Capítulo 9: pedir desculpa

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   -- oque foi? -- Tocantins falou indiferente enquanto olhou Amapá de cima a baixo. -- licença! -- ele se adentra no quarto do menor que fica confuso com sua ação, mas o deixa e fecha a porta. -- fala -- Tocantins falou e se sentou em sua cama, colocando uma das pernas em cima da outra,
Amapá vai até a janela e a abre, deixando o vento frio da noite entrar enquanto o quarto é iluminado pela luz da lua que hoje estava cheia e com muitas estrelas. O outro fica mais confuso e inclina um pouco sua cabeça pro lado em desentendimento.

O coração de Amapá está agitado, ele soa frio e suas mãos estão um pouco trêmulas, as diversas outras desculpas haviam sido por coisas fúteis como um vaso quebrado, uma caneta perdida ou esquecimento de algo, mas nunca algo tão extremo como aquele, fazia anos que ele não vai Tocantins daquele forma, ele se virou e olhou nos olhos do outro, aquele olho tão cheio de brilho que lhe fez esquecer da realidade por tanto tempo agora estava sem vida, sem brilho.

Ele abria a boca, mas as palavras não saíam, era como se tivesse um nó em sua garganta impedido-o de poder falar. Ele sentiu a brisa fria da noite, e as cortinas se mechendo, ouvia gatos pulando de telhado em telhado, ouvia alguma corujas, até motos e carros rodando era possível se ouvir, estava um silêncio mortal, ele queria pedir desculpas, queria o perdão, sua consciência pesada pelo que havia dito, onde estava toda coragem? Havia sumido.

-- se não vai falar nada pode sair, eu queria voltar a dormir -- ele fala com desdém e olha seu relógio ao lado de sua cama, ele tem olheiras profundas, seus olhos um pouco inchados e vermelhos, suas bochechas ainda tinha algumas lágrimas recém secas. -- Eu... E-eu... -- algumas palavras saíram, mas o principal continuava preso. - Eu, Eu, fala logo! -- Tocantins já estava impaciente. - eu queria pedir desculpas pelo oque disse mais cedo! -- Amapá fala rápido e logo se livrando daquele peso que ele tinha nas costas, ele ainda estava mal, mas se sentia melhor.

O tocantinense ficou um pouco surpreso mas logo voltou ao normal. -- t-tá bom... Eu acho... -- ele falou a última parte baixo, mas o suficiente pra Amapá ouvir, se levantou indo em direção a porta, abriu e fez um gesto para que o outro saia. Ele sai olhando pra baixo e segue em direção ao seu quarto, Tato fechou a porta e seguiu em direção a janela, se apoiando peitoril e olhando pra lua. -- Aí...  — ele da um longo suspiro — quando ele vai tomar jeito e deixar daquelas coisas de hétero? -- falou e deu um riso curto e baixo, fechando novamente sua janela e indo dormir.

🎀

Amapá acorda mais cedo do que de costume, ele segue até o banheiro e se olha no espelho, seus cabelos que sempre estavam em um topete bem arrumado, agora estavam bagunçados e caídos sobre seu rosto, se recorda da noite passada e espera que volte tudo a ser como era antes. Retirando seu pijama, se adentra ao box, ligando o chuveiro e ficando um tempo de olhos fechados olhando pro teto enquanto sentia a água fria escorrer por todos o seu corpo e cabelo, ele passa a mão no rosto tirando o excesso e sair para fora, indo em direção a pia e escovando seus dentes, após isso coloca uma toalha em sua cintura.

Seguindo em direção ao seu guarda-roupa e separando uma blusa azul escura com uma bermuda jeans preta e seus costumeiros cordões, após se vestir, vai em direção ao seu espelho a despeja uma quantidade pequena de gel em sua mão e passa em seus cabelos, penteando-os para trás. Tendo em mente que ninguém acordou ainda, ele desce e vai direto a sala de trabalho, onde adiantar o trabalho de amanhã.

Passando-se algumas horas ele escuta algumas vozes e suponha que ele acha que todos acordaram, com um movimento rápido ele sai em direção ao elevador apertando para o andar de cima.

Chagando lá, ele encontra Bahia na ala da cozinha, Pernambuco enchendo seu saco, Maranhão tá na parte da varanda com certeza fumando uma, acre tá conversando com a capixaba enquanto comem algumas mangas cortadas, Minas e Mato Grosso do Sul estão mais afastado do pessoal, Amapá não entende muito essa relação que eles dois tem, Mato Grosso tá pintando suas unhas juntos com Santa Catarina e Paraná, os irmãos Grandes estão jogando algum jogo no seu celular, Amazonas ajuda Bahia na cozinha junto com Pará, quede vez em quando dava uma olhadas discretas para o cearense que colocava a fofoca em dia com Sergipe, Goiás tava junto de Paraíba que insistia que a morena o ajudasse em suas músicas, de longe dava pra ver Rondônia dançando junto com Alagoas enquanto sua irmã gravava, Rio e São Paulo estavam trocando suas costumeiras farpas do dia dia.

E ele... Tocantins

Ele não tinha seu brilho habitual e estava um pouco mais afastado, o amapaense segue em sua direção, mas ele fica com um pouco de medo, ele sentiu seu coração errar uma batida quando ouviu o outro o chamando para se juntar a si, ele queria ir mas temia oque estava por vir, por um momento ele pensa em dar meia volta e fingir que não ouviu, mas se recordou novamente da noite passada então ele segue em sua direção, tentando parecer o mais normal possível, ele espera que aquele incidente do balão e da foto não atrapalha em nada na sua amizade de anos que tem com o mais baixo.

Ele se aproxima do outro vendo que um mini sorriso cresceu em sua face, isso o tranquilizou.

Talvez nem tudo está perdido.

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OIII BÃO GARELA??

eu sei, eu sei q eu passei muito, mais muito tempo sem postar nada, i'm sorry!!
Mas trouxe esse cão curtinho só p mostrar que ainda tô viva 😻😻
Cap nn revisado ent seus Maria bonita me desculpem por qualquer erro ortográfico e espero que gostem do capítulo, vou tentar trazer mais rápido da próxima vez 💗

Um beijo na bunda e uma lambida no suvaco 😈🎀

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