CAPÍTULO 5: Quando ele vai tomar coragem?

424 26 3
                                    

-- taqui pariu -- o acreano não teve opção a não ser correr quando percebeu que os outros olharam para dentro da escuridão a procura de algo ou alguém, ele podia ter certeza que nunca havia corrido tão rápido em toda sua vida, subiu as escadas como se fosse um escorrega, bem, quase só levou umas 5 topadas. Quando entrou dentro do quarto foi possível ver a sombra dos dois por baixo da porta, seu coração estava a mil, será que ele deveria contar? E se eles o odiarem a vida toda? Estava tremendo um pouco, será que tinha visto ele?
-- ah meu deus... -- disse ele baixinho enquanto se levantava do chão e ia se deitar, tinha certeza que não conseguiria dormir muito bem essa noite.

Quando amanheceu, Tocantins e Amapá desceram juntos, surpreendendo todos ja que eles estavam brigados e tals, alguns ficaram cochichando entre si e outros apenas aceitaram o e cumprimentaram o casal... De amigos né. Nesse dia as únicas cadeiras vagas eram as que estavam do lado de acre e foi lá onde eles se sentaram, o acreano faltou ter um piri paque mas deu bom dia pra eles. -- B-bom dia Tato, bom dia Mapa! -- disse acre enquanto forçava um sorriso nada natural. -- Bom dia acrezinho! -- Tocantins falou e depositou um beijo carinhoso na cabeça do outro enquanto puxava sua cadeira pra se sentar. -- Bom dia Mon petit amour -- Amapá respondeu com um sorriso discreto mas que não passou despercebido por acre e fez o mesmo que Tocantins. Depois que todos terminaram de comer Brasília foi conferir a lista de trabalhos já que mais tarde eles teriam uma reunião. -- Atenção! Eu vou ir chamando todos vocês pra me entregarem o relatório desse mês! -- falou Brasília e pegou e um caderno que sempre estava com ela. -- Rio de janeiro! -- rio foi e entregou o seu relatório. -- Minas gerais! -- fez o mesmo que o outro. -- Espírito santo -- fez o mesmo, e assim foi seguindo. -- Tocantins! -- e ele foi dando saltinhos nada discretos. -- toma Bra! -- disse ele com um sorriso de orelha a orelha, todos olharam entre si e desconfiaram, nunca tinham visto Tocantins tão feliz assim dês da última festa, e olha que foi a muito tempo. Ceará e Sergipe foram os primeiros a irem perguntar oque havia acontecido, de longe Tocantins deu uma olhada para Amapá, como se pedisse uma autorização, Amapá apenas fez negativo com a cabeça, então Tato entendeu que não era pra falar nada, pelo não por agora.

🤍

Mais tarde no mesmo dia, o horário da reunião se aproximava, era quase uma tortura pra uma pessoa ansiosa igual Tocantins ele não estava mais aguentando esperar. -- ahhh! Reunião que num começa! -- falava ele andando de um lado pro outro pelo seu quarto. -- aí, Tato! Te senta! Daqui a pouco a reunião começa! -- Amapá já estava quase sem paciência. -- Bon sang, cette merde ne commence pas aujourd'hui, bon sang! -- Amapá gritou alguma coisa em francês oque fez o outro para na hora e olhar maliciosamente para ele. -- aí já feliz que você fica um gostoso quando fala francês? -- falava Tocantins enquanto sentava de uma forma sedutora perto de Amapá. -- errr... Eu num tô gostando disso não... -- o outro falava, mas não se recolhia, apenas continuava ali. -- sabe um jeito que o tempo pode passar bem maim rápido? -- Tocantins nem tremia os lábios com tamanha falta de vergonha. -- oque? -- falou Amapá realmente interessado no assunto, não aguentava mais esperar. -- sei lá... Se você me desse uns apertãozin... -- falou o outro enquanto se aproximava mais do moreno. -- err... É? -- Amapá falou enquanto se aproximava e levava a mão até a cintura de Tocantins e lá apertando a região. -- isso... Um apertãozin -- falou o outro, em questão de segundos Tocantins estava no colo de Amapá e com as mãos em volta de seu pescoço, de vez em quando subia pra nuca e acariciava os cabelos negros. Seus rostos estavam perto um do outro, narizes roçando e...
-- Tato! Cinco minutos pra reunião começar! Não esquece de levar os relatórios! -- Brasília deu umas batidinhas na porta e gritou pelo lado de fora, nesse momento os dos saíram do transe, Amapá rapidamente colocou Tato na cama e se levantou. -- rumbora, a Bra tá chamando nois -- Amapá falou enquanto ajeitava o cós da calça e ia em direção a porta. Tocantins fez que sim com a cabeça e seguiu o outro com o olhar, vendo ele se direcionar a porta. -- não se atrasa Mon Ange -- O moreno lançou um leve sorriso pro outro enquanto saia do quarto.

Tocantins olhou o outro se retirar e deu um sorriso logo em seguida. -- é... Parece que minha ideia realmente funcionou, o tempo passou mais rápido, mas em compensação! Fomos infelizmente interrompidos... Aí Amapázinho tu ainda me mata homi... Gostoso! -- a última palavra saiu mais como um sussurro.

🤍

-- Pronto! Muito obrigada pessoal, juízo! -- ele ri enquanto via os outros saírem. -- bora Brasília racha oque foi que aconteceu com o nosso querido amatins? -- Brasil  estava se referindo a Amapá e Tocantins, ele havia dado esse apelido ao casal de amigos e agora todos, quando queriam se referir a eles juntos, chamavam assim. Ele sorria enquanto ainda olhava pra porta vendo o o último estado se retirar. -- aí chefe pra ser bem, bem sincera mesmo eu não sei, mas que eles dois estão cheios de segredinhos eles tão... -- Brasília falava enquanto se sentava juntamente de Brasil, que dava mais um gole na sua xícara de café. -- aff... Nem pra eles falarem com nois, mas agora sério você vi- -- foram interrompidos por barulhos do lado de fora. -- chefe! Brasília! O Rio e o Sampa tá num pau de briga que só! -- a capixaba falava ofegante. -- a minha nossa senhora! -- Brasil falava enquanto se levantava rapidamente e indo até aporta o mais rápido possível, sendo seguida por Brasília

-- oque tá acontecendo aqui!? -- Brasil soltou um grito onde fez todos se calarem. Minas que estava até agora se São Paulo, parou de segura-lo, Pernambuco que segurava Rio fez o mesmo, os que estavam gritando "briga, briga,briga" se calaram imediatamente. -- Foi ele que começou! -- São Paulo apontava para Rio de janeiro que virou o olhar incrédulo.  -- Só se foi o primeiro a apanhar isso sim! -- falava o moreno dos cabelos descoloridos, sampa apenas mostrou o dedo do meio pro outro. -- não quero saber quem começou ou quem continuou, mas quem acabou foi eu! Agora os dois pra minha sala. -- Falava o brasileiro enquanto direcionava o dedo pra sala. Os dois apenas abaixaram a cabeça e seguiram. -- hoje todos vocês estão liberados! E de preferência, saiam -- todos disseram "sim" em coro, se viraram e foram pro seus quartos se arrumarem.

-- aí apá... Tô com medo assim sabe? -- Tocantins falava enquanto levou uma de suas mãos a seu peito e se escorou na cômoda que tenha perto da porta em seu quarto. -- mai com medo de que? -- Amapá estava deitada com a barriga pra baixo olhando pro outro. -- cê viu como o chefe ficou? Não é tão normal ele ficar assim não... -- o Tocantinense se direcionava a sua cama e sentou-se ao lado de Amapá enquanto encarava o outro com uma feição de medo, tristeza. -- err... Fica assim não, o chefe devia tá estressado... Ele também pode ter brigado com o... O argentino lá, num sei... -- Amapá estava um pouco preucupado com Tocantins, não era comum vê-lo desse jeito. Ele se sentou na cama e foi pra mais perto do outro. -- ei, se acalma... Eu tô aqui... -- Amapá passou o braço em volta de Tocantins, que abraçou ele e deitou sua cabeça no ombro do maior. -- valeu por tá aqui -- Tocantins falava com toda sinceridade do universo,os dois iam se afastando, e aos poucos, iam ficando cada vez mais próximos, suas respirações desreguladas, Amapá estava oscilando entre os olhos e a boca de Tato, por um segundo o moreno abriu a boca e estava aos poucos, avançando até que. -- briiii briiii -- o celular de Tocantins começa a tocar, os dois recuperam a consciência, quando o mais branca olha o celular é uma ligação de Brasília, então ele atende e coloca no ouvido. -- oi Bra! -- falou Tocantins forçando uma felicidade inexistente no momento. -- tu vai sair? Se sim rumbora, aproveita o Pincher que tu chama de amigo, e convida ele também hahaha! -- Brasília falava pelo outro lado da linha esperando uma resposta enquanto se acalmava da crise de riso. -- "haha" muito engraçado, mas eu vou sim, espera só eu tomar um banho. Bye! -- ele desligou o celular e jogou em cima da cama. -- tu vai vim com nois? -- o outro se levantou e foi em direção ao seu guarda roupa escolher uma roupa. -- vou... Vou sim -- Amapá ainda estava raciocinando oque havia acontecido a pouco tempo, mas agora iria ver a roupa que o outro iria escolher.

NOTAS DA AUTORA ←

Aoba! Como cês tão? Espero que bem!

Então me desculpem a demora mas eu estava em período de provas na escola 😭 ( uma disgraça msm ) mas aí está! Espero que tenham gostado... E sim eu me inspirei no acontecimento que teve no capítulo de hoje da novela 😭😭

Um beijo na bunda e uma lambida no suvaco 😍🚬

Amizade ou algo a mais Onde histórias criam vida. Descubra agora