Capítulo 2: O Sorteio do Destino
O sino da escola soou, anunciando o início de uma nova semana. Cristina, com seu coração pulsando de esperança, entrou na sala de aula. O destino, parecia que tinha um plano para ela. Naquela segunda-feira, a professora de história anunciou um trabalho em dupla – uma resenha de um livro escolhido pelos alunos. Cristina não podia acreditar em sua sorte quando seu nome foi sorteado com o de Alexandre. Ela estava eufórica por dentro, mal conseguindo conter a alegria de passar mais tempo com seu amado.
Alexandre, por outro lado, não compartilhava do mesmo entusiasmo. Ele sempre achou Cristina uma garota metida e sem conteúdo. No entanto, ele decidiu dar uma chance a ela. Afinal, era melhor do que trabalhar com um dos meninos da sua turma que não respeitavam o esforço que seus pais faziam para lhe proporcionar uma boa educação.E assim, o trabalho em dupla começou.
Cristina estava determinada a mostrar a Alexandre que ela não era a garota superficial que ele pensava que era. Alexandre, por sua vez, estava curioso para ver se havia mais em Cristina do que seus olhos viam.Com o passar dos dias, eles passaram mais tempo juntos. Por vezes, discutiam sobre o livro que escolheram para a resenha. Outras vezes, riam juntos das piadas que surgiam durante as conversas. Cristina estava feliz por estar se aproximando de Alexandre, e Alexandre estava começando a ver Cristina com outros olhos.
A semana correu tranquila, como os demais dias, mas para Cristina e Alexandre, cada momento juntos era uma nova descoberta. Eles estavam aprendendo um sobre o outro, e quem sabe, talvez até sobre si mesmos. Afinal, o destino tem suas próprias maneiras de unir as pessoas.
Ele ficou fascinado com a paixão de Cristina pela história e pelo autor, e percebeu que ela tinha muito mais conteúdo do que ele imaginava. Em um desses encontros, após a aula regular, ambos debateram sobre o livro A sangue frio, que estavam lendo para o trabalho de história.
Cristina: - Alexandre, eu acho que ‘A Sangue Frio’ é uma obra-prima. Capote realmente conseguiu capturar a essência da humanidade em sua forma mais crua.”
- Cristina, você só diz isso porque é um clássico. Mas não se engane, é apenas uma história de crime como qualquer outra. – disse Alexandre.
- Não é verdade, Alexandre. Capote mergulhou na mente dos assassinos de uma forma que poucos autores conseguem. Ele nos fez ver a humanidade onde a maioria só veria monstros.
- Você pode ver isso porque você tem o luxo de analisar a partir de uma perspectiva distante e confortável. Mas a realidade é muito mais dura.
- Talvez, mas é nosso trabalho como estudantes entender todas as perspectivas, não apenas as nossas.
- Talvez você esteja certa, Cristina. Talvez eu tenha sido rápido demais para julgar.
Essa nova perspectiva despertou a curiosidade de Alexandre, e ele começou a buscar mais conversas com
Cristina sobre literatura, história e outros assuntos. Aos poucos, eles foram se aproximando cada vez mais, descobrindo afinidades e compartilhando experiências.