Alcina caminhou a passos rápidos em direção ao carro de Michelle mas para em alcance ao se lembrar que as chaves ainda estavam com sua aluna que vinha mais atrás com Carmen em uma conversa Acalorada e de aparência interessante. Isso por si só já surpreendia a mulher , não pelo fato da garota fazer amizade fácil mas sim pela capacidade de esquecer que até minutos atrás estava com um ciúmes sem sentidos de Carmen e agora ambas pareciam amigas de longa data. Ruim ela não achava, afinal, melhor elas se dando bem do que brigando. Claro que seu interesse na conversa não era nenhum, não que ela estivesse nem aí, era mais pelo fato de estar distraída com tal cena.
Atrás da dupla, o sol estava a se pôr lentamente, era uma tarde linda na opinião da mais velha que se via perdida nos cabelos ruivos da garota que brilhavam e se intensificaram ao brilho daquela tarde. Alcina se sentia como um cervo paralisado pelas luzes dos faróis e tal analogia realmente viera a realidade ao perceber uma mão a lhe cutucar o braço a fazendo sair do transe, para perceber que realmente havia paralisado em uma cena que de muito lhe agradara.
-Está tudo bem my lady?- perguntou Michelle parada ao seu lado.
-Tudo bem sim...- diz a morena corando levemente.
-Tem certeza Mamita? A senhora parecia no mundo da lua- diz Carmen com um sorriso de lado, por saber exatamente o por que da mulher estar daquele jeito.
-Tenho certeza, estava apenas pensando em algo- diz Alcina a garota que abre um sorriso enorme.
-Algo ou alguém hein? uma certa ruivinha?- pergunta a morena divertida a mulher que franze o cenho, piscando repetidas vezes. Estava tão na cara assim?
Michelle que ouvia tudo sorria ao mesmo tempo que sentia seu rosto corar.
-V-Vamos embora sim?- pergunta a mulher tentando desviar a conversa apontando para o carro ao qual a dupla percebe o que ela estaria tentando fazer, mas decidi deixar por assim.
-Vamos!- exclama as duas garotas a mais velha que dá um aceno em concordância.
-A chave draga mea- ela diz a ruiva que franze o cenho parecendo confusa- Eu disse que na volta eu iria dirigir, então vamos, a chave por favor- ela diz a garota que forma um bico sobre sua face antes de entregar a chave a mulher que parece aliviada por não haver nenhum protesto da parte de sua aluna, mas se arrepende minutos depois, ao ouvir tanto Michelle quanto Carmen a cantar vários tipos de funk que parecia que iria a deixar doida a qualquer momento.
-○∞○-
A noite logo se aproximou e com ela o que deveria ser um silêncio harmonioso e paz, pelo menos era isso que Alcina pensou que seria apos o resto da tarde inteira mostrar a casa junto de Michelle a Carmen e onde ela dormiria, deveria ser algo tranquilo, mas agora deitada sobre sua cama de camisola prestes a dormir a mulher parecia prestes a beira de um colapso. Michelle e Carmen haviam tido a genialidade de fazer uma festa do pijama, apenas elas duas já que Alcina decidiu que deveria acordar cedo, mas pelo o que parece, esse não era os planos das duas garotas que estavam a ouvir música no talo e se Alcina prestasse o mínimo de atenção ouviria Rose ao fundo chorando. A pobre mulher já estava a rezar para alguma divindade que pudesse acabar com a energia daquela casa pois só assim o silêncio reinaria, e de muito lhe surpreendeu após essa barulheira toda, conseguir ainda ouvir seu celular a tocar, franzindo o cenho ela se movimento preguiçosamente em direção a cômoda e pega o aparelho vendo que era Cecilia chamando ao telefone, ela estava prestes a apertar o botão de atender quando se assusta com a porta de seu quarto abrindo e dele surgindo Michelle que tinha uma expressão meio preocupada sobre seu rosto.
-Estamos te incomodando my love?- ela pergunta quase que gritando por conta do som o que faz Alcina revirar de olhos.
De fato era gentil a jovem lhe perguntar isso, mas seria mais normal se essa pergunta fosse feita a uma hora atrás quando essa barulheira iniciou.
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Minha Professora de Piano
Fiksi PenggemarAlcina fora uma mulher com grandes privilégios desde jovem, nascida em uma família de grande poder e riqueza , nunca lhe faltará nada, ou melhor quase nada, ela tinha tudo aos seus pés menos o amor de seus pais, crescendo praticamente negligenciada...