O Corredor dos Gritos

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A noite caía como um véu sobre a cidade quando me vi diante de um corredor escuro, as paredes pulsando com uma energia sinistra. O silêncio era ensurdecedor, e cada passo que eu dava ressoava como um prenúncio de desgraça. A escuridão era tão densa que parecia me engolir, e uma sensação de claustrofobia me invadia.
De repente, ouvi um som baixo, um gemido de dor que se transformou em um grito lancinante. O corredor parecia se estender infinitamente, e a cada porta que eu passava, os gritos aumentavam, formando um coro de agonia que me paralisava. As portas começaram a se abrir sozinhas, revelando cenas de horrores inomináveis.
Em uma das portas, uma figura esquelética com olhos vazios me encarava, sua boca aberta em um grito mudo. Em outra, sombras se contorciam em uma dança macabra, suas formas distorcidas projetando imagens de pesadelo nas paredes. O ar ficou pesado com o cheiro de carne queimada, e eu podia sentir o calor de um fogo invisível lambendo minha pele.
Eu corri, mas o corredor parecia se esticar e distorcer, desafiando a lógica e a razão. Os gritos se tornaram risadas, risadas que conheciam meus medos mais íntimos e zombavam de minha desesperança. Algo me seguia, seus passos um eco dos meus, mas quando eu olhava para trás, só havia escuridão.

Finalmente, cheguei ao fim do corredor, onde uma única porta se destacava. Ela se abriu para revelar um abismo, um vazio que sugava a luz e a vida. E do abismo, uma voz sussurrava meu nome, prometendo um fim sem paz, sem descanso.
Eu acordei gritando, o suor frio cobrindo meu corpo. O pesadelo havia terminado? mas porquê a sensação de terror permanecia? uma memória havia sido gravada em minha, e se recusava a ser esquecida.

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