Parte 8

29 4 15
                                    

— LEVANTAR ÂNCORAS! IÇAR VELAS! VAMOS PARA NOXUS!

Com a energia revigorada e uma empolgação contagiante, a capitã chutou uma pequena mesa que havia por perto, enquanto falava com o pequeno grupo de sua tripulação de cima de um caixote de madeira pra que ficasse mais visível a todos.

— É isso aí, pessoal! Eu não quero ver ninguém parado! Nós vamos fazer algo muito arriscado aqui, mas sabemos que não há outro jeito de conseguir a peça que falta e que não podemos obter só roubando o armamento do caminho para Noxus — a ruiva prosseguiu, tendo mais uma vez a atenção depois da breve comemoração da tripulação — Eles não esperam por uma invasão, por isso vamos agir durante a noite e com extrema rapidez! Não podemos ir contra o exército noxiano, mas podemos entrar sem ser vistos. E... Bem... Deixem o resto comigo!

Bastou um gesto para que Liz se aproximasse, contente em participar ativamente de sua primeira missão oficial desde que tivera sua liberdade.

— Gatinha, eu preciso que me ajude numa coisa muito importante — Sarah segurou o queixo da garota para que ela a encarasse de baixo — Marcus é ótimo com coordenadas e códigos de todos os tipos, mas nós sabemos que você tem algo muito interessante que ele não tem! Use sua criatividade pra descobrir algo mais nas peças entalhadas, estamos procurando por uma coisa que pode não ser convencional, ou previsível! Você é uma raridade aqui e não tô falando no cabelo prateado — completou lançando uma piscadinha e um sorriso para a jovem.

— Pode deixar, capitã! Eu tenho uma ideia de onde posso começar a procurar — a lunari compartilhou do mesmo sorriso e empolgação da comandante, seguindo direto para o escritório, onde as técnicas avançadas de batalha eram colocadas sobre uma mesa de madeira pesada.

Noxus

— É o que me leva a acreditar que o suspeito que colocaram em minha investigação é apenas alguém pra deixar a operação fora do caminho — Samira tinha uma postura despreocupada em uma das poltronas com um dos pés apoiados no joelho, mas o tom de voz demonstrava a seriedade em suas palavras — Essa... Comandante não me deu nenhuma pista, mesmo sob ameaça e ainda parece estar querendo proteger alguém. É o que eu acho.

Trabalhar com mulheres era tão ou mais difícil para Samira. Sua superior nessa operação era ainda mais rigorosa que a última e fazia com que a morena precisasse esconder sua irritação e falta de paciência.

— Esteve com a Capitã Fortune e não sabe me dizer quem é responsável pelo desvio dos armamentos? Talvez eu devesse ter enviado alguém mais competente, mas já que você a conhece pessoalmente, está encarregada de trazê-la até Noxus, viva — a mulher se inclinou na direção de Samira apenas para intimidá-la com sua expressão raivosa, como um cão prestes a ser solto das correntes — Não preciso dizer que deve usar os meios que achar necessário para obter sucesso. Ou é isso, ou você tá fora e eu vou fazer questão de garantir que não estrague nenhuma outra operação!

A forma rude da general fez com que automaticamente a mais nova ganhasse um semblante mais sério, quase devolvendo a raiva que lhe era entregue, mas acabou por afirmar com o rosto. Sabia que não poderia arriscar ficar sem o único trabalho que realmente rendia algum dinheiro no final das contas.

"Fortune nunca vai vir, de qualquer maneira. Eu posso simplesmente nunca mais a encontrar e colocar isso em meus relatórios."

— Ah, mais uma coisa, Samira! Eu sei o quanto essa mulher é perigosa, por isso é melhor que carregue isso com você — um pequeno objeto foi deixado sobre a mesa, uma espécie de dispositivo tecnológico muito pequeno — É um microfone, você vai e DEVE pedir reforços, se necessário — com um sorriso malicioso de quem se divertia muito, a general contemplou a expressão surpresa da menor — Ela é rápida e tem mais experiência que você.

Mulher, ou abismo? Miss Fortune e SamiraOnde histórias criam vida. Descubra agora