Capítulo Seis

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Era uma manhã de segunda-feira quando Kai despertou com o som do seu celular tocando, tateando vagarosamente a cômoda ao lado da cama ele tentou encontrar o aparelho, o que foi inútil, jogando o cobertor pro lado esfregou os olhos se sentindo sono...

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Era uma manhã de segunda-feira quando Kai despertou com o som do seu celular tocando, tateando vagarosamente a cômoda ao lado da cama ele tentou encontrar o aparelho, o que foi inútil, jogando o cobertor pro lado esfregou os olhos se sentindo sonolento e se não fosse pelo barulho insuportável que não cessava ele teria arriscado tirar mais um cochilo.

— Alô? — atendeu a chamada sem nem se dar o trabalho de ver quem o ligava em plena as seis da manhã.

Ou, não me diga que eu te acordei. — a voz do outro lado da linha soou zombeteira e só de ouvir a risadinha que "S/n" deu ele teve vontade de manda-la ir para o inferno.

— Um dos maiores erros já cometidos em toda minha vida foi te passar o meu número. — suspirou massageando as têmporas. — Mas afinal, o que você quer a essa hora?

Hoje é o seu dia de ficar com o Pablo. — escutou o filhote latir ao ter o seu nome pronunciado, nome esse que ele mesmo havia escolhido pro animalzinho que agora tinha dois donos, sim, depois de muita briga, eles entraram em consenso. — E antes que reclame do horário gostaria de lhe lembrar que foi você que quis assim, pois agora aguente, tem cinco minutos pra vir busca-lo, vou ter que sair. Passar bem.

Ele abriu a boca para rebater, mas ficou só na vontade de falar, pois ela desligou em sua cara.

Vendo que não tinha muita escolha, seguiu até o banheiro para fazer suas higienes, se "S/n" achava que se daria por vencido assim tão fácil estava enganada, ele sabia das intenções que a garota tinha para tentar faze-lo desistir do cãozinho, apenas pra não ter que dividir.

— Uma criança mimada e egoísta, é isso o que ela é.

(...)

Acomodado no sofá, dentro do apartamento que nunca se imaginou entrando ele esperava "S/n" trazer o Pablo que estava terminando de comer a ração, as sensações que tinha era de desconforto por estar ali no espaço de sua "inimiga", talvez o termo usado fosse um pouco exagerado, mas era assim que os dois intitulavam um ao outro, eles travaram uma briga que não tinha fundamento e só Deus sabe quando teria fim, qual deles levantaria bandeira branca declarando rendição. O que eles não tinham conhecimento era que em questão de ego e orgulho eram exatamente iguais, dois adultos se comportando como crianças.

O acontecimento embaraçoso de dias atrás só serviu para alimentar a faísca de ódio multo, enquanto um afirmava ter sido seduzido ou outro esperneava dizendo que só agiu em prol do desespero, na cabeça deles o beijo foi só mais das muitas merdas que fizeram, não admitiram que gostaram nem sob ameaça de morte, preferiam ser desmembrados vivos ao ter que assumir o quanto se entregaram e desfrutaram do momento, do contato de lábios e da troca de saliva que tiveram.

— Você poderia desistir dele. — Ela apareceu no recinto, Kai que antes estava distraído se pôs de pé já estendendo as mãos para pegar o animal que estava nos braços dela. — Sério, isso tá sendo um tormento pra mim, estamos parecendo pais divorciados.

— Tormento pra mim é escutar essa sua comparação. — fez uma careta e com cuidado ele embalou o cachorrinho fazendo um carinho em seus pelos, que agora estavam bem cuidados, muito diferente de quando foi encontrado. — E se estiver esperando que eu desista do Pablo é melhor esperar deitada, sugiro que de preferência dormindo, pois suas olheiras estão de assustar.

Ele tinha um sorriso de zombaria no rosto, que a fazia contar até dez mentalmente para não voar no pescoço dele e cometer um assassinato, ela odiava a forma como ele sempre estava sorrindo de maneira convencida e provocativa, como as suas bochechas elevavam ficando cheinhas fazendo com que os seus olhos se fechassem se tornando dois risquinhos, coisas que ela até consideraria cativantes se fosse em outra pessoa, "Ele até que é bonitinho, mas quando abre a boca é tão desagradável."

— Vou fingir que não escutei isso, hoje não me deixarei ser afetada pelo seu veneno. — pegando a bolsa no sofá ela olhou as horas no relógio de pulso o que a fez se agitar e sair empurrando o maior até a saída. — Porra, estou atrasada, a minha empresária vai me matar.

Kai já estava de frente à sua porta quando a viu entrar aos tropeços no elevador, ele riu alto ganhando um olhar matador sobre si.

— Salto alto não é para crianças, te aconselho a usar algo bem mais baixo, você é muito desastrada. 

— Tem sorte que estou atrasada. — já dentro do elevador a brasileira ralhou apontando pra ele de forma ameaçadora.

— Não se esqueça de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua. — ria descaradamente dela que o xingava e mostrava o dedo do meio enquanto as portas do elevador se fechavam lentamente.

"É tão fácil irrita-la." 

Adentrou ao apartamento com um sorriso divertido.

"Ele é tão insuportável."

De braços cruzados e com os lábios espremidos um no outro, em frustração, ela tentava esquecer a existência do coreano que a tirava do sério.

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Oi, meus xuxuzinhos, estão bem? Espero que sim, mas então o que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, está sendo muito bom escrever essa fic, ainda mais depois dos comentários de alguns leitores, eu leio todos e adoro, me motiva bastante.

Aposto que se vocês são fãs do Kai vão saber me dizer de onde eu tirei a ideia do nome do cachorrinho, "Pablo", me digam, esse nome não é familiar? Kkkkk

Eu sei que o capítulo não ficou tão extenso, pois estou fazendo planos de adicionar mais personagens, acho que já está passando da hora de ter um elenco mais bem desenvolvido, o problema é que eu tô sem ideia de personagens novos, se vocês tiverem algumas ideias podem deixar nós comentários, pois estou aberta a sugestões.

Ódio a primeira vista | Tim KaiOnde histórias criam vida. Descubra agora