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Horas depois, a loja estava extremamente silenciosa, Shinichiro havia saído e eu comecei a fechar a loja para poder ir a faculdade depois, fechei as portas e estava trancando tudo, as luzes estavam baixas e fracas, e a chuva lá fora parecia que não ia parar.
—Vou acabar toda molhada indo pra faculdade — sussurrei baixo.
— não vá! Se você for, não sabe o que pode acontecer com essa chuva — a voz de Izana ecoa no fundo da loja trazendo uma sensação de alma penada.
— Querendo me assustar, Izana? — pergunto
— Só estou alertando você, não quero que nada lhe aconteça. — explicou
— Eu ainda te odeio — digo ao me aproximar do balcão.
Um momento de silêncio se segue antes dele responder — Eu sei, mas eu ainda me importo com você...
Mordo os lábios e um apagão acontece, deixando a loja escura, e a chuva apenas continuou
— droga...Izana...cadê você???
Escuto passos se aproximando lentamente, mas eles não fazem nenhum barulho. Depois ouço sua voz novamente.
— Estou aqui.. — ele diz logo atrás de mim.
Me viro no mesmo instante , e meu peito bate contra o seu, me fazendo soltar um pequeno grito.
— Peço desculpas por isso. — diz ele, tentando não rir. — Agora vamos sair daqui e ir para casa.
Por conta da escuridão, na loja eu não estava vendo seu rosto
— Com essa chuva? Parece que o mundo tá acabando — sussurrei apoiando minhas mãos em seu peito
Seu corpo é quente e forte, parece que ele pode me proteger de tudo.
— Vamos para casa, antes que você pegue um resfriado, a chuva também parece que não vai parar. — ele diz, e então a luz da loja é ligada novamente e eu posso ver o rosto de Izana. Ele olha diretamente em seus olhos
. — meu corpo arrepia ao olhar em seus olhos — Eu te odeio...não me toque assim.
Ele se aproxima mais de mim
— Pode me odiar o quanto quiser, mas não posso deixar você tão molhada assim. — ele se referiu às minhas roupas, mas confesso que arrepiei ao ouvir esse dizer dessa forma tão…pervertida.
