A professora Vause andou pelo corredor por alguns minutos, depois se inclinou contra uma parede e esfregou o rosto com as mãos. Ela não sabia como chegou lá ou o que a impeliu a se comportar de tal maneira, mas estava prestes a soltar uma maldição de proporções épicas.
Ela tinha sido pouco profissional com a Srta. Chapman em seu escritório, perigosamente perto de assediá-la verbalmente. Depois a ofereceu uma carona, sem um acompanhante, e entrou em seu apartamento. Todos estes comportamentos foram altamente irregulares.
Se tivesse sido a Srta. Peterson a quem tivesse dado carona, ela provavelmente teria se inclinado e tentado algo enquanto estivesse dirigindo.
Vause estremeceu com o pensamento. Agora ela estava prestes a levar a Srta. Chapman para jantar, por causa de um bife, no mínimo. Se isso não violasse a política de não confraternização criada pela universidade, não sabia o que faria. Ela respirou fundo e pensou no quanto a outra teve uma série notável de desventuras, começando com sua incapacidade de ir para Harvard, e as coisas pareciam se desintegrar em seu rastro, inclusive a sua calma e disposição.
Embora estivesse triste por ela estar vivendo em circunstâncias deploráveis, não iria arriscar sua carreira para ajudá-la. A loira poderia muito bem, dentro dos seus direitos, procurar o Presidente de seu departamento amanhã e registrar uma queixa de assédio contra ela. Vause não podia deixar isso acontecer.
Ela atravessou o corredor em dois passos longos e ergueu a mão para bater em sua porta. Estava indo oferecer uma desculpa qualquer, e simplesmente desapareceria. Mas parou assim que ouviu seus passos.
A Srta. Chapman abriu a porta e ficou de pé, olhos baixos, em um vestido preto de forma simples, mas elegante que ia até os joelhos com um decote em V.
Os olhos da professora observaram suas curvas suaves e desceu para as suas pernas surpreendentemente longas e muito bem torneadas. E os sapatos... Ela não poderia ter conhecimento disso, mas o Vause tinha uma queda por mulheres que usavam sapatos altos requintados. A morena engoliu ruidosamente assumindo que seus sapatos de salto alto de grife eram de tirar o fôlego e, obviamente, pretos. Ela queria tocá-los...
— Ahã. — Piper tossiu um pouco, e a morena relutantemente arrastou seus olhos de cima de seus sapatos para seu rosto. Chapman estava olhando para ela com uma expressão divertida. Seus cabelos estavam presos para cima, mas alguns fios tinham escapado e estavam caindo delicadamente em torno de seu rosto. Ela usava um pouco de maquiagem, sua pele pálida de porcelana, mas luminosa, com duas faixas deliciosas de rosa em suas bochechas. E os cílios pareciam ainda mais escuros do que se lembrava.
A Srta. Piper Chapman era atraente.
A garota encolheu os ombros em um casaco azul-marinho e rapidamente trancou a porta do apartamento. Alex fez um gesto para ela liderar o caminho e seguiu silenciosamente pelo corredor. Uma vez do lado de fora, abriu seu guarda-chuva e ficou um pouco sem jeito. Piper olhou para ela, intrigada.
— Seria mais fácil para eu cobrir nós duas, se você pegar o meu braço.
Vause ofereceu-lhe a curva de seu braço esquerdo, que estava segurando o guarda-chuva.
— Se você não se importar. — Acrescentou.
Chapman pegou seu braço e olhou para ela com uma expressão suave. Elas dirigiram em silêncio até a frente do porto, um lugar que Piper tinha ouvido falar, mas ainda não tinha explorado. Antes da professora dar as chaves para o manobrista do restaurante, ela pediu para Piper lhe entregar uma pequena necessarie que estava dentro do porta-luvas. Ela o fez, sorrindo para si mesma com o fato de a outra era extremamente vaidosa, ao notar que dentro da pequena necessarie haviam algumas maquiagens.
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O Inferno de Alex Vause
FanfictionAVISO: Essa obra não me pertence. O enredo e conteúdo descritos são de autoria da escritora Sylvain Reynard. O que lerão a seguir é uma adaptação feita para o universo Vauseman, personagens fictícios da série Orange is the new black. Livro 01: Enig...