Capítulo 11. Se escondendo 1/2

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demorou um pouquinho, mas aqui está uma maratona de capítulos!!





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 Na segunda-feira, eu já estava de pé e na empresa. Tentava me concentrar na programação do nosso novo jogo, mas a discussão de Suni e Natália me atrapalhavam. Ambas não se dão muito bem, e não sei direito bem o porquê, tudo bem que elas são bem diferentes, mas isso não justifica nada! Paro por um momento, tentando dessa vez prestar atenção em que ambas discutem dessa vez:

— O SEU CU! — Suni pareceu ter rebatido alguma acusação de Natália.

— Olha a língua, Suni. A Júlia está aqui na sala caramba... — Sofia, sentada do outro lado da sala em sua mesa, tenta chamar atenção de Suni.

— Infantil! Isso que você é com essas marias-chiquinhas. Minha sobrinha de OITO ANOS usa esse tipo de cabelo. — Natália colocou uma mão na cintura, com um sorriso provocativo.

  Ah então é isso, Natália está provocando Suni, é apenas isso. Que ótimo, podia ser discussão sobre o trabalho, algum código ou defeito, mas não, é sobre a PORCARIA de um corte de cabelo! Essas duas estão me tirando do sério.

— Júlia? Poderia dar uma olhada na minha programação? — Thiago me chamou atenção, empurrando sua cadeira para fora da mesa, a girando para mim. — Eu acho que errei em algum ponto.

  Nem se faz um mês direito e o estresse que eles estavam me dando era absurdo. Nunca fui o tipo de pessoa de ter voz, chamar atenção ou conseguir liderar, eu sempre preferir ficar atrás ou deixar alguém assumir esse posto. Mesmo assim, eu quero tanto tentar, impressionar o Felipe, e claro, fora o salário ótimo que terei. Do nada, todos foram entrando na discussão, formando um bolo de falas juntas na sala. Não consigo reagir ou falar algo, apenas observo sem muito ânimo para impedir ou jogar água neles para parar com isso. Eles são o total oposto uns dos outros, não sei se isso vai funcionar.

  Consigo pensar em uma única coisa, que pararia a discussão deles por um momento. Levanto-me, empurrando minha cadeira para trás, que bate na parede — minha mesa fica afasta do resto, bem no canto esquerdo da sala, que dá uma visão para todas as mesas deles. Me locomovo até as janelas altas, em formato de arco, o que eles nem se quer prestar atenção. Giro a maçaneta da janela e a empurro para fora.

— Dona Júlia? — Escuto Eduardo indagar atrás de mim.

  Um breve vento fresco bateu em meu rosto, balançando um pouco os meus cabelos. Me esgueiro mais para a janela branca, me sentando em seu batendo. Escuto a discussão parando num segundo. Olho para trás e meus colegas estão quase próximos de mim, com uma expressão de assustados. Não tinha certeza que fosse funcionar, mas me parece que sim.

ℙ𝕚𝕩𝕖𝕝 de TrαiçαoOnde histórias criam vida. Descubra agora