Capítulo Nove

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Você já acordou com aquela dor de cabeça? Que até para abrir os olhos é um terrível sacrifício, como o seu cérebro a ponto de explodir e tudo a sua volta estivesse girando?

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Você já acordou com aquela dor de cabeça? Que até para abrir os olhos é um terrível sacrifício, como o seu cérebro a ponto de explodir e tudo a sua volta estivesse girando?

Envolvido em um manto de sonolência ele tentava despertar, mas se sentia mais cansado do que o normal, o colchão macio no qual estava acostumado a dormir parecia duro como pedra, a ausência do seu travesseiro macio também era notável, uma corrente de ar gelado o fez sentir um frio absurdo, com uma vontade enorme de abrir os olhos, mas sentindo resistência em seu corpo a fazer tal ato ele tateou procurando o cobertor, sua mente demorou minutos para processar quando deduziu está em qualquer lugar menos no seu precioso colchãozinho.

"Mas que caralhos."

Tá certo que qualquer outra pessoa teria percebido que estava esparramado no chão de terra logo nos primeiros resquícios que seu corpo desse que estava desperto, mas Kai só se deu conta mesmo quando abriu bem aqueles dois olhinhos puxados, ainda meio lerdo e atordoado, tentando se convencer de que era um sonho, dedução que foi pelos ares quando ele avistou o corpo da garota alguns centímetros de distância do seu, flashes de memórias visitaram sua cabeça e ele quis muito esmurrar aquele pilantra do motorista, quer dizer falso motorista.

— Ei, acorda. — Com a menina desacordada em seu colo ele deu leves batidinhas nas bochechas dela. — Vamos, "S/n", você precisa acordar logo. — chacoalhou o corpo molengo da brasileira que reagiu resmungando — Acorda, eu não mereço me desesperar sozinho.

Seus olhos percorreram o local onde foram largados após caírem no velho truque do boa noite Cinderela e serem obviamente roubados, mas quem ia imaginar que aquele suposto taxista simpático que insistiu tanto para eles tomarem a água alegando que era um serviço de cortesia que costumava oferecer aos seus clientes no intuito de se diferenciar dos demais, à e como ele se diferenciava, aquele vigarista batizou a bebida e quando os passageiros perderam a consciência os roubou e abandonou em um lugar desconhecido.

Mesmo tudo escuro por ser noite, na visão aguçada de Kai, da qual eu particularmente não colocaria tanta fé, eles estavam em uma densa floresta, propensos a morrerem ali sem a mínima chance de conseguirem retornar para a civilização.

Pessimista ou exagerado? Talvez os dois.

"Eu deveria ter aproveitado mais a minha vida."

"E as minhas fãs? O que elas vão pensar? Vão achar que eu as abandonei."

"Quem vai cuidar do Pablo?"

Ele já estava vendo tudo arruinado diante dos seus olhos, com todos os tipos de cenários se formando em sua cabeça, e em todos eles sendo fadado ao esquecimento, invés de manter a calma, Kai estava deixando o espírito de fanfiqueiro falar mais alto, espírito esse que foi parado quando um par de braços rodeou o pescoço do coreano que paralisou surpreso.

— Só mais cinco minutinhos mãe. — resmungou esfregando o rosto contra o peitoral dele. — Você está perdendo cada vez mais a sua maciez, Fofuchinho.

Ódio a primeira vista | Tim KaiOnde histórias criam vida. Descubra agora