capítulo 3: A primeira briga

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Quando acordou mais ou menos umas 6:30, o sentimento de culpa passou pelo seu corpo, Amapá se sentia envergonhado do que havia feito noite passada, como se por algum acaso alguém acabasse descobrindo? Como iria explicar aquela situação? Porque normal aquilo não era. Quando se levantou foi ao banheiro, flashes da cena de ontem passam por sua cabeça ele ali, tão vulnerável, se masturbando por causa de um sonho que teve com seu amigo, um sonho nada inocente como eles andando de unicórnio, e sim um sonho erótico, não aguentou a pressão então resolveu entrar de baixo de uma boa ducha e uma bem mais bem gelada, dizem que banho é terapeutico pensou ele enquanto se despia. Quando ligou, logo a água começou a cair, gotas geladas passando pelo seu corpo, o arrepio de lembrar de como ele estava duro por um simples sonho, bem não tão simples como acham, pra ele é bem complicado.

Depois de um tempo, saiu de dentro do banho se sentia até melhor, então saiu do banheiro com sua típica toalha na cintura e uma nós cabelos, quando olhou para sua cama, se lembrou da cena da noite anterior, o menor dormindo tão serenamente em sua cama que por mais que ele tenha dormido a noite toda em cima de sua cama, ainda era possível sentir seu cheiro de suor que escorria pelo seu pescoço quando ele acabava de andar de skate, aquele cheirinho de sol, pelo fato do outro amar sair no sol com sua regata e as vezes com um de seus shorts tentadores digo, short azulzinho e seu tênis que nunca tirava de seu pé e aquele, aquele cheiro, um cheiro marcante de flores e Natureza, praia e sol, mar e terra, um cheiro que ele não conseguia esquecer, que ele nunca irá esquecer, porque esse era único, único que ele nunca havia visto em nenhuma outra pessoa. Ele balança sua cabeça de um lado para o outro para livrar-se daqueles pensamentos e voltar a realidade para se arrumar pois já estava dando 7:00 o horário de toda acordarem tomarem café e irem trabalhar em seus respectivos estados.

Vestiu sua roupa de costume, sua blusa preta de mangas, sua calça amarela com desenhos pretos em sua estampa e sua sandália, pronto! Estava pronto! Desceu para ir tomar café e ver se conseguia parar de pensar no sonho que tinha tido. Quando Deus as caras algumas das pessoas já estavam na mesa tomando café, umas suco, outras pães, sanduíches, essas coisas, dentre essas pessoas Tocantins que estava com um assento vazio de seu lado e como todas as cadeiras são contadas, só tinha aquele lugar para ele, e sem opções foi para lá, sendo recebido por Bahia e Amazonas dando bom dia e perguntando como havia sido a noite, deu bom dia de volta e todos falaram e coro,. Tato estava animado, mas estranhava um pouco o outro ter descido mais tarde do que de costume. -- oi, oii! Bom dia Apázinho! Como foi a noite? Dormiu bem? -- Até agora o moreno havia ignorado todas as perguntas enquanto montava seu pão com queijo e presunto enquanto bebia suco de maracujá um dos seus favoritos. -- iae, sonhou comigo? -- perguntou o tocantinense com certa malícia oque fez Amapá corar imediatamente que ate se engasgou com o suco, atraindo a atenção de todos para si. Que até então estavam conversando na maior barulheira. -- p-porque caralhos eu sonharia c-com você!? -- o outro estava com raiva pelos olhos do resto, mas ele estava era se borrando de vergonha, todas as memórias do sonho passaram em sua cabeça como um filme. Nesse momento ele não aguentou, se levantou e saiu com seu pão na boca e uma das mãos no bolso, se direcionando para o elevador descendo. Todos olhavam para Tocantins que se encontrava com uma cara confusa, ele sempre fazia perguntas desse tipo de manhã e ele nunca tinha reagido assim. -- tem caroço nesse angu... -- falou o menor enquanto encarava o elevador descer pro andar onde a empresa ficava.

Quando as portas do elevador se abriram Amapá deu de cara com Brasil que estava indo subir para chamar os outros. -- Bom dia Amapá! Tudo bem... -- Brasil falou animado, mas depois foi murchando, pois o outro havia o ignorado. Deu de ombros e entrou no elevador para o andar de cima. -- ele deve só não ter dormido bem -- Brasil falou enquanto as portas se rachavam e ele vai o moreno se afastar indo direto para sala das regiões (por muito tempo todas as salas eram separadas até que Bra Sil resolveu juntar todas elas, a única coisa que separava era uma mini barreira em cada mesa). Quando as portas se abriram todos se levantaram e deram "Bom dia" pro seu chefe. -- oh! Se sentem eu só vim chamar vocês, e perguntar, Tato cê sabe que bixo mordeu o Amapá? -- perguntou Brasil com um rosto meio confuso olhando para o menor, nossa horas todas olharam para ele novamente. -- Bom dia chefinho! -- falou ele animado. -- essa eu não vou poder dizer, nem eu sei oque aconteceu -- ele deu de ombros com uma expressão meio triste em seu rosto, daí pra frente foi só pra trás.

Amapá estava mais amargo doque o normal, fazia de tudo para evitar Tocantins e mal conversava com o pessoal, até com o pequeno acre, que por mais que não conversassem tanto como com Tocantins, ele eram bem próximos e entre eles três, o Acre era filho deles (uma das ideias malucas de Tocantins que não foi tão bem aceita no começo por Amapá, mas que depois cedeu). Tocantins já não estava mais aguentando, o dia todo sendo evitado por seu melhor amigo, todos já haviam percebido a tristeza dele, por mais que ele dissesse que estava tudo bem, até que sim, dificilmente acontecia, mas Tocantins chegou a seu limite, então esperou o expediente acabar e decidiu que iria colocar Amapá em quatro paredes. Pensou ele, soltando um sorrisinho na hora "quatro paredes".

Dito e feito, assim que todos saíram deixando somente Amapá que ainda resolvia uns arquivos que tinham atrasados, quando Tocantins viu que só tinha eles dois, saiu de sua mesa e se direcionou a mesa só outro que por sinal não ficava muito longe. -- Apá... -- falou quase como um sussurro, viu que o outro não respondeu. -- Amapá! Olha pra mim! -- falou ele em um tom sério, um tom que normalmente ele só usava quando estava com raiva ou chateado com algo, Amapá confessa que sentia um certo medo de quando ele falava assim, então resolveu virar a cabeça e encarar o outro que estava em pé na sua frente. -- porra Amapá! Oque foi que eu fiz? Eu falei algo no café da manhã? Meu Deus se eu tiver feito algo me diz caralho! Que inferno! Você nunca tinha ficado assim comigo cara! Oque foi que fiz!? -- Tocantins estava com raiva e uma das formas que ele encontrava de relaxar era ficar andando de um lado pro outro, tinha obtido esse hábito na adolescência. O amapaense o olhava com uma expressão com um pouco de medo não era comum ver ele dessa forma, mas seu peito estava apertado, deu coração estava se quebrando em pedaços, queria poder falar o motivo mas tinha vergonha e medo do outro se distanciar dele, apesar dele já estar fazendo isso. -- e-eu... Eu não posso f... Falar... Desculpa... -- Ele estava com vergonha e com uma angústia sem tamanho dentro de seu peito, não conseguia mas olhar no rosto do outro então apenas desligou o computador e saiu, mas na hora que ele estava saindo seu braço foi segurado com pouca força pela mão do tocantinense que o encarava incrédulo. -- como assim você não pode falar? V-você tá sendo ameaçado algo do tipo? -- o outro estava com os olhos marejados estava com os piores pensamentos. -- não eu não tô sendo ameaçado, eu apenas não quero contar -- Amapá falou decidido mas não teve coragem de puxar seu braço novamente e sair, ele apenas ficou ali, parado. -- mas porque? Nós sempre contamos tudo um ao outro... eu fiz algo né? Eu sabia! Eu sabia! -- com isso ele soltou o pulso do outro com lágrimas que já estavam escorrendo e correu pro elevador apertando no botão de subida, Amapá não conseguia fazer nada, ainda estava em choque, em seu rosto lágrimas estavam teimando em descer, sua boca estava trêmula, porque não conseguia falar? Porque estava doendo mais soque levar uma facada no peito ver Tocantins chorando? Ele sentia algo por Tocantins? Ele era de feto o macho que tanto dizia ser? Tantas perguntas e nenhuma resposta.

Tocantins se encontrava destruído como todos já estavam em seus quartos (pelo menos era oque Tocantins pensava) não deu de cara com ninguém quando saiu do elevador, foi dar de cara com uma, uma não duas pessoas na escada, sim seus melhores amigos Sergipe e Ceará.
-- o-oque aconteceu Tato?! -- perguntou Sergipe eufórico. -- aquele caba safado te bateu? Aí mai eu vô dá uma coça naquele fi duma égua -- Ceará falava com um certo tom de raiva. -- não CE ele nem triscou em mim, e-eu que fiz algo... Eu acho.. -- Tocantins falou enquanto limpava suas lágrimas.

NOTAS DA AUTORA ←

Aoba! Como cês tão? Espero que bem

Então trouxe um cap mais emotivo uma coisinha mas triste sabe? Espero que tenham chorado 😍 (Brinks) mas desculpem a demora foi pq eu procastinei pá cacete p fazer essa coisa mas espero que tenham gostado. ( pq se não, EU FIZ DUAS TENTATIVAS DESSA COISA )

Um beijo na bunda e uma lambida no suvaco 😍🚬

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