Abaixando o meu rosto, sinto os seus lábios sobre a minha testa. O seu beijo foi longo e cheio de carinho.
Eu tenho certeza que vou sonhar por dias relembrando esse beijo.Bakugo se afasta e diz:
— Vamos para casa. Eu te levo para a sua.
Em todo o percurso não trocamos nenhuma palavra. É compressível depois da decepção do encontro.
Eu estava perdida em meus pensamentos quando chego na minha rua e peço para ele parar.
— Sua casa é essa aqui? — Bakugo aponta para casa azul do seu lado direito.
Nego com a cabeça. — Eu só não quero que a minha mãe me veja com você e pense coisas fora da realidade.
Bakugo desvia o olhar e retornando sua atenção para frente, segura firme o volante.
— Mostre onde fica sua casa. — Ele pede sério e com receio digo onde fica.
Parando na frente, Bakugo fica observando e em silêncio pensava em alguma coisa que infelizmente era impossível eu saber.
A noite estava estrelada e suspiro aliviada por ser tarde da noite.
As vizinhas fofoqueiras passariam a tarde toda falando sobre a minha vida, se vissem essa cena.— Bom... Acho que vou entrando em casa. — Quebro o silêncio que estava ficando constrangedor.
Saio do carro antes que ele possa dizer qualquer coisa e me deparo com a minha mãe fora do portão de casa.
— Minha bebê! — Ela me abraça e eu nunca me senti tão grata pela sua presença.
— Oi mãe. — Retribuo o abraço e me afasto dando um beijo em sua bochecha. — Como foi o trabalho?
— Tudo bem. — Ela sorri — E parece que o seu passeio foi melhor que o meu trabalho.
Me inclino na mesma direção que ela olha e fico surpresa que o Bakugo não acelerou e foi embora.
Ele estava mechendo no celular, com certeza falando com a Stella.
— Podemos entrar? Ele precisa ir embora. — Sugiro e ela nega com a cabeça abrindo mais o seu sorriso.
— Quero conhecer o seu novo namorado. — Ela se aproxima da janela do lado do Bakugo e eu seguro o seu braço tentando tirar ela de perto dele.
— Outro dia mãe! Vamos entrar em casa!
Tento de todas as formas tirá-la de perto do Bakugo, mas nenhumas das minhas tentativas dão certo.
Ela bate na janela e o Bakugo abre.
— Oi. Senhora...? — Bakugo diz.
— Kelly, prazer. — Minha mãe estende a sua mão para o Bakugo beija-la. Nunca fiquei tão envergonhada na minha vida como nesse momento.
Bakugo segura a mão dela e olhando para mim com um olhar profundo e penetrante beija a sua mão rapidamente, meu coração palpita com o seu olhar.
— Qual é o nome do namorado da minha filha? — Kelly pergunta e aquela pergunta não parece surpreende-lo.
— Sou Bakugo. E não estamos namorando, somos apenas... Dois amigos.
Aquela realidade sendo colocada bem diante de mim, por meio dele mesmo, saindo dos seus próprios lábios. Era sufocante.
— Ah... Que pena. — Kelly se afasta decepcionada. — Bem... Filha, lembrei que esqueci o arroz no fogo. Vou entrar, você vai junto?
Olho para ela e depois para o Bakugo que nega com a cabeça ligeiramente e seus lábios se comprimem em uma pequena linha fina.
— Já estou indo. — Digo e o Bakugo confirma com a cabeça e suspira parecendo aliviado.
Minha mãe entra em casa e eu espero alguns segundos para me recompor de tudo que aconteceu em menos de vinte e quatro horas.
— Obrigado por ter ficado. Preciso te falar uma coisa importante. — Bakugo comenta e saí do carro.
Pela maneira que ele disse e sua expressão, não era algo agradável.
Sugiro que vamos para um lugar mais afastado de casa, o parque que ficava alguns metros de distância.No caminho, um vento forte e gelado invadia a minha pele nua.
Bakugo vendo eu passar minhas mãos sobre os meus braços para tentar me aquecer, coloca a sua blusa em meus ombros.
Digo para ele que não precisava se preocupar e que logo estaria em casa, porém o Bakugo insistiu para que eu ficasse que, o vesti.
Sua fragrância que estava contaminado em sua blusa, invadia minhas narinas. Fico com inveja ao lembrar que a Stella pode sentir esse cheiro quando quiser.
Caminhamos em silêncio e isso não me incomodava, ao contrário, parecia que era algo comum entre a gente.
Sentamos em um banco e observo o parque vazio.
Estamos apenas nós dois.
Nunca fiquei realmente sozinha com ele. Poderia contar que estávamos sozinhos no carro, mas sempre tem pessoas por perto.
Aqui, porém realmente estamos só eu e ele.
Olho para ele e tenho a sensação de que seja lá o que virá, não vai ser algo que vou me alegrar.
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𝐋𝐨𝐲𝐚𝐥𝐭𝐲 𝐓𝐞𝐬𝐭 | 𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶 𝗕𝗮𝗸𝘂𝗴𝗼
FanfictionÉ possível o amor se manifestar quando tudo indica que nunca haverá conexão entre duas almas distintas? Ginnah se encontra em uma situação difícil que não tem escolha e nem saída. Sua "amiga" chamada Stella ordena que ela teste a lealdade do seu n...