Sonho

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Flor encostada em uma árvore olhava pro céu, ela se sentia como uma criança novamente, mas na verdade era agora.

Ao ouvir uma risada vindo de trás da árvore, ela se virou para olhar, ela via Floreante como no passado, deitado na grama do morro observando as nuvens fofas no céu.

A agora pequena se aproxima dele, curiosa com o que ele estava rindo.

-O que está fazendo tio Floreante? - Ela tenta olhar para o céu também pra entender a graça.

-Estou vendo o que as nuvens podem ser Florzinha! - A garota vira o rosto não entendo sua fala. -Nunca te expliquei essa brincadeira, não é? Pois agora te explico.

-Ok. - Ela se deita ao lado dele, e ainda olha pro céu tentando entender por si própria.

-Eu costumo procurar coisas mais malucas, mas como você é nova vou facilitar pra você! Nessa brincadeira você tem que formar coisas nas nuvens, tipo aquela. - Ele aponta para uma nuvem. - Consegue vê algo?

-Hum... - A garota força os olhos mas ainda não consegue vê nada, então faz um movimento de não com a cabeça para seu "tio".

-Tenta Florzinha! Eu seu que você consegue! Tenta, um cachorrinho, um gatinho, ou que tal um coelhinho! Você não ama eles?

-Coelho... seria muito legal um coelho nas nuvens! - Ela força de novo os olhos que brilham em roxo, ela consegue ver o coelho nas nuvens! Mas o que não percebe é que não é na sua imaginação, e sim ela fez uma das nuvens em forma de coelho com sua magia.

-Florzinha, você percebeu o que fez? - Floreante olha surpreso e se levanta.

-Eu consegui participar da brincadeira! - Ela sacode os braços toda feliz.

-Não Florzinha! Você fez sua primeira mágia! - Ele a abraça.

-Eu fiz? Eu fiz! - Ela sorri animada. -Podemos mostrar pro Scorpio? Ele odeia quando eu fasso algo que ele não pode!

-Que exibida! Mas claro que pode, seus tios também vão amar ver o que você aprendeu a fazer.

Ele a pega nos braços e começa a levar ela pra baixo do morro que estavam.

Até que menina ouve um choro vindo de trás, ela olha e vê uma mulher sentada chorando.

-Tio Floreante, tem uma mulher ali! - Ele a ignora e continua a andar. -Tio Floreante, a mulher! - Ela puxa suas mangas mas ele continua.

Derrepente, tudo começa a ficar preto, inclusive Floreante que desmancha como água, soltando a pequena Flor que começa a cair, mas ela não acerta o chão, ela começa a cair na escuridão não tendo mais nada. Ao dar uma simples piscada em meio a queda ela não vê mais sua mãos de criança e sim da sua eu presente, mas antes que pudesse entender toda situação ela finalmente cai ao chão.

Ela se vê em pé, no meio de uma rua que chovia e ventava bastante. Ela olhava para os lados, ela se vira para trás e olha suas mãos que além de estarem mais velhas estão sujas de sangue.

-Mas o que?... - Ao olhar para trás ela vê uma mulher de cabelos roxos morta no chão. -Mas o que tá acontecendo?! - Ela grita.

Águas negras que só tem a altura para cobrir os pés da menina começam a cobrir todo o chão, as construções em volta se desmoronaram, e Flor estava de volta ao cenário preto que estava antes.

Mesmo voltando a sua forma original, ainda não se sente bem, ela está apavorada.

Olhando para sua direita ela vê Floreante, fazendo surgir um sorriso em seu rosto, ela corre até ele mas ele simplesmente some.

Ela olha para outra direção e vê Scorpio, ela corre até ele mas ele desapare.

Ela olha para mais outra direção, e vê Lila; e assim vai acontecendo como antes, ela corre até as pessoas e elas só desaparecem. É perceptível que estava quase a chorar, mas a única coisa que fazia era correr e gritar uma única coisa que com o tempo fica mais baixo por causa do cansaço : "Não me deixem! Por favor! Aqui não.

Quando finalmente todos que ama somem, ela se ajoelha no chão e começa a chorar definitivamente.

Olhando pra cima, seus olhos encontram um céu claro, seu corpo sente as flores, as florentias. A garota agora em prantos, só consegue soltar algo:

-Aqui não, eu não gosto daqui...

Ela finalmente acorda no meio da chuva, quase pulando pra fora do telhado.

-Flor o que aconteceu? - Scorpio segura seu braço.

-Eu... - O pensamento de contar o pesadelo é excitante, mas sua decisão é quardar a história. -Nada não, só um pesadelo. - Ela sorri.

-Ok então, é seu típico né? - Ele solta uma risada. -Está chovendo melhor irmos pra dentro.

-Certinho!

Lá dentro, Flor entrava depois de secar seu cabelo no banheiro no quarto de seu amigo que estava deitado na cama de barriga pra cima, ela se deita ao seu lado também olhando o teto.

Em sua mente, se passava uma pergunta que queria fazer para o moreno, e juntando um pouco de coragem, pergunta:

-Posso ir na sua festa de aniversário? - Scorpio faz um claro olhar de desentido a pergunta. -Não a festa íntima que eu sempre vou, e sim a sua festa grande, cheia de gente, com temas incríveis!

-Por que exatamente você quer ir agora?

-Eu sempre quis! Parece ser tão animada e legal. E outra, que fazendo uns novos amigos agora, eu percebo que seria legal mais! Então eu poderia conhecer seus amigos! - Ela fala com animação, mas sua frase faz uma cara estranha surgir no rosto de Scorpio.

-Não sei não, meus amigos eles... não são do tipo que você ia gostar.

-Por favor!

-Ok então, mas você só conversa com quem eu deixar!

-Ok!

-Agora vamos dormir! - Ele se vira pro lado.

-Na verdade, eu tenho mais um pedido Scorpio.

-O que é?

-Sabe... eu queria tipo... é que eu amo muito eles... eu...

-Fala logo!

-Posso levar meus amigos?

-Não, que inferno! Eu nem conheço eles!

-É isso que eu quero! Eu vou conhecer seus amigos, e você conhece os meus.

-Não sei não...

-Então só a Lila! Por favor! Se eu não conseguir fazer amizade, você vai tá acupado demais pra lembrar de mim, aí eu tenho a Lila!

-Tá bom. Agora podemos dormir?

-Sim! Boa noite Scorpio! - Ela dá um beijo em sua bochecha, e se vira para dormir.

um reconto de o diário de uma princesa desastrada Onde histórias criam vida. Descubra agora