Parte 11

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— Eu lamento, estamos emboscados, não há saída — o homem que parecia comandar os demais guerreiros desertores de Noxus alertava — Ao menos vou morrer em liberdade, fazendo o que devia ter feito há muito tempo! Obrigado, Sarah!

— Não podemos nos render ainda — respondeu a ruiva, tomando parte da dor do soldado para si, mesmo que não demonstrasse — Tem que haver uma saída!

— Não é disso que falo, capitã! A força militar é gigante aqui!

— E eu não sei? A pior parte é que eu sabia onde estava me metendo!

O pequeno grupo estava dentro de um boeiro, um espaço grande e seco entre os inúmeros túneis de esgoto da cidade, onde uma tocha deixava tudo em volta iluminado. Fortune continuou:

— O que precisam saber é que ninguém virá me resgatar! Minha tripulação está longe daqui e eu mesma ordenei que partissem. Não poderia deixar que perdessem a vida por um ato imprudente de sua capitã. A arma foi roubada e logo em seguida se retiraram. Precisamos escapar sozinhos daqui E NÓS VAMOS!

— Será um prazer morreu ao seu lado, capitã — outro sujeito alto disse em uma postura ereta, como se estivesse pronto para o que anunciava.

A ruiva deixou escapar uma gargalhada, ainda que contida em seu tom para não ser ouvida ali. Terminando suas ataduras em volta do tronco, a mulher começou a fechar os botões de sua camisa novamente.

— Esses túneis levam ao mar, que é praticamente a minha casa.

— Como vamos saber a saída? Eles estão por baixo de toda a cidade — o líder pontuou novamente, mas não obteve resposta, a caçadora estava reflexiva demais pra responder.

— Esse lugar é nojento — um rapaz mais jovem olhava para as próprias botas encharcadas, chamando a atenção de Fortune, que olhou em sua direção com uma sobrancelha arqueada e em seguida uma expressão de puro tédio.

— Certo, eu tenho um plano pra começar. Preciso que façam silêncio, apaguem as tochas, não quero ouvir a respiração de ninguém por uns bons segundos.

Ninguém entendeu, mas estavam sem opções para questionar, então logo o silêncio absoluto se fez. Sarah fechou os olhos, ouvindo nada além do barulho da água.

— Estamos um pouco longe, eu não consigo ouvir o mar, mas ainda podemos seguir a água, afinal ela vai pra algum lugar.

O que os guerreiros temiam, ou premeditavam, simplesmente aconteceu, uma das passagens do túnel estava tomada por inúmeros soldados armados prontos para capturar a invasora e os desertores que a apoiavam.

— Droga — um sussurro deixou os lábios da ruiva, que não esperou pra começar a atirar — CORRAM NA DIREÇÃO DA ÁGUA!

Quando percebeu que os tiros não tinham efeito em um grupo tão numeroso, Sarah passou a atirar no teto, fazendo boa parte da antiga estrutura desmoronar. Uma longa corrida se iniciou em busca do fim das gigantescas tubulações de esgoto e quando finalmente encontraram o mar entre Noxus e Shurima, por onde poderiam escapar para Águas de Sentina, a saída estava fechada por enormes grades de ferro.

Outra tentativa de usar seus canhões de mão foi feita pela ruiva, esperando que assim pudesse quebrar o concreto outra vez, mas os soldados noxianos chegaram por todos os lados. Ao ver que a o teto começava a cair, a capitã gritou:

— Vão na frente! Essas lanças e escudos não são páreo pra essas belezinhas aqui — Fortune sorriu, dominada pela adrenalina de testar suas armas contra os guerreiros armados, desejando por um momento que Samira estivesse entre eles.

Muitos caíram, mas sobrou o suficiente para fazer a ruiva recuar também para o mar, principalmente quando algum tipo de explosivo foi usado, deixando-a ao risco de ficar soterrada sob o concreto.

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⏰ Última atualização: Mar 10 ⏰

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Mulher, ou abismo? Miss Fortune e SamiraOnde histórias criam vida. Descubra agora