8. O caderno.

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(semana 2) Quinta-feira 09:40:

Simon acaba de sair do banho. Precisava de uma roupa para vestir, queria aproveitar bem o dia de hoje.

Quando abre seu armário se depara com a caixa de lembranças no canto do armário. Simon olha para ela, se lembra que não havia visto todo conteúdo daquele pequeno quadrado de papelão. Uma vontade absurda o invadiu, ele não poderia esperar.

Ele vestiu uma roupa qualquer, trancou a porta e trouxe a caixa para cama.

A abrindo Simon encontra um caderno, que na capa estava escrito: Caderno de poemas e textos de amor do Wille. Decorado com diversos corações e adesivos.

Simon se lembra do quanto amava esse caderno, Wilhelm o deu de presente no primeiro ano de namoro deles, mas de vez em quando levava o caderno para casa e adicionava mais textos a ele. Simon relia aquelas páginas todas as noites antes de dormir.

Na primeira página havia um poema, o favorito de Simon:

"Caramel abyss

Castanha, mel e caramelo.
Me lembram o abismo.
O abismo mais lindo que já presenciei.
Profundo e complexo.
Mas tão lindo quanto o vasto oceano.
O abismo tem nome sobrenome e endereço.
E se encontram nos seus olhos.
Retinas com cor de vida.
Quero senti-los sobre mim todos os dias."

Simon se lembra de todos os dias, sem exceção, Wilhelm elogiar seus olhos, o brilho deles transmitia ao loiro uma felicidade imensa e uma vontade avassaladora de viver.

Esse e mais muitos elogios que Wilhelm fazia a ele, ele amava ressaltar o quão bonito Simon era e como o fazia feliz.

A cada página um poema mais lindo do que outro, pequenas lágrimas começaram a brotar no canto dos olhos de Simon. Ele admite que sentia saudades de todos os dias chegar na faculdade e encontrar um pequeno poema em sua mesa, ele sabia exatamente de quem era.

Simon encontrou algumas fotos também, de beijos, abraços desengonçados e cantorias aleatórias. Ele sorria largo com todas elas.

- Simon!! Simon, vamos!! Temos que tomar café. - Marcus bateu fortemente a porta e o desespero de Simon também. Fechou a caixa com força e a jogou dentro do armário.

- Hey amor... Pode entrar. - Simon foi mais rápido dessa vez, abriu a porta com um sorriso falso, ele definitivamente não sabia esconder quando fazia algo.

- Mais tarde o pessoal quer fazer um karaokê, quer ir?

Simon ama cantar e cantar com os seus amigos fica muito melhor!

- Claro!! Vai ser muito divertido.

- O que está fazendo? Você nunca tranca a porta. - Marcus entra no pequeno quarto, observando cada detalhe, tentando encontrar algo para incriminar Simon.

- Me trocando... O que mais eu estaria fazendo, amor? Está desconfiado de novo? - Simon se sentiu um pouco sínico com essa fala, mas era um momento complicado.

- Não amor, me desculpe, vou parar com isso. - Ele beija Simon, docemente. - Vou procurar uma roupa para vestir. - Marcus abre o armário e Simon pediu a qualquer Deus que o estivesse ouvindo, que fizesse Marcus não achar aquela caixa.

Leal | Wilmon Au -Young royals Onde histórias criam vida. Descubra agora