Segredos vêm a tona

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Hinata depois de ouvir os conselhos de Sakura, na manhã seguinte, quando acordou de seu sono de beleza, pegou o carro, foi até o terreiro da mãe de santo de sua confiança, Maria Escolástica da Conceição Nazaré, conhecida como Mãe Menininha do Gantois, é uma ialorixá brasileira, filha de Oxum. É a mais famosa ialorixá da Bahia e uma das mais admiradas mães-de-santo do país.

Essa mesma mulher havia previsto seu sofrimento com o padre, falou inclusive que ela seria uma versão mais ousada da Cinderela, e não foi que Hinata perdeu seu sapato em meio aos protestos das beatas? Ela só não imaginava que seu príncipe encantado usa batina e não armaduras.

Neste dia ela fez uma consulta, um jogo de Búzios, que recomendou fortemente que ela procurasse seu amado, confessasse seu amor que os destinos dos amantes estariam mudando de rumo.

— Estou com medo! — Falou a morena com sinceridade, não tinha porque fingir nada ali.

— Não temas… Seu destino está traçado e os orixás deram sua sentença, prossiga "menina", estarão ao teu lado nesta luta, lhe abrindo os caminhos e lhe dando a vitória, já cumpristes sua penitência, é hora de mudar os rumos da sua história.

Ela se levantou, agradeceu a ialorixá beijando lhe as mãos e abraçando-a em seguida. Com brevidade retornou ao bordel, viu todas as garotas chorando e abraçando Sakura.

— O que está acontecendo aqui? Pergunta preocupada: — Mais problemas?

— Não, diva! A tomba homem aqui, finalmente agarrou com unhas e dentes o radialista gostosão. — Uhuuuu! — Disse Lee.

— Eeeeei! Respeita o macho alheio, mona! — Fala a rosada rindo, mas com os olhos esmeraldinos marejados.

— Meu Deus, Sakura! Finalmente, irmã! Hinata a abraçou com força, conversaram um pouco, mas a rosada precisava ir embora, a perolada ajudou a levar as malas até o bagageiro do carro de Sasuke, que aguardava ansioso no estacionamento.

O padre Uzumaki estava na casa paroquial, bem aos fundos da igreja, fumava um cigarro atrás do outro, havia tido uma briga feia com kushina, que veio proibi-lo de abençoar a união de uma meretriz com o filho de sua amiga, Mikoto, tiveram uma discussão, aliás, kushina falava sozinha, ele estava impassível, não mudou de idéia, e a ruiva saiu soltando fogo pelas ventas e batendo a portinhola de acesso.

Pouco tempo depois, ouviu toques suaves na porta, imaginou ser sua controladora mãe, talvez arrepedida ou querendo mais briga, avisou logo, — não vou mudar de ideia, mãe! Abriu a porta totalmente displicente, só se atentou quando ouviu uma voz doce e aveludada ...

— Sua bênção, padre!

— Vo-cê? O que faz aqui?

Ela chegou sem avisar e entrou sem pedir, fechou a porta e ficou escorada nela, trocaram por alguns segundos olhares intensos, isso o fez tremer, era nítido, naquela hora perdeu o chão, ela era o ar que ele respirava, o sol da manhã, a lua cheia que ilumina o céu estrelado.

— Senhorita, ja que entrou sem convite, ao menos sente se, é simples, mas é tudo limpinho.

— Eu não desejo sentar me, padre.

— Então diga com brevidade o que veio fazer na casa do senhor! — Não sou adivinho, falou com ironia, pois ficou sabendo que ela frequentava terreiros de matriz africana na capital soteropolitana. O povo comenta da vida alheia e ainda julga.

— Eu agradeço a Deus a penitência que recebi para curar meus pecados, a cruz que eu carrego padre, me fez novamente descobri o amor.

— Aa- aa- amor? Gaguejou ele temeroso da existência de outro homem que pudesse tomar  o coração da moçoila.

A dama do caosOnde histórias criam vida. Descubra agora