Capítulo 09

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— Oi, preparei para a gente — Ethan se aproxima, mostrando a sacola com a comida — Não sei se você aceitaria, mas eu gostaria de mostrar um lugar, aceita vir comigo?

  Ele está me convidando para sair?...

— Estou curiosa, para qual lugar seria? — Pergunto.

— Um lugar onde você consegue observar as estrelas — ...

— Emma — Lorena me chamou a atenção — As meninas estão indo embora, você vem com a gente? — Perguntou, se aproximando.

  Ainda em silêncio, Lorena trocou olhares entre mim e o Ethan..., parece estar se perguntando: O que está acontecendo aqui?

  Ela pegou o seu celular no bolso detrás da calça, e em um movimento rápido tirou uma foto com flash do Ethan, o menino deve ter ficado cego.

— Estou de olho em você — Apontou o dedo indicador para ele.

— Não vai acontecer nada com ela, tem minha palavra — Colocou a mão direita no peito, como sinal de juramento.

— Hmm — Murmurou Lorena.

  Me abraçou, e seguiu caminho em direção às meninas, antes de fechar a porta por completo do restaurante, virou-se dando um último olhar semicerrado para o Ethan.

— Vamos? — Perguntou

— Sim.

  ...

  Nem me preocupei em abrir a porta do carro, ele mesmo fez.

— Obrigada! — O último romântico.

  Deu a volta no carro e abriu a porta do motorista.

— Tem preferência de música? — Perguntou, fechando o cinto de segurança.

— Eu sou eclética, mas ultimamente tenho escutado muitos Rocks.

— Não parece que você escuta rocks, mas que bom saber, escolhe uma música para nós!

— Qual é, eu pareço escutar o que?

— Sei lá, talvez Taylor Swift ou Beyoncé...

— Bom, não tenho nada contra, mas rock é um hino — Procuro na minha playlist uma música, ( posso dizer que é até romântica, mas estou em dúvida se este momento é romântico ). Relevei meus pensamentos e comecei a prestar atenção no caminho até chegarmos em frente a um enorme prédio.

  Olho para ele sorrindo, quando peguei na sua mão estendida e entramos no prédio.

— Sr. Lynch? Boa noite, o que faz aqui neste horário? — Uma mulher que tende a ter seus 35, 37 anos, perguntou na recepção, escondendo seu jantar embaixo do balcão.

— Boa noite Alice, vamos subir, me dê licença — O que está acontecendo aqui?

— Onde estamos? — Perguntei, olhando para os lados, confusa.

— Desculpe por não ter lhe contado, estamos na empresa — Informou, entrando no elevador — Você tem medo de altura?

— Não... — A porta se fecha por completo — Cadê os outros funcionários? Você pode entrar aqui mesmo não sendo horário de trabalho?

— É..., a empresa é do meu pai — Silêncio — Fique tranquila — Sorriu.

— Tá bom — Retribuo o sorriso.
Subimos e subimos, até chegar na cobertura, à porta do elevador se abriu e saímos.

— Nossa..., é lindo! — Exclamei boquiaberta.

  Se me perguntarem: Qual você prefere o dia ou à noite? Não vou saber responder, nós precisamos dos dois, as plantas precisam dos dois... De amanhã a cidade acorda com a luz do sol entrando em suas janelas, os animais imploram por passeio, as crianças vão à escola, os adultos vão ao trabalho, o mundo está em constante movimento, não tem quem pare. E a noite como dizem: "É uma criança", uns trabalham, outros se divertem, há muito a oferecer.

O homem da jaqueta de couro - Júlia Rodrigues (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora