sunshine | percy jackson¹

𝟏𝟓. orpheus' melody

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capítulo 15.
❝orpheus' melody❞

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ACHAR OS ESTUDOS M.A.C FOI RELATIVAMENTE FÁCIL. Ficava no cruzamento da Valência Boulevard com a Goldcrest Dr. Já tinha ido ali com a minha mãe antes, mas não me recordava do prédio.

Quer dizer, eu sei que era nova, mas acho que lembraria de um edifício inteiro feito de mármore negro com letras douradas gravadas dizendo: ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO M.A.C.

Embaixo, impresso nas portas de vidro, PROIBIDA A ENTRADA DE ADVOGADOS, VAGABUNDOS E VIVENTES.

Já era quase meia-noite, mas o saguão estava iluminado e cheio de gente. Atrás do balcão da segurança estava sentado um guarda de aparência agressiva, com óculos escuros e um fone de ouvidos.

— Certo. Vocês se lembram do plano — Percy falou.

Ah, sim. O incrível plano. Me perguntem quem foi que bolou esse plano mesmo? Sim, isso mesmo. Percy.

Eu preciso dizer que o plano provavelmente não iria funcionar?

— O plano — Grover engoliu seco. — Isso. Adoro o plano.

— O que vai acontecer se o plano não funcionar? — Annabeth falou.

— Sem pensamentos negativos.

— Certo — falei, sínica — Estamos entrando na Terra dos Mortos e eu não devemos ter pensamentos negativos. Faz sentido.

Percy tirou as pérolas do bolso, as quatro esferas cor de leite que a nereida lhe deu em Santa Monica. Percy olhou para elas, seu olhar preocupado.

Suspirei, arrependida de ter caçoado dele. A sua mãe estava lá embaixo, nas palmas da mão. E nós ainda precisávamos salvar o mundo. Aquele não era o momento para duvidar dos planos dele.

— Desculpe, Percy — falei, colocando a mão em seu ombro — Você tem razão, vamos conseguir.

— Vai dar tudo certo — Annabeth falou.

Dei uma cotovelada em Grover.

—  Ah, está certo! — concordou ele. — Chegamos até aqui . Vamos encontrar o raio-mestre e salvar sua mãe. Sem problemas.

Ele olhou para nós, com a gratidão no olhar e enfiou as pérolas de volta no bolso.

— Vamos chutar alguns traseiros no Mundo Inferior.

Entramos no saguão do M.A.C.

Alto-falantes embutidos tocavam uma música ambiente suave. O carpete e as paredes eram cinza-chumbo. Cactos cresciam nos cantos como mãos de esqueletos. Os móveis eram de couro preto, e todos os assentos estavam ocupados.

Havia gente sentada em sofás, gente em pé, gente olhando pela janela ou aguardando o elevador. Ninguém se mexia, nem falava, não faziam nada. Com o canto do olho, eu podia vê-los muito bem, mas, se me concentrasse em qualquer um em particular, eles começavam a parecer... transparentes. Dava para ver através dos seus corpos.

O balcão da segurança ficava em cima de um degrau, portanto tínhamos de olhar para o alto para falar com o guarda. Ele era alto e elegante, com pele na cor de chocolate e cabelo tingido de loiro, cortado em estilo militar. Usava armação de tartaruga e um terno de seda italiano que combinava com o cabelo. Uma rosa negra estava presa à lapela, embaixo de um crachá de prata.