Capítulo 6

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Olá!! Só queria dar um breve aviso!! A partir desse capítulo, a história está sem betagem! DSI também ficará disponível aqui por um tempo limitado até ser publicada na amazon e terão algumas pequenas coisas nessa versão que só estarão disponíveis na versão da amazon, como os hots! Espero muito que gostem <3

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As primeiras vinte e quatro horas de Noora começavam às seis da manhã. Ele acordava, tomava café com muito açúcar, tomava seu banho muito quente e corria até o ônibus, levemente atrasado para abrir a cafeteria da qual era barista.

Noora tinha um intervalo de almoço perto do meio-dia, mas ele raramente comia alguma coisa nesse período. Na verdade, era nesse intervalo que começava a escrever o que havia começado na noite anterior. Com seu caderninho de nove portus e uma caneta que Foi cara demais para seu orçamento, Noora ia para o estoque da cafeteria, colocava os fones de ouvido e passava por volta de uma hora escrevendo o que vinha em sua mente. Depois, perto da hora de voltar ao trabalho, Noora relia o que havia escrito e decidia o que descartar em primeiro momento. Ele tinha aprendido aquela rotina com alguns tutoriais na internet, que costumava ver quando precisava de inspiração e a encontrava vendo outras pessoas sendo produtivas.

Ele voltava para casa às seis da tarde, de táxi somente quando conseguia gorjetas o suficiente em um dia bom. Chegava em casa, comia macarrão instantâneo enquanto assistia a primeira coisa que aparecia na sua barra de pesquisa do Youtube (Noora era um daqueles tipos de pessoas que não conseguia comer – ou achar graça na comida – se não assistisse algo no processo). Se tivesse sorte, teria sobrado um pouco de café para tomar no resto da noite enquanto passava a limpo o que havia escrito no caderno.

No entanto, se fossem dias ruins – como estavam sendo nos últimos meses – ele encararia a página em branco do caderno, se perguntando se algum dia ele conseguiria voltar a escrever como no passado.

Não é como se ele não gostasse mais de escrever. Na verdade, o ato de transformar o que sentia e imaginava em palavras, algo palpável, era o motivo do porquê Noora continuava levantando-se das camas todos os dias. Ele não conseguia se imaginar em um mundo em que não poderia escrever, e talvez por esse motivo estivesse tão frustrado em não poder fazer o que mais gostava. Afinal, havia aberto mão de tudo por aquilo. Tinha desistido da sua faculdade por aquilo, trabalhava como um maluco para poder melhorar a qualidade dos seus livros. Então porque seu maldito cérebro não conseguia escrever e seguir o roteiro que havia seguido nos últimos dias?

Naturalmente, suas vinte quatro horas terminaram quando ele fechava o caderno pela última vez na noite, decidindo que vinte e três palavras eram o máximo que poderia escrever naquele dia.

Porém, desde a chegada de Mick em sua vida, era como se tivesse ganhado uma hora extra. Uma hora apenas para Mick.

Agora, após ele terminar sua última sessão de escrita do dia, Noora ligava para Mick. O capitão costumava atender no terceiro toque.

– Como foi seu dia? – Noora perguntava, sem cumprintá-lo. Eles já tinham passado dessa fase.

– Cansativo – Mick respondia, com um suspiro. – Treinar vários soldados é como dar aula à sexta série. Parece fácil até você tentar – e então uma pausa. Noora escutou o som de Mick deitando na cama; dos seus edredons se movimentando. – E o seu?

– O mesmo de sempre. Ainda não estou conseguindo escrever muito. Às vezes, tenho medo de ter feito a coisa errada em largar a faculdade.

Ele nunca tinha contado sobre sua faculdade para Mick antes, por isso a nova informação parece captar a atenção do outro homem.

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