Mark não deixou a amiga em paz nas semanas após o encontro de ambas na festa de caridade da empresa. Naquela noite, ambas saíram de fininho e foram para a casa de Imra, que estava feliz em estar novamente da presença da loira e também preocupada por descobrir que sua amante era ninguém, ninguém menos do que a própria Deusa do amor. Sim, ela tinha concordado com os termos, mas isso não significava dizer que sabia explicar como aceitou esse fato tão facilmente.
— Me responda da forma mais sincera possível: você realmente rezou aos Deuses naquele dia para que nos encontrássemos? —A morena perguntou, curiosa, durante o café da manhã naquele final de semana.
Mark sorriu enquanto mastigava um croissants de queijo. O moreno sequer tentou negar. Quando engoliu, apenas deu de ombros:
— Óbvio. E talvez também tenha pedido que fosse naquela noite específica. De qualquer modo, o importante é que eles atenderam ao pedido e sua garota te reencontrou.
O comentário a fez corar violentamente, ao ponto de sua face se parecer com um tomate.
— Ela não é "minha" garota, exatamente. — Retrucou e roubou uma batata frita da caixinha perto do prato dele.
Mark a encarou com a sobrancelha erguida.
— Estão em um relacionamento aberto? — Perguntou e ela negou, deixando-o ainda mais curioso a respeito de sua relação.
Imra não contou ao amigo que a sua possível namorada era uma criatura imortal que eventualmente partiria seu coração, mas ela mencionou que não estavam disponíveis para outras pessoas apesar de não terem um relacionamento com status definido. Ao menos, ela achava que não.
Mark estava secretamente intrigado, mas não queria deixá-la desconfortável, então apenas aceitou a resposta que lhe foi dada. Ficaria quieto, por hora.
— Quando vão se encontrar de novo? — O moreno não conseguia conter sua animação nem que se esforçasse muito para tal. O brilho em seus olhos escuros dizia o quanto estava feliz por sua amiga e, claro, por ter suas preces atendidas.
Imra deu de ombros.
— Ela disse que me encontraria. — Não era bem a resposta que ele estava esperando e também não era a resposta que ela queria dar.
— O que isso quer dizer? Ela vai sumir de novo? E... você conseguiu descobrir o nome dela? — As perguntas foram, literalmente, feitas uma atrás da outra e quase sem um espaço para respirar entre elas. Imra quase riu. Quase.
— Boa pergunta. Rezo que não e ela se chama Dite, respectivamente. - Respondeu, batucando os dedos na mesa da cafeteria.
Era sábado de manhã e nenhum deles estavam a fim de cozinhar a própria refeição, então marcaram para comer algo diferente e colocar o papo em dia sem o estresse do ambiente de trabalho. Mark tomou um gole de café enquanto pensava a respeito da situação.
— Quando vou poder conhecê-la?
Imra pensou a respeito. Infelizmente, não tinha como dar nenhuma garantia ao amigo, mas a ideia de ambos se conhecendo fazia uma paz se espalhar por seu interior. Percebeu que queria aquilo mais que tudo, mesmo que fosse temporário. Será para sempre enquanto durar foram as palavras exatas de Afrodite.
— Não garanto nada, mas prometo que vou tentar fazer com que isso aconteça o mais rápido possível, okay? — Perguntou e ele assentiu com um sorriso satisfeito que morreu pouco tempo depois, ao se lembrar de algo importante.
— Desde que você esteja bem e feliz, tudo bem por mim. — Respondeu, suavemente. Imra sorriu. Uma amizade como a de Mark era difícil de encontrar.
— Que bela coincidência encontrá-los aqui, queridos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙄 𝙠𝙣𝙚𝙬 𝙮𝙤𝙪 𝙬𝙚𝙧𝙚 𝙩𝙧𝙤𝙪𝙗𝙡𝙚 • 𝙋𝙅𝙊
FanfictionO Prometido de um Deus era uma alma especialmente desenhada para completar seu imortal, sendo uma versão divina, rara e poderosa da lenda das Almas Gêmeas. A ligação entre ambos era tão especial que era considerada sagrada pelos Deuses, de modo que...