Na sexta-feira, Piper recebeu um formulário em sua caixa de correio, indicando que a professora Alex Vause havia concordado em ser a orientadora de sua tese. Ela estava olhando fixamente espantada para o documento, perguntando por que Alex havia voltado atrás em sua decisão, quando Larry apareceu atrás dela.
— Pronta para ir?
Ela o cumprimentou com um sorriso enquanto colocava o formulário em sua mochila. Eles saíram do prédio e começaram a caminhar pela rua Bloor para a Starbucks mais próxima, que era apenas metade de um quarteirão de distância.
— Eu quero saber sobre seu encontro com Vause, mas antes de eu fazer isso, há algo que eu preciso te dizer. — Larry soou grave.
Piper o olhou com uma expressão que se assemelhava a ansiedade.
— Não tenha medo, não é nada demais. — Ele bateu no seu braço. O coração do rapaz era quase tão grande quanto ele, e era muito sensível à dor dos outros. — Eu sei sobre o que aconteceu com o nosso bilhete.
A loira fechou os olhos, amaldiçoando a si mesma.
— Larry, eu sinto muito sobre isso. Eu ia te dizer que eu estraguei tudo e escrevi em seu bilhete, mas eu não tive uma chance. Eu não disse nada sobre você a ela.
O rapaz apertou a mão contra seu braço para detê-la.
— Eu sei disso. Eu disse que fui eu. — Ela o olhou com espanto.
— Por que você faria isso?
Enquanto Larry sondava as profundezas dos grandes claros de Piper, ele sabia, sem dúvida, que faria qualquer coisa para impedir que alguém a machucasse. Mesmo que isso significasse sua carreira acadêmica. Mesmo que isso significasse bater de frente com a imbecil da Vause.
— A Sra. Jenkins me disse que ela estava atrás de você, e eu percebi que talvez fosse para castigá-la. Eu encontrei uma cópia de nosso bilhete em uma pilha de xerox que ela deixou para mim. — Larry encolheu os ombros. — Risco ocupacional por eu ser seu assistente de pesquisa. — O rapaz puxou Piper ligeiramente para persuadi-la a continuar caminhando, mas esperou para continuar a conversa até comprar um grande cappuccino sem açúcar.
Uma vez que ela sentou-se em uma poltrona de veludo roxo, como um gato e ele se satisfez ao ver que ela estava ao mesmo tempo quente e confortável, se virou com uma expressão simpática e continuou a dizer.
— Eu sei que foi um acidente. Você estava tão abalada depois da primeira aula do seminário. Eu deveria ter ido com você no escritório. Honestamente, Piper, eu nunca a vi agir daquela maneira. Ela pode ser do tipo arrogante e insensível sobre muitas coisas, mas nunca foi tão agressiva com uma aluna antes. Foi doloroso de assistir.
Chapman tomou um gole do café e esperou que ele continuasse.
— Então, quando eu encontrei uma cópia de nosso bilhete junto as outras coisas que deixou para mim, eu sabia que ela não pegaria leve. Eu descobri a hora da sua reunião e marquei um encontro antes. Então eu confessei que tinha escrito o bilhete. Eu menti e tentei dizer que forjei a sua assinatura como uma piada, mas não consegui convencê-la.
— Você fez tudo isso por mim?
Larry sorriu.
— Eu estava tentando ser um escudo humano pra você. Eu pensei que se ela gritasse comigo, se manteria longe de você. — Ele estudou sua expressão pensativa. — Mas não funcionou, não é?
Ela o olhou em sinal de gratidão.
— Ninguém jamais fez algo parecido por mim antes. Eu realmente te devo uma.
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O Inferno de Alex Vause
FanfictionAVISO: Essa obra não me pertence. O enredo e conteúdo descritos são de autoria da escritora Sylvain Reynard. O que lerão a seguir é uma adaptação feita para o universo Vauseman, personagens fictícios da série Orange is the new black. Livro 01: Enig...