Radiação

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Um dos piores pesadelos que tive, estava eu em uma floresta morta, com árvores altas, semelhantes a pinheiros, porém sem folhas, quilômetros e quilômetros de devastação, o clima era escuro, as nuvens negras, carregadas de sofrimento e de água, a lua se escondia, mal se via sua luz, eu estava parado, olhando pro céu entre as árvores, eu estava perdido, não sabia onde era, o que estava fazendo ali, e com frio, não um frio comum, um frio na espinha, aquele frio com arrepio que faz seu corpo se tremer sozinho, andava lentamente entre as árvores, desconfiado, preocupado, com medo... escutei um galho se quebrando atrás de mim, me virei e não via nada, parei por alguns segundos e fiquei olhando pra ver se eu via ou ouvia algo, como nada acontecia eu me virei novamente e estava preparando pra andar, quando sentir um um calor, na minha nuca, parecia uma respiração ofegante, meu corpo parou, o medo não me deixava olhar pra trás e nem correr, eu engolia seco, parecia que não queria descer em minha garganta nada, sentir um toque de uma mão em meu ombro, me puxando forçando para que eu me vira-se, e então quando me virei tinha uma pessoa, alta, parecia ter mais de 2 metros de altura, ela usava uma máscara de gás, as roupas era semelhantes a trajes de astronautas, tentei correr na hora, apareceu a poucos metros em minha frente outro, vestido da mesma maneira, tentei correr pra outro lado e novamente outro apareceu, eu estava cercado, rodeado por eles, e não tinha pra onde ir, um deles pegou um aparelho semelhante a um controle, ele tinha algumas luzes na parte de cima e fazia um barulho, parecido com sinal de antena, ele virava o aparelho pra mim e mostrava números, eu sem entender olhei e perguntei o que significava aquilo, um deles veio andando em minha direção, eu comecei a me afastar, cada passo que ele dava, eu também dava em direção oposta, até ele parar e me dizer com uma voz abafada pela máscara, que aquela área estava isolada, devido a alto nível de radiação, era uma área devastado por testes nucleares, na hora que ouvir isso, só pensei o pior, eles todos trajados, e eu la, apenas com a roupa do corpo, sem nenhum tipo de equipamento, quando fui falar algo, fui interrompido por uma sirene muito alta, que se repetia e não parava, estava alertando algo, todos começaram a correr em uma única direção, eu no impulso tentava seguir eles, entraram um por um em uma base subterrânea a alguns metros de la, quando chegou em minha vez eles não deixaram com que eu entrasse, alegaram que eu já estava contaminado com a radiação e que se eu permanecesse próximo a eles, todos também morreriam, quando ouvir ele dizer também, eu já esperava o pior, pedir, implorei, eles não deixava eu entrar, eu esmurrava aquela porta de metal no chão, enquanto o barulho era silenciado pelo som da sirene, tentei correr, esconder, nada ia mudar, eu ia morrer, de repente escutei um barulho, era um avião passando acima das árvores altas da floresta, eu olhava atentamente pro avião, desejava não ter olhado, algo caia do avião, e descia rápido em direção ao chão, eu continuava parado observando aquele objeto cair, no exato momento em que o objeto toca o chão, um brilho forte demais toma conta da minha visão, meu corpo foi arremessado a metros de distância com um impacto que veio em seguida do brilho, eu batia as costas com toda a força nas árvores, sangue escorria pela minha boca, nariz e ouvido, foi quando em seguida, poucos segundos, ou até mesmo milésimos, vinha uma onda de destruição, as árvores sendo arremessadas longe, tudo pegando fogo, pedras, rochas, troncos, viravam pó na minha frente, quando chegou até mim, eu sentir um calor consumindo meu corpo, meu corpo parecia está dentro de um vulcão, tudo ardia, tudo queimava, minha pele descolava do meu corpo e caia ao chão parecendo plástico derretido, meus cabelos sumiram, meus olhos derreteram, eu estava totalmente surdo, a explosão transformava meu corpo em pó aos poucos, eu estava literalmente voltando ao pó, após meu corpo sumir por completo, eu só escutava o barulho da sirene novamente, diminuindo, tudo ficava mais escuro, o som diminuía, as coisas iam escurecendo, quando o som parou, tudo apagou e então acordei, inteiro na minha cama, suado, apavorado, tentando respirar. E mais uma vez eu estava vivo, do pó viemos, pro pó retornaremos, e como fênix do pó renasceremos, eu nunca deixaria de existir, eu ainda estava vivo.

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