Bordel Konoha's

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Bordel konoha's

As mulheres tidas como "honestas e honradas" repudiavam a mera existência do lugar e preferiam não proferir seu pecaminoso nome. Também havia um conflito de interesses, afinal o prefeito Jiraya não deixava haver a expulsão e o encerramento dos trabalhos das moças do lugar, mas também não poderia ir totalmente e diretamente contra as senhoras da chamada liga conjunta de Defesa da Moral e dos Bons Costumes de konoha, presidida por sua honorável nora, Kushina, e as demais beatas da cidade, precisava delas para sua campanha de reeleição.

O sonho das beatas era a extinção do bordel local, que segundo elas amaldicoava o município, mas são enroladas pelo gestor da cidade com a promessa de criar um lugar fora de Konoha para levar a casa de diversão adulta e noturna, vulgarmente chamado de casa da luz vermelha, todos opinaram a respeito desse assunto, menos as mais interessadas nele: as meninas de Tsunade.

A Senju, que negava veementemente ser parente do governador, era a dona daquela casa de diversão adulta, uma verdadeira Zona Boêmia, a loira vivia sua fase de esplendor, o que a fazia lembrar dos áureos tempos de sua madrinha no Cabaré e casa de jogos, sex appeal, em Salvador, o lugar vivia entupido de gente importante, eram coronéis, homens da elite soteropolitana, prefeitos da região, até o governador do estado, onde poderiam fumar seus charutos cubanos fedorentos e pôr para fora toda devassidão de suas mentes doentias, se acabando em corpos jovens e belos rostos ou gostos mais diferentes para a época, ouso ate dizer que experimentavam o nirvana em posições nada ortodoxas que so se encontravam em escriturários raros como o kamasutra.

A loira herdou de sua tia o bordel, mas foi expulsa de Salvador pelas beatas do lugar, um verdadeiro bota fora, mas com a ajuda de Jiraya, acabou se instalando no interior, não muito longe da capital, levando consigo sua clientela vip, que frequentavam o recinto assiduamente.

Tsunade desde muito jovem sempre foi a preferida de Jiraya, mas pelo seu passado, a família Namikaze jamais a aceitaria, então a transformou em sua amante e desde então dá-lhe toda sua devoção e a promessa de manter o cabaré Konoha 's aberto.

No cabaré de Tsunade, tem figuras muito diferentes, para todos os gostos daqueles que puderem pagar, como a Sakura Haruno, conhecida por tomba homem, cabelos róseos, corpo escultural, olhos esmeraldinos e uma força física que dava medo em muitos homens.

A Haruno foi levada ao cabaré de Tsunade em Konoha por Shizune, outra das meninas da casa noturna mais famosa da região, a rapariga presenciou a cena pitoresca da rosada surrar um cara no cas do porto, localizado na região da Cidade Baixa, onde  fazia ponto antes, o caloteiro até tentou fugir sem  pagar o programa, mas levou uma bela corsa. Mas mesmo estando mais sofisticada graças aos ensinamentos  da Senju, mantinha certos hábitos de sua antiga vida, ela ficava possessa cada vez que algum engraçadinho cantava para ela um refrão de uma música do famoso Luiz Gonzaga:

"Paraíba, masculina muié macho, sim sinhô..." a rosada perdia a compostura de moça educada.

Tinha também uma figura icônica e solicitada pelos que gostavam de sexo mais diferenciado, o travesti Lee, mais exótica, uma figura com trages mais chamativos, perucas com cores extravagantes, não levava desaforo pra casa das carolas e beatas da cidade; era baixinha, cabelos pretos lisos, um corpo com tudo no lugar, labios grossos e um deboche inigualável.

Ou ainda a bela e encantadora Shizune, que fazia mais o gênero mocinha avexada, apesar de na cama ser um furacão, fazendo jus ao ditado popular: "quem vê cara, não vê coração".

Em Salvador…

Na verdade, a bela Hinata Hyuuga Yuhi, com sua mãe de descendência italiana, e o pai Japonês, era a atração da noite na reunião na mansão de seus pais, descia as escadas de forma majestosa, Toneri tinha seus em sua direção, os olhos brilhavam em desejo, ele era bem mais velho que a perolada, ele no auge de seus 39 anos, herdeiro de uma das fortunas baianas da época.

O platinado se levantou, foi até base da escada e estendeu a mão direita para a jovem moçoila que a descia

— Permita-me! — Disse o Otsutsuki encantado com a morena à sua frente.

A perolada não entendeu nada, mas procurou ser o mais educada que conseguiu, sua manipuladora mãe lhe observava atenta, a cada passo dado.

Toneri puxou a cadeira para que Hinata se sentasse, ela agradeceu e devolveu um falso sorriso de gentileza, mas cheio de dúvidas do porquê daquilo tudo.

— Hannah! — Chamou Kaguya, sua filha é realmente uma das moças mais belas da capital, não tenho dúvidas que será eleita Miss Brasil e irá para o concurso de miss universo representando nosso pais, como você já fez um dia de forma magnífica. Logo após poderemos fazer o casório com tranquilidade, uma cerimônia memorável.

— Casório? Como assim? — Exclamou Hinata.

— Estamos costurando um belíssimo enlace matrimonial entre você, filha e o herdeiro Otsutsuki, Toneri. Serão muito felizes como eu e seu pai e breve teremos netos lindos.

— Mas mãe… Ele é o irmão do Indra! Isso ainda me causa dor, eu o amava e ele … Se foi! Lacrimejou a morena ainda imóvel.

— Cale se, Hinata! O passado agora não vem ao caso, eu sou sua mãe e sei o que é melhor pra você, o Toneri é o melhor e ponto final. — Volte a comer em silêncio.

À mesa, todos olhavam abismados a atitude da morena.

— Não ha o que discutir, — Disse a ex Miss.

O jantar prosseguiu em silêncio, nem Kaguya e muito menos Hiashi disse uma única palavra sobre o referido assunto, a morte do filho caçula ainda doía, mas tinha que proseguir. Tudo transcorreu naturalmente, Toneri sempre quis estar no lugar do irmão e a falta de bom senso da Hyuuga ajudou nessa realização, mas a cara de desgosto de Hinata durante toda a noite, deixou bem claro sua opinião sobre o assunto, sobre casar com o irmão do seu falecido namorado, eles tinham planos, sonhos...

Ao final do jantar, a morena se tranca no quarto com a cunhada, — Eu não vou me casar com Toneri, prefiro fugir e viver na pobreza. — Tentem, Passei a minha vida toda sendo a marionete da minha mãe, nunca quis nada disso pra mim, só queria estudar, ser independente, ter uma vida como eu sonhei e não viver a vida dela.

— Hina! — Falou a Mitsashi tentando acalma-la, não deve ser tão ruim assim, ele nem é feio, e vai que você se apaixona por ele, como me apaixonei pelo seu irmão Neji.

— Você não entende, ela quer que eu viva a vida dela, que eu seja ela e eu não estou mais disposta a tolerar isso.

No dia seguinte, ela foi relaxar à beira da piscina olímpica do clube social mais visitado pela elite soteropolitana, a AABB, localizado na famosa avenida 7, a morena encantava a todos com seu charme, vestida com seu deslumbrante e ousado maiô  carmim, ela era a atração onde pisasse, porque era mesmo a alegria dos homens do local, que a comia com os olhos. Claro que existiam mulheres tao belas quanto Hinata, que exalavam um charme inigualável, mas aqueles os olhos raros, o corpo de violão que era ressaltado pelo belo par de seios grandes e empinados que desafiava a gravidade, ou quem sabe a pele de pêssego, alva e levemente rosada com um toque de suavidade. Quando ela passava no ar sobressaia seu rastro doce de perfume Muguet du Bonheur: — "O que veio fazer neste mundo deusa de carmim?" Questionou se um dos homens sentados a observá-la tão devotamente.

Um mês se passou e em abril de 1959, correu a notícia na qual obviamente ninguém acreditou, todos pensaram que fosse "um 1º  de abril": A moçoila do maiô vermelho, a miss bahia havia fugido do próprio casamento e frequenta agora o quarto 404 do hotel Palace, no coração da capital soteropolitana.

Aos poucos, com o passar dos dias e a ausência da Garota à beira da piscina, cada um com sua dúvida se perguntava: "por quê?"

Muitos palpites, uns diziam que o pai dela tinha perdido tudo que possuía nas noitadas em jogos de azar, outros que foi o casamento arranjado com um sujeito de índole duvidosa, tinha uma péssima fama de maltratar mulheres e que sua mãe tinha o pessomo habito de limpar sua sujeira, será que ele bateu nela também? — Diziam a bocas miúdas

O baiano sempre foi um povo dado a fazer amizades de forma fácil, as conversas começavam aleatorias no sistema de transporte composto de bondes, ônibus, lotações, e os chamados carros de praça, os táxis, e até mesmo ônibus elétricos na cidade baixa, as fofocas dos ricos logo rolavam como rastilho de pólvora, sem contar o hábito de ouvir rádio e as radionovelas.

A dama do caosOnde histórias criam vida. Descubra agora