Capítulo 14

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"𝙼𝚎𝚜𝚖𝚘 𝚗𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚙𝚒𝚘𝚛 𝚍𝚒𝚊 𝚜𝚎𝚛𝚊́ 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚖𝚎𝚛𝚎𝚌𝚒 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚍𝚘? 𝙾 𝚒𝚗𝚏𝚎𝚛𝚗𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚖𝚎 𝚏𝚎𝚣 𝚙𝚊𝚜𝚜𝚊𝚛? 𝙿𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚎𝚒, 𝚓𝚞𝚛𝚘 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚊𝚛 𝚊𝚝𝚎́ 𝚘 𝚍𝚒𝚊 𝚍𝚊 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚖𝚘𝚛𝚝𝚎. 𝙴𝚞 𝚗𝚊̃𝚘 𝚝𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚘 𝚗𝚎𝚌𝚎𝚜𝚜𝚊́𝚛𝚒𝚘 𝚎𝚖 𝚖𝚒𝚖 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚝𝚒𝚛 𝚎𝚖 𝚙𝚊𝚣 𝚎 𝚟𝚘𝚌𝚎̂ 𝚎̀ 𝚘 𝚑𝚎𝚛𝚘́𝚒 𝚚𝚞𝚎 𝚟𝚘𝚊 𝚙𝚘𝚛 𝚊𝚒, 𝚕𝚒𝚟𝚛𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚜𝚞𝚊 𝚙𝚎𝚕𝚎. 𝙴 𝚜𝚎 𝚎𝚞 𝚎𝚜𝚝𝚘𝚞 𝚖𝚘𝚛𝚝𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚟𝚘𝚌𝚎̂, 𝚙𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚟𝚎𝚒𝚘 𝚗𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚏𝚞𝚗𝚎𝚛𝚊𝚕?" — (𝚃𝚊𝚢𝚕𝚘𝚛 𝚂𝚠𝚒𝚏𝚝 - 𝚖𝚢 𝚝𝚎𝚊𝚛𝚜 𝚛𝚒𝚌𝚘𝚌𝚑𝚎𝚝)

𝚂𝙰𝙺𝚄𝚁𝙰 𝙷𝙰𝚁𝚄𝙽𝙾
         

A verdade é que ninguém seria capaz de entender a força que eu vinha fazendo pra me curar, para crescer, pra estar aqui onde eu cheguei. Por isso, eu deveria estar mais que orgulhosa pelo jeito que luto por mim. Afinal, ninguém mais poderia cumprir tal função com tanta maestria.

Ninguém ouviu as minhas batalhas silenciosas durante noites de choro em claro durante meses. Ninguém foi e nem será capaz de medir o meu esforço pra cicatrizar feridas tão antigas causadas pela ausência dos meus Pais. Esse seria o meu lembrete, meus sentimentos são genuínos, tudo seria válido.

Mas eu sim, já pensei que não fosse conseguir, mas veja só, eu venho conseguindo, dia após dia, e por vezes foi pesado, foi confuso e mesmo assim eu não desisti. Só pessoas muito corajosas conseguem fazer o que eu estive fazendo. Só bravos de corações não desistem de renascer.

Não estava sendo fácil para mim desde quando Sasuke saiu da sala, ele parecia estar incomodado e chateado com o que disse para ele. Mas ao lembrar de tudo que eu tive que passar a um ano atrás o arrependimento que senti se dissipou no mesmo segundo.

Quando ele passou por mim, eu tentei relutar mas eu decidi segui-lo. Eu quis me fazer acreditar que eu o segui para certificar de que ele realmente havia ido embora, mas tinha algo a mais.

Ele não notou que eu o havia seguido, eu o vi caminhar até o seu carro mas ele desviou em direção a porta do passageiro. Eu me surpreendi quando ele pegou um buquê de flores e o jogou no cesto de lixo do hospital. Ele ponderou quando entrou no carro e o arrancou em disparada em direção a cidade.

Eu fiquei alguns minutos parada no mesmo lugar, tentando processar o que tinha acabado de ver.

Me certifiquei de que não havia ninguém próximo que pudesse ter visto isso, estava sozinha na área. Eu caminhei até o cesto e inspirei fundo antes de decidir pegar o buquê. Por sorte, ela ainda estava em perfeito estado como se tivesse acabado de ser colhida de alguma floricultura.

O cheiro dela era bom de se sentir, o que me fez sorrir. Senti um pequeno cartão duro e pendurado próximo a minha mão que prendia o buquê. Eu virei para pega-lo e abri o cartão para ler o que estava escrito.

"𝓔𝓾 𝓸𝓵𝓱𝓮𝓲 𝓹𝓪𝓻𝓪 𝓮𝓼𝓽𝓪𝓼 𝓯𝓵𝓸𝓻𝓮𝓼 𝓮 𝓪 𝓫𝓮𝓵𝓮𝔃𝓪 𝓮 𝓬𝓱𝓮𝓲𝓻𝓸 𝓭𝓮𝓵𝓪𝓼 𝓶𝓮 𝓵𝓮𝓶𝓫𝓻𝓸𝓾 𝓿𝓸𝓬𝓮̂. 𝓔𝓼𝓹𝓮𝓻𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓶𝓮 𝓹𝓮𝓻𝓭𝓸𝓮 𝓾𝓶 𝓭𝓲𝓪, 𝓮 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓼𝓽𝓮𝓳𝓪 𝓭𝓲𝓼𝓹𝓸𝓼𝓽𝓪 𝓪 𝓸𝓾𝓿𝓲𝓻 𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓽𝓮𝓷𝓱𝓸 𝓪 𝓭𝓲𝔃𝓮𝓻.

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