Capítulo XV

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Não existe nada melhor do que uma casa rodeada de pessoas que fazem nosso coração bater, bater tão forte a ponto de saber que sobreviver é uma nova página em branco para escrever novas histórias. Sempre fui apaixonada por esses pequenos momentos em família, poder vivenciar as diversas conversas se encontrando entre os cômodos, as piadas bobas, risadas altas, a correria das crianças de um lado para o outro, os olhares e abraços amorosos. Nada me faz sentir tão viva do que compartilhar desses momentos com os meus, criar e relembrar memórias. 

Ter a oportunidade de ver Lizzie tão feliz é a melhor recompensa de acordar todos os dias, ver ela sorrir, gargalhar, correr e brincar ao lado dos primos é a confirmação do quanto eu sou sortuda por poder contemplar esse pequenos momentos. Nada no mundo me deixa mais feliz do que poder voltar para ela. 

Ser o amor da vida de alguém é sobretudo entender que mesmo que o tempo voe e que as circunstâncias mudem, uma coisa permanece constante: o amor incondicional.

Um amor que transcende qualquer dificuldade, que supera qualquer obstáculo, e que me faz perceber o quanto somos conectadas de maneira única e especial. Cada dia ao lado dela é uma dádiva e ao ver o mundo através dos seus olhos cheios de inocência e curiosidade, eu sou capaz de enxergar a beleza nas pequenas coisas e de valorizar cada instante.

E quando Lizzie olha para mim com aquele brilho nos olhos, com aquela confiança e admiração, eu sinto que sou capaz de mover montanhas por ela, de enfrentar qualquer desafio em nome da sua felicidade.

— Mamãe, você viu? — Lizzie grita em animação do quintal onde brincava com seu primos e amigos. Ela vestia uma jardineira jeans com bolso frontal do Minions e uma camisa lisa vermelha por baixo. Seus cabelos amarrados com um laço azul. — Eu fiz um gol. — ela afirma toda feliz me deixando toda boba pela sua alegria.

— Eu vi sim minha gatinha, foi um golaço. — ela ri e volta a correr atrás dos primos.

Jon, Jordan, Mia e Ruby brincavam com Lizzie no gramado do quintal, era um espaço amplo que dava para as crianças correrem e se divertirem. Eles sempre se deram muito bem e mesmo que Lizzie seja bem mais nova que todos eles, nunca deixaram de incluí-la em suas brincadeiras.

Oliver, Jonh e Barry estavam em volta das crianças, bebendo suas latas de cerveja e observando elas correndo de um lado para o outro atrás da bola.

Megan, Lois, Felicity estavam na cozinha com minha mãe em uma conversa animada enquanto ajudavam-na a trazer aperitivos e bebidas para lado de fora onde tinha uma mesa posta no quintal, abaixo de uma grande árvore.

Lena, Sam, Caitlin, Ava e Lauren estavam encostadas no guarda corpo de madeira, bebiam e conversavam enquanto assistiam as crianças correrem no quintal.

Alex, Win, Clark, Sarah e Nia estavam sentados nos bancos ao meu lado, me faziam companhia enquanto conversavam coisas aleatórias, se alfinetavam e gargalhavam. Clark se levantou e sentou ao meu lado no banco de balanço, me olhando atentamente.

— Você nos deu um baita susto. — ele diz baixinho e eu viro meu olhar para ele.

— Eu sei! — viro meu olhar para Lizzie. — Ainda estou tentando arrumar os estragos.

— Ei, isso não foi culpa sua. Você estava fazendo seu trabalho, por mais cautelosa que você seja, não dá pra controlar tudo. — ele vira a garrafa de cerveja, bebendo calmamente como se aproveitasse desse tempo para pensar e quando termina seu olhar volta para mim. — Coisas ruins acontecem com pessoas boas, Kara. A diferença é como você reage diante delas e você é forte pra caramba e é ótima para aquela garotinha. — Maneio a cabeça positivamente, incapaz de dizer qualquer coisa.

Waiting For YouOnde histórias criam vida. Descubra agora