Floresta de Sangue

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O dia começou com uma promessa de aventura, um convite para explorar uma floresta desconhecida que se desdobrava diante de mim. A trilha era ladeada por árvores antigas que sussurravam histórias do passado, e o ar estava repleto do canto dos pássaros e do zumbido dos insetos. Animais de cores vivas cruzavam meu caminho, criaturas tão belas e estranhas que eu questionava se eram deste mundo. Eu estava em êxtase, maravilhado com a beleza selvagem que me cercava.
Mas a maravilha se transformou em horror em um piscar de olhos. Um vulto escuro entre as árvores chamou minha atenção, uma presença que se escondia, observando. Meu coração disparou quando percebi que não estava sozinho. Gritos selvagens romperam o silêncio da floresta, e um grupo de tribais emergiu das sombras, seus rostos pintados com símbolos de guerra.
Eles me perseguiam com uma fúria primitiva, lançando lanças e flechas que cortavam o ar com um assobio mortal. Eu corria, desesperado, tropeçando nas raízes e pedras, mas eles eram incansáveis. A floresta, antes minha aliada, agora se tornava minha prisão, suas árvores como grades que me impediam de escapar.
Quando finalmente me capturaram, me arrastaram para o coração de seu povoado, um lugar de rituais e sacrifícios. Eu gritava, implorava por misericórdia em uma língua que eles não compreendiam. Eles riam e urravam, celebrando minha captura como se eu fosse um troféu. Então, sem aviso, a cerimônia começou.
Eles cortavam meu corpo, arrancando pedaços de minha carne enquanto eu ainda estava vivo, consumindo-me como se eu fosse uma oferenda aos seus deuses. A dor era insuportável, cada corte um novo inferno que eu era forçado a suportar. Eu podia sentir o sangue escorrendo, o calor da minha vida se esvaindo enquanto eles se banquetavam com meu ser.
No auge do meu desespero, quando o machado finalmente caiu sobre meu pescoço, eu acordei. Meu corpo saltou na cama, e eu podia sentir o eco daquela dor, uma sensação fantasma onde os cortes teriam sido feitos. A dúvida me assombra: foi apenas um sonho, ou algo mais sinistro espreita nas sombras da minha mente? A cada noite, quando a escuridão se aproxima, eu me pergunto se eles voltarão, se a luz me levará mais uma vez para o experimento do vazio.

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⏰ Última atualização: Mar 05 ⏰

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