capítulo 12

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...

Sanji pov:

Os dias se tornaram repetitivos e sem graças. A impressão, é que quem mantinha a paz nessa casa era mamãe. E agora ela estava morta.

Por que? Por que pessoas morrem? Ela era tão boa... Talvez seja isso, ela era boa de mais para esse mundo.

Mas ela morreu, e me deixou sozinho, a Reiju também. Depois que morre, o que acontece? Você apodrece e espera que os insetos devorem sua pele? E em questão às pessoas que você deixou? Não se importa com elas?

Eu não entendo isso de morte. Talvez eu seja novo ou, apenas burro. Morte é um processo natural e sem sentido. Se um dia todos vamos morrer, por que nascemos? As vezes, a resposta aparece como um sussuros daqueles irritantes: "para sofrer". Claro.

Uma semana após a morte da mamãe, Reiju se forçava a ter um sorriso no rosto, dissera que nossa mãe não gostaria de ver os filhos tristes por ela. Concordei, mas não conseguia sorrir.

Meus irmãos? Parecem que não ligaram. Claro, ficaram abalados no começo mas, voltando ao normal deles em pouco tempo.

E em questão de nosso pai, ele saiu novamente. Uma viagem de negócios importantes que crianças estúpidas não podiam se intrometer, saiu marchando no dia, exalava ódio, e eu também enquanto o encarava.

Ele disse algo sobre uma família "nobre" esquecida... Donquixote? Acho que esse era o nome, tinha algo para resolver na cidade afastada deles.

Quando voltou, voltou pior. Agressivo e, rude. Não respondia quando lhe perguntavam algo, nem seus filhos favoritos, essa foi a parte boa, ver a cara de cada um deles ao serem ignorados pelo nosso pai.

Pude sentir o ego deles sendo quebrados em milhões de pedaços. Sorri quando isso aconteceu, mas voltei a ficar sério em seguida.

O tempo estava claro, nublado bem longe de onde estava, provavelmente uma chuva viria mais tarde. Desde que voltei para cá, meu passatempo durante a tarde é me deitar na grama, um pouco afastado da casa e de todos.

" Seu pai é um assassino, garoto."

- E o que te leva a essa conclusão? - Questiono, pegando uma folha e a rasgando em vários pedacinhos.

" Sabe para onde ele foi? Na suposta viagem de negócios."

Parei e refleti. Não sabia nada sobre e, mesmo se quisesse saber aquele homem não falaria a menos que lhe fosse conveniente falar. Senti um frio na espinha e me virei na grama, encarando a grande floresta que me cercava.

- Ele foi... Fazer um trabalho de adulto. Com aquela família de nome estranho...

" Está errado. Seu pai, foi espalhar caos. Aquela família vai sofrer, sofrer e então ruir, cavando a própria cova por culpa de seu pai. E seu pai? Tem um trato com o próprio Diabo. E o seu contratante está lhe cobrando o preço"

A voz diz, ecoando em minha cabeça que parecia vazia e então ria.

- Pare de rir! Sua voz me da dor de cabeça. Consegue ficar em silêncio? - Cuspo as palavras me sentando, massageando a testa com a ponta dos dedos.

" Na verdade não consigo, é magnífico lhe irritar. Aliás, acho que está na hora de cumprir uma pequena parte do seu acordo, não acha?"

Engoli seco. Não me lembro de nada do dia que fizemos o acordo e, nem de ter feito alguma parte nesse acordo. O que ele quer dizer com "cumprir minha parte"?

- O que você? - Sua risada ecoa, dessa vez me deixando zonzo. Minha cabeça parecia um copo fino de vidro, cheio até a borda prestes a rachar. - CALE A BOCA, DROGA!!

my exorcist partner 2 - LawluOnde histórias criam vida. Descubra agora