capítulo 8: não significou nada!

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-- Me engole... é mais fácil! -- Gritou o gaúcho indignado, tinha em um de seus braços um paranaense com uma expressão raivosa. -- pronto gente! Eles chegaram vamos! -- Bahia gritou, foi andando pra porta desfilando de mãos dadas com seu namorado pernambucano. O resto apenas os seguiram indo em direção a saída.

Tocantins e Amapá estavam mais atrás do que os outros, o mais baixo estava andando com se tivesse dando mini pulinhos, o amapaense seguia atrás dele com as mãos no bolso até que ele percebeu que o menor parou. -- que foi coisinha? -- Amapá perguntou enquanto olhou pro outro. -- vamo tirar uma foto? -- o tocantinense perguntou com um brilho nos olhos. Amapá não conseguia recusar, então apenas foi pra mais perto do menor esse que colocou o celular no chão com zoom e um temporizador de 10 segundos para dar tempo de se ajeitarem, e assim fizeram. Amapá se virou um pouco pro lado e Tocantins se apoiou em suas costas passando os braços por cima dos ombros do moreno e o abraçando, Amapá colocou as mãos em cima das do outro e agarrou dando um pequeno sorriso.

5...
4...
3...
2...

No último segundo, Tocantins virou o rosto e puxou o moreno para selar um beijo em sua bochecha, ele pelo susto se virou de uma vez, assim juntando os lábios em um breve selinho que infelizmente ou felizmente foi fotografado e registrado pelo celular. Amapá se afastou rapidamente com seu rosto avermelhado e começou a andar tentando acompanhar o resto do pessoal mais a frente, o tocantinense ficou parado por um tempo até voltar a consciência e pegar seu celular e correr atrás do outro. -- Apá! Desculpa, não era pra isso acontecer! -- o mais baixo se desculpava com o outro enquanto andava. -- não precisa se desculpar! Só... Não toque mais nesse assunto... Até porque não significou nada! Nem oque aconteceu lá no balão! Pq eu sou macho! -- Amapá seguia firme com seu discurso repetitivo. Nesse momento Tocantins sentiu seu mundo cair, despencou, sentiu suas pernas trêmulas e uma vontade enorme de chorar, ele parou pra conseguir digerir isso enquanto via o outro se aproximando do restante que ia na frente. -- então quer dizer que não significou nada...? -- Tocantins falava baixo com uma voz chorosa e arrastada. Ele rapidamente secou as lágrimas com as costas da mão e deu um sorriso forçado junto com uma corridinha pra acompanhar os outros. -- Aí finalmente! -- Ceará gritava enquanto chegava na porta do prédio. -- aí nem é pra tanto! -- Sergipe disse chegando ao seu lado. -- então já que chagamos, todos os sem oque fazer vão dormir, pq amanhã cês tem oque fazer! -- Brasília falava enquanto baria palmas e sendo respondida com vários "aaaah's" do pessoal que se dirigiam ao seus aposentos.

Ao chegar em seu quarto, Tocantins apenas fechou a porta e escorregou sobre ela caindo no chão com os olhos embasados pelas lágrimas, ele encolhe seus joelhos e abaixa a cabeça. "Será que se eu fosse uma menina ele iria gostar de mim...?" ele se questionava repetitivamente enquanto seu rosto era banhado por lágrimas. Tirando forças do cu ele se levanta e troca de roupa vestindo um pijama de cetim amarelo e se joga na cama e abraça seu ursinho de pelúcia e se encolhe em posição fetal — como falam — até que ele ouve leves batidas na porta, rapidamente ele se senta e limpa o rosto e grita "já vai" enquanto vai lavar o rosto no banheiro para tirar mais o inchaço dos olhos e vai atender a porta. -- Me empresta aque- Tatinho meu fi! Oque aconteceu com seus zoi que tá mei vermelho? -- Bahia perguntava preocupada, o mais baixo rapidamente se assusta e tenta pensar em alguma desculpa rápida. -- é... Eu tava lavando meu rosto aí o sabão caiu nele! Isso só sabão! -- ele disse rapidamente nervoso enquanto tinha sua mão por trás estralando seus dedos por conta da ansiedade. Ela olhou desconfiada mas resolveu não insistir. -- mas oque você q-queria? -- o tocantinense perguntou eufórico. -- era aquela sua tiarinha de faze skin care -- ela falou. -- aaah tá bom... E-eu tô indo buscar! -- ele se virou e foi em direção a sua penteadeira trazendo a tiarinha. -- aqui ó! -- ele entrega, a morena percebe  que a mão do outro está tremendo pouco, isso não é comum, ele pega e antes de ir ela se vira. -- Tato... -- ela fala calmamente. -- sim? -- ele pergunta. -- você sabe que se você pode me contar tudo não sabe? -- ela fala com um tom calmo mas um olhar sério. Neste momento ele volta a ficar nervoso mas consegue disfarçar ao máximo e dispensa a outra afirmando que estava tudo bem enquanto fechava a porta. Naquela noite, tirando a noite de quando ele foi expulso de casa por ser quem ele é, foi a pior noite de sua vida.

🏳️‍🌈

Quando Amapá chega em seu quarto, ele tira sua roupa e entra no banheiro pra tomar um banho beeem gelado e esquecer tudo oque havia acontecido naquele noite. Enquanto secava seu rosto, ele inconscientemente passou seus dedos em seus lábios dando um sorriso fraco junto com a memória do selinho que havia dado mais cedo no menor, quando retornou a consciência fechou seu rosto e fez uma careta amaldiçoando sua própria cabeça por o ter traído dessa forma, mas por algum motivo, ele se sentiu mal, e com uma vontade enorme de se desculpar, resolveu ignorar já que ele jurava de pé junto q não havia feito nada de errado ao alegar que aqueles acontecimentos não haviam significado nada... Certo? Se trocou e deitou em sua cama, fez sua reza — como de costume — e tentou dormir, rolou pra um lado, rodou pro outro e nada do sono vim. Depois de um tempo rolando e vozes dizendo pra ir se desculpar e outras que ele não tinha feito nada de errado, ele resolveu ceder a outra, olhos no relógio que mantinha em seu criado mudo ao lado de sua cama e viu que era exatamente 23:57 "tomara que ele ainda esteja acordado" desejou ele, se levantando e calçando seus chinelos e indo em direção a porta, quando estava prestes a por sua mão na maçaneta, ele ouvia uma confusão de vozes na sua cabeça, não aguentava mais! Se tantas vezes Tocantins já havia o perdoado e ele continuava sendo macho porque dessa vez iria ser diferente? Então com toda coragem do mundo, ele abriu sua porta e foi em direção ao quarto do outro e deu 3 batidas na porta torcendo para ser atendido. Com um tempo ninguém havia vindo então ele estava prestes a ir embora, mas ouviu a porta sendo destrancada e se lá saiu um Tocantins sem brilho, com os olhos inchados e vermelhos, com o cabelo desarrumado e a maquiagem borrada, quando o outro viu aquela cena ele se sentiu pior ainda, sabia dos sentimentos de Tocantins por si mas se recusava a retribuir da mesma forma.

Por ser uma memória vaga e até meio apagada da mente de Amapá ele não tocava muito neste assunto, mas quando viu novamente aquele rostinho banhado por lágrimas dolorosas se recordou de quando eram menores e o maior contou-lhe que havia dado seu segundo beijo em uma colega de sua escola, Tocantins não se entendia gay naquela época — até porque não era tão comum — mas ele sentiu um aperto forte no coração era como se o ar lhe faltasse e seu mundo desabasse, não sabia porque sentia isso por Amapá, e sabia que aquilo não era certo, pelo menos de acordo com seu pai, o homem que futuramente iria o fazer sofrer como nenhum outro fez.

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Oioii galeris!! Blz com cês??

Espero q ss! Mas hoje dps de milênios sem um cap novo eu trouxe um aq!! 😈😈 Não tá tão grande como de costume mas eu resolvi postar mesmo assim, desculpem por qualquer erro ortográfico e espero q tenha gostado! Resolvi entrar mais no passado dos nosso protagonista então se preparem prós próximos capítulos 💕

Um beijo na bunda e uma lambida no suvaco 😈

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