-la e adorei ,quando ela havia acabado tentei ir falar com ele mas o esforço foi em vão,pois tinha uma enorme fila de pessoas em busca de autógrafos e tirar fotos .
Olhei de longe ele parecia tão feliz como se nada mais fosse necessário.
Mas algo chamou minha atenção naquele dia ,ele havia me prometido que nunca tiraria a corrente e eu o vi sem ela.
Sair dali com um sentimento de aflição.
Andei pela rua sem rumo tentando me acalmar.
Parei perto de uma cafeteria e sentei em banco que tinha na calçada parecia ser de um ponto de ônibus.
Sentei e fiquei passando os dedos entre a minha corrente.
Pensando que talvez tivesse uma explicação e que eu estava fazendo tempestade em copo de água.
Quando derrepente recebo uma mensagem dele me perguntando onde eu estava:
_Eu não me senti bem ,e voltei pro Hotel Amaury. _disse eu
_Tá tudo bem mesmo,Di ._disse ele.
_Tá foi só algo que eu comi e que não me fez bem más eu já tomei um remédio,já...já melhora._disse eu.
Preferi menti aquela hora pois queria ficar um pouco só.
Botar minhas ideias no lugar.
Voltei pro Hotel caminhando pois ele não era longe do teatro mesmo.
Mais tarde cheguei em meu quarto e fui direto pra cama me deitar.
Amaury apareceu la pelas dez da noite pra me ver e eu ainda estava deitado no quarto olhando pra janela .
Chegou perto de mim e deitou atrás do meu corpo e disse :
_Tá melhor Di ?_perguntou ele.
_Tô._disse eu.
_Eu senti a sua falta lá. _disse ele se aproximando do meu corpo e roçando a barba no meu pescoço.
_É ?_ perguntei.
_É._ disse ele começando a beijar meu pescoço.
_Hoje não Amaury,eu só quero descansar hoje tá. _disse eu pegando a mão dele que estava atrás de mim e beijando.
_Tá bom então. _disse ele me abraçando por trás.
E dormimos assim abraçadinhos .Sentir aquele corpo junto ao meu me trouxe um pouco de paz de espírito.
No dia seguinte conseguimos ir passear pelo Rio de Janeiro juntinhos de mãos dadas .
Sorrindo como dois bobos.
Amaury tentava me animar quando conversávamos pelo telefone.
Dizendo que quando a turnê acabar iríamos viajar só nos dois. E eu espera ansioso por tal momento .
