Capítulo 2. Gamescom

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bora para mais um capítulo




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 Com o notebook em cima da bancada da ilha da cozinha, André estava olhando a tela inicial do meu jogo. O olhei ansiosa, sentada do outro lado da ilha, esperando que jogue logo. Mordi o meu lanche do Burguer King, quase clicando por ele, para testar o meu jogo logo, sendo a primeira pessoa a fazer isso. Estou tão animada por isso, que é capaz de eu explodir.

— Não achei que fosse ser assim a tela inicial. — Comentou, com a boca cheia.

— Por quê? Está feia esteticamente? — Perguntei, de boca cheia também.

  Ele deu de ombros. Está aí um porquê não deixei se intrometer ou pedir muito a sua ajuda no projeto do jogo, André pode ser chato demais com coisas pequenas, como: "esse personagem está com o braço um pouco desproporcional" ou "essas cores não combinam" e blá blá blá, o resto eu fico surda, finjo não escutar.

— Um pouco. — Tocou na tecla de 'enter' no teclado, iniciando o jogo. — Sorvetinho Adventure? Sério esse nome? — Deixou o seu lanche do lado, colocando ambas a ambas no teclado retroiluminado do seu notebook.

— Esse jogo é mais para crianças, André, larga de ser chato. — Revirei os olhos, mordendo meu gostoso lanche. Sei o que eu disse ontem, que deveria comer algo de verdade, ao invés dessas coisas, mas não resistir quando ele chegou com um Whopper. — Queria que o nome fosse, o que, sacolé ou chup-chup? — Apesar do meu tom não sair muito de humor, foi uma piada.

  O que não faria sentido esses nomes, o meu personagem, o Sorvetinho, é um sorvete de casquinha com duas bolas sendo a sua cabeça, uma de chocolate e a outra de chocolate branco. Vejo André dar um suspiro, obviamente não entendendo a minha piada. Sempre chamo o André de "chatonildo" na minha cabeça, às vezes substituo seu nome por esse. O homem branco começa a focar na tela de seu computador, o que não deixo observar bem. André é um homem comum, com o corpo gordo quase parecido com o meu, usa um par de óculos vermelho-escuro e roupas em sua maioria com camisetas personalizadas, como do Batman, etc., inclusive está usando uma das camisetas que lhe dei no Natal passado, dos Simpsons.

  Eu e ele nos conhecemos num evento de jogos que ocorre todo o ano na nossa cidade. Apesar de não fazer o meu tipo fazer isso, eu que me aproximei dele primeiro, puxando assunto, pois o achava gatinho. Como um homem tímido e envergonhado que era — e ainda é, na verdade —, foi meio difícil me aproximar e ele deixar adentrar sua vida. Depois de um ano sendo amigos, ele decidiu que éramos namorados e ficamos assim. Às vezes sinto falta de uma aliança no meu dedo, mas sei que ele não se liga nessas coisas, e estou sempre no vermelho, nunca conseguiria comprar alianças legais para nós dois. É uma coisa que guardo para mim mesma.

ℙ𝕚𝕩𝕖𝕝 de TrαiçαoOnde histórias criam vida. Descubra agora