capítulo 11

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...

Sanji pov:

A estrada até minha casa era longa e esburacada. Foi um longo caminho escutando vários sermões de meu pai que, afirmava que quando chegasse em casa, iria me bater para me ensinar uma lição.

Não me impressiono com isso. Mas, por algum motivo, sinto meu sangue ferver. Meu peito parece arder em chamas, enquanto cerro meus punhos com certa força, fazendo com que as palmas de minhas mãos sangrasse por conta de minhas unhas cravadas na pele.

Ardia... Tudo ardia. Principalmente o ódio que pulsava em meu peito.

"Mate ele... Adultos são tão chatos, mas criaturas intrigantes, não?"

- Cale a boca... - Murmuro baixo para a voz que me atormenta, a sombra sumiu mas, sua voz está tão viva quanto minha alma em minha cabeça. Olho para fora da janela do carro, tudo parecia igual da última vez em que estive aqui... Monótono...

De onde estava, dava para ver algumas freiras que, possivelmente são as professoras de meus irmãos e, empregadas. Sinto muito por terem conhecido essa miserável e monstruosa família.

Abro um pequeno sorriso ao ver minha mãe, no jardim lendo um livro. Estava tranquila, parecia que nada poderia abalar seu sentimento naquele momento. Será que ela ficou brava comigo? Como não ficaria... Todos ficam.

No outro lado, vejo meus irmãos, fazendo... Alguma coisa. Nunca entendo o tipo de coisa que fazem, parecem porcos brincando na lama. Porcos selvagens. Como meu pai os acha cavalheiros que se tornarão os heróis deste país?

Olho ao redor deles observando a casa, não vejo minha irmã em parte alguma. Será que está dentro de casa? Minhas dúvidas e vozes se dissipam com a voz estridente de meu pai, gritando comigo novamente, dessa vez me mandando descer do carro e ir direto ao meu quarto.

O fiz, desci do carro e, o encarei com ódio. Não gostava do papai e, nem o via como um, assim como ele não me via como filho, apenas uma anomalia ou falha. Ele desaparece dentre as árvores e, ao invés de ir até meu quarto, sigo direção até minha mãe, colhendo uma flor durante o caminho para lhe entregar.

"Pergunta para ela, ela mente, pergunte o porque."

"Cale a boca", pensei, a voz daquela maldita sombra era extremamente irritante de ser ouvida e, nem me lembro ao certo como ou o porquê de começar a ouvi-lo dentro de mim, como se fosse parte de meu subconsciente.

Corri até minha mãe, a abraçando e lhe dando uma flor, cuja ela recebeu com largo sorriso. Ela não estava brava... Mas, senti minha mente escurecer e, meus músculos e pernas não me respondiam, assim como minha fala.

- Mamãe... Porque mente? - A voz saiu de mim mas, não foi eu, não, não foi. Um sorriso se entendia pelos meus lábios e um certo vermelho carmesim cegava minha visão. - Me conte sobre a ponte de londres, mãe.

Minha mãe me encarava confusa, tão confusa quanto eu estava no momento. Meu corpo sai do lugar dando pequenos saltos, cantando sobre a ponte de londres entre risos estranhos.

Então me via em meu quarto. Estava como o deixei e, dessa vez meu corpo parecia ser meu de novo.

- Juro que se fizer isso de novo, vou dar um jeito de lhe tirar de mim. Demônio. - Murmuro cerrando os punhos, minha visão ainda embaçada, me fazendo coçar os olhos.

" Acho que não sabe sobre acordos garotos."

A voz diz num tom de ironia, então ri. Uma risada que ecoa em minha mente, fazendo ecos.

Escuto a porta bater, três vezes para ser exato. E sem que eu dissesse algo, a porta se abre. Minha irmã Reiju entra, com um rosto levemente preocupado me encarando e então fechando a porta atrás de si.

- Irmão... - Ela caminha até mim, me abraçando, o que retribuo. Senti saudades dela...- É verdade sobre os boatos da escola?- Ela diz se sentando na beirada de minha cama e eu me sento ao seu lado.

- Depende... De que boato você fala? - Pergunto sem muito interesse em responder, encarando o chão e a porta. Me pergunto, mesmo eu sendo o terceiro dos filhos, minha porta tem um quatro. Sou tão incompetente a não comprei meu papel como terceiro filho de uma família nobre?

- Os boatos de seu braço vejo serem verdadeiros. Está todo enfaixado. - Ela sorri de forma gentil. - E quanto aos outros? Você matou um animal? Sabe, desde que te conheço, você fica triste com mortes sem sentidos então, não acredito, mas quero ouvir de sua boca.

Paralisei operando sua pergunta. Era claro que eu odiava acima de tudo mortes sem sentido e, eu matar um animal era contraditório a tudo o que eu já disse um dia. Mas era inegável que eu matei aquela pomba e ainda disse coisas horríveis depois. Realmente fora eu? Já nem sei mais.

- Reiju... Tem coisas sobre mim nas quais você não sabe. Eu matei aquele animal e nem sei o porque. Eu apenas queria vir para casa, me diga irmã, o que está acontecendo? Aquela carta sua? - pergunto, segurando em suas mãos, que começaram a ficar trêmulas.

Ela assentiu minha fala e respirou fundo, parecia procurar palavras para me dizer algo e torna a abrir a boca.

- Sabe... A mamãe adoeceu, por culpa do papai, tenho certeza. Aqueles chás que ele fazia nunca foram bom para ela. - Reiju diz dando uma pausa e suspirando, uma pequena lágrima escorria de seu rosto. - Mamãe está com câncer Sanji. Creio que, ela não tenha muito tempo... Eu... Tenho medo de ficar apenas o papai e nossos irmãos aqui. Sabe que temos apenas um ao outro.

Reiju diz e então começa a chorar, se apoiando eu meus ombros. Eu estava em choque, não conseguia acreditar no mesmo momento que acreditava. Pessoas boas morrem cedo, é o que nossa mãe sempre fala. Ela é uma pessoa boa, certo? E os maus... A morte pode não ser tardia, mas será dolorosa.

Abracei minha irmã, como irmão, sentia que deveria a proteger mas, não tinha nada que eu pudesse fazer.

E assim, se passaram semanas. Mamãe morreu e, logo se tornou uma vasta lembrança. Os únicos que se importaram o bastante foram apenas os criados, eu e Reiju. A voz irritante dentro de mim ria, por minha fragilidade talvez.

A única coisa que me restava era o porta retratos em minha cômoda, com uma foto da mamãe. Estava linda, não parecia doente. Seus cabelos arrumados e o típico sorriso no rosto.

Eu chorei. Chorei durante noite, na floresta, onde todo som parecia ser abafado, gritei como se sentisse dor.

Meu pai nem estiveram aqui para o enterro, saiu a negócios. Demonstrou seu luto ao longe, seja lá onde estava mas, voltou diferente. Talvez pior que antes.

Minha cabeça girava e gritava em agonia.

"Mate eles.".

Cale a boca... Por favor.

...

Oi guys, tudo bom? Queria perguntar, alguma alma boa já leu o livro " O Livro das Coisas que Nunca Aconteceram."?

Eu tô endoidando de tanto criar teoria... Não tenho ninguém para falar sobre.

Por algum motivo, me deu uma vibe meio série de Loki, Jujutsu kaisen, uma série de não sei onde sobre colégio interno e depressão. Sinto que terá depressão até o final...

É isso, bye!!

my exorcist partner 2 - LawluOnde histórias criam vida. Descubra agora