Capítulo XI

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Quando as portas do elevador se abre no último andar do prédio, sou recebida com um espaço amplo e bem organizado, as paredes e pisos brancos trazem um ar de limpeza e sofisticação. Um balcão de atendimento revestido de mármore branco se destaca, sobre o qual repousam um computador, um telefone, alguns informativos sobre saúde e bem estar e cartões médicos. Nas laterais, duas grandes longarinas e entre elas uma pequena mesa entre elas, onde exibem revistas e livros, alinhados e organizados como se raramente fossem tocados. Ao lado, um balcão baixo que se dispunha de uma cafeteira, uma chaleira, potes de bolachas integrais e xícaras minuciosamente organizadas. Expandindo o olhar era notável uma enorme porta de vidro fosco e em destaque uma placa com nome Dra. Luthor são perceptíveis.

Sua assistente abre um sorriso para nós calorosamente ao mesmo instante que desliza suavemente para frente do balcão, ela está vestida formalmente com uma blusa de seda com estampa poá e uma saia lápis preta até a altura do joelho.

De forma gentil e educada, ela é a primeira a quebrar o silêncio na sala.

— Bom dia Srtas. Me chamo Jess, posso ajudá-las? — seu olhar antes direcionado a mim, cai para Lizzie e no mesmo segundo a menina se esconde atrás da minha perna. Acanhada pela situação desconhecida ela leva seu polegar até sua boca e encolhe o corpo, apertando o tecido da minha calça com força.

— Bom dia! — cumprimentei a mulher —  Prazer Jess, eu sou Alex e essa garotinha com vergonha atrás de mim é Lizzie, não é amor? — ela apenas assente, porém não se move. — aperto os lábios, buscando as palavras que poderiam explicar minhas razões de estar naquela sala. Era loucura e não sei como pude ouvir a garotinha sob meus pés.

— Ela é realmente muito linda! — ela diz gentil

— Obrigada!

— E então, o que posso fazer por você, Alex? — ela pergunta educadamente

— Dra. Luthor está muito ocupada? Ela é amiga da minha esposa. — tentava explicar. — Pode parecer estranho, recebi uma ligação urgente do trabalho e não encontrei ninguém com quem deixá-la. Lizzie acabou me dando a sugestão de ficar com Lena. — se ela achou aquele pedido estranho, sua postura profissional não deixou visível.

Ela estreita os olhos, forçando uma lembrança.

— Esposa da Dra. Árias, correto? — sorrindo eu apenas concordo. — Ela está em cirurgia, não acho que termine isso tão cedo. — ela desliza suavemente de volta para o balcão e me olha novamente. — Dra. Luthor não está de plantão hoje, porém está no escritório. Vou notificá-la, um momento. — ela informa assim que pega o telefone.

Kara vai me matar por estar pedindo isso a Lena, mas não vejo outra saída além dessa. Os olhos de Lizzie brilharam e seus lábios pequenos me presentearam com um sorriso quando concordei com a ideia. Depois dessa, eu não tinha a menor chance de voltar atrás.

— Ela irá recebê-la! — a mulher estava na minha frente novamente, estava tão absorta em meus pensamentos que não vi quando ela desligou o telefone e se direcionou a nós. Ela se abaixou com cuidado, ficando na altura de Lizzie, abrindo um sorriso caloroso. — Dra. Luthor sabe que sua tia está aqui, mas não sabe sobre você, quer fazer uma surpresa?

Lizzie apesar de encolhida atrás das minha pernas, sei que escutava atentamente a mulher. Se voltando para frente devagar, ainda com o dedo na boca, ela concorda com a cabeça ao abrir um pequeno sorriso tímido.

— Então será nossa surpresa secreta. — Jess diz, divertida. — Vou levá-las até o escritório da Dra. Luthor. Sintam-se à vontade para pegar um café ou chá, caso queiram.

Seguimos Jess até a porta do escritório, ela bate levemente e a abre em seguida, permitindo nossa entrada.

Lizzie antes tímida se transforma novamente na criança alegre e animada com a que estou habituada, num instante ela estava grudada em minhas pernas e na outra ela estava no meio da sala do escritório da Dra. Luthor, pulando animada e gritando "surpresa" com um sorriso radiante nos lábios.

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