Capítulo 2

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                     "𝙱𝚎𝚖 𝚟𝚒𝚗𝚍𝚘 𝚊𝚘 𝚚𝚞𝚊𝚛𝚝𝚘 𝚍𝚘 𝚙𝚊̂𝚗𝚒𝚌𝚘, 𝚘𝚗𝚍𝚎 𝚝𝚘𝚍𝚘𝚜 𝚘𝚜 𝚜𝚎𝚞𝚜 𝚖𝚎𝚍𝚘𝚜 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚜𝚘𝚖𝚋𝚛𝚒𝚘𝚜 𝚟𝚊̃𝚘 𝚟𝚒𝚛 𝚊𝚝𝚎́ 𝚟𝚘𝚌𝚎̂ — 𝙰𝚞/𝚛𝚊 𝙿𝚊𝚗𝚒𝚌 𝚁𝚘𝚘𝚖"

                                  𝚂𝙰𝙺𝚄𝚁𝙰 𝙷𝙰𝚁𝚄𝙽𝙾

Já se passaram três semana depois da cirurgia e internação de Sasuke Uchiha. As situações estavam em total sobre controle, nada de anormalidade até então. Depois que o hospedei em um quarto no hospital aparentemente ele demonstrava uma grande evolução em sua recuperação. A cada trinta minutos do meu tempo livre eu estava aqui em seu quarto, de novo, o examinando e checando se estava tudo bem com ele.

Mas uma coisa eu precisava confessar para mim mesma é que eu havia criado uma ligação entre mim e ele. Não foi algo totalmente intencional, eu apenas criei uma conexão com alguém que se encontrava incapaz de me responder. Era loucura da minha parte e eu tinha plena consciência disso.

Eu contava tudo para ele sobre o meu dia como se fôssemos velhos amigos. Eu até mesmo conversava com ele sobre o Sasori, e o quanto ele estava disposto a me engatar em um relacionamento com ele. Deus, além de Sasori eu precisava de alguém para conversar diariamente.

Mas eu continuava aqui, como se a qualquer momento eu pudesse obter respostas ou até risadas de Sasuke depois de ouvir as minhas loucuras diárias. Mas era sempre a mesma coisa, eu nunca obtive resposta alguma. Bom, até o presente momento.

Mas geralmente, um elemento chave para a comunicação é que ambas as partes estejam conscientes. Mas o que eu poderia fazer? Eu me sentia sozinha as vezes.

E eu me encontrava acomodada. Estava acostumada a ter a companhia do Sasuke. Geralmente, eu me encontrava enfiada em seu quarto nas horas vagas e entrava em uma conversava prolongada com ele, sozinhos. E acredite, até mesmo contava os meus problemas e sofrimentos diários para ele, mesmo que ele não pudesse me aconselhar de alguma forma. Afinal, seria exatamente isso que os amigos fariam.

O coma é um nome que assusta a muitos, para alguns pode significar um longo caminho sem volta, mas não é sempre assim. Muitas vezes, é o tempo que o cérebro da a si mesmo para se recuperar, ao contrário do que muitos pensam não se trata de um sono profundo, mas, segundo estudos recentes sobre traumatismo e índice de acidentes o estado de um coma é um incidente que mais acontece em pessoas por conta de acidentes graves.

Mas para mim o coma ainda é um enigma, e com isso surge diversos questionamentos sobre como seria o funcionamento de um cérebro durante esse estado mental, mas eu acreditava que mesmo se ele estivesse em um estado mental deplorável, ele poderia me ouvir.

Eu fazia parte de uma pequena taxa de médicos que acreditava nessas hipóteses, alguns pensavam que seria apenas uma metáfora e a maioria dizia que pessoas que pensavam assim, e até médicos, viviam em um mundo faz de conta e que transformavam a realidade em uma mentira.

Mas eu gostava de acreditar nessa hipótese, o cérebro humano ainda era um mistério tanto para mim como para muitos neurologista e cientistas, se o paciente pudesse ouvir as vozes ao seu redor e até mesmo do seus familiares, talvez, isso o ajudasse a encontrar o caminho de volta a realidade, eu sentia isso.

Já pela manhã, eu havia deixado o quarto do Sasuke depois de trocar e limpar os seus curativos, e como sempre eu me despedia dele antes mesmo de deixa-lo sozinho. Mas o Sasuke era alguém especial, ele não ficava por muito tempo sozinho, sua família o vinha visitar todos os dias e nos três horários. Eu já havia decorado a frequência dos familiares que se apresentavam todos os dias.

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