Depois de Rodolffo fornecer os novos elementos, Juliette precisou ir prestar declarações. Aproveitou e prestou queixa sobre Raul por assédio.
A agenda do cantor estava suspensa até que estivessem reunidas todas as condições para o regresso.
Juliette entrava no nono mês de gravidez. A médica havia alertado para a hipótese deles nascerem antes do tempo e ainda ser feita cesariana.
Ela queria parto normal, mas também tinha plena consciência de que poderia não ser possível.
As investigações apontavam para que Raul estivesse na cidade quando o incidente. Faltava ligar ele ao contratante ou ele no local do show.
Depois de muito pressionado pela polícia, ele confessou que Raul era seu primo e actualmente estavam numa parceria de trabalho.
Sobre o afastamento do público do palco, contou que tinha sido sugestão de Raul, mas sobre a explosão não adiantou muito. Forneceu a localização do primo e foram presos os dois.
Aguardam julgamento na prisão.Rodolffo recebeu a notícia e ficou mais aliviado pelos meliantes estarem presos.
Completamente recuperado, já podia voltar aos shows. Sérgio ainda fazia fisioterapia, mas já podia caminhar.
O quarto dos gémeos finalmente ficou pronto. No último ultrassom descobriram que um deles era menina, mas o outro manteve-se escondido.
Resolveram decorar o quarto de tons neutros, mas Rodolffo quis uma parede decorada com borboletas azuis e rosa. Ele teimava que eram um casal e ninguém lhe tirava isso da ideia.
Faltavam quinze dias para terminar o tempo de gestação. Juliette acordou um pouco indisposta.
Tomou um café ligeiro e foi novamente deitar-se.
Qualquer posição era desconfortável. Levantou-se e foi caminhar no jardim.
Rodolffo tinha saído cedo para resolver assuntos de trabalho.
Paula estava nas suas tarefas quando ela desceu.- Vou caminhar um pouco, Paula. Não estou muito bem.
- Quer que vá consigo ou telefone para o Rodolffo?
- Não é preciso. Volto em 20 minutos.
Passara meia hora e Paula não viu Juliette voltar. Saiu à procura dela e viu-a sentada num dos bancos, segurando a barriga.
- Está tudo bem, Juliette?
- Não. Acho que eles querem nascer. Estou com algumas contrações.
Paula ajudou Juliette a regressar ao interior da casa.
Telefonou para Rodolffo que disse já estar de regresso e depois subiu ao quarto da Ju para buscar a mala da maternidade que estava pronta.Rodolffo chegou logo de seguida.
Ligou para a médica e ajudou a Ju a entrar no carro. Momentos depois chegaram à clínica e Juliette foi logo encaminhada para a sala de partos.
- Tudo indica que poderemos ter um parto normal. A dilatação é boa, vamos iniciar.
Rodolffo vá-se equipar se quiser assistir.Rodolffo imediatamente colocou bata, touca, luvas e sapatos e posicionou-se à cabeceira de Juliette.
Deu-lhe beijo na testa e disse que ia correr tudo bem.
O parto do primeiro bébé demorou um pouco, mas Juliette sorriu ao ouvir o primeiro chorinho.
- Aqui está uma menina grandona.
Rodolffo chorava baba e ranho. Oh homem emocionado!
Juliette recebeu a filha no peito enquanto a médica se concentrava no outro bébé. Não demorou muito, novo choro ecoou na sala. Um choro mais suave.
- É um rapagão, disse a doutora.
- Vês? Eu sabia que era um casal, disse Rodolffo beijando Juliette. Obrigada, mamãe.
As enfermeiras levaram os dois e Rodolffo teve que sair para terminarem com Juliette antes dela ir para o quarto.
Enquanto esperava foi tomar um café e comer uma sanduíche pois ainda estava em jejum.
Não demorou muito. Não queria deixar Ju sózinha quando viessem os gémeos.