O sol escaldante batia sobre sua cabeça, queimando seu couro cabeludo.Via os membros de seu esquadrão treinando debaixo desse sol, sentiu pena deles, por um breve momento.Mas sabia, eles sabiam, que isso seria necessário para o bem deles mas missões.Como Capitã do Segundo Esquadrão de Forças Especiais era seu dever ensiná-los isso.
O segundo esquadrão de forças especiais foi criado com o intuito de reunir novos soldados de elite, não precisando passar pelo o processo de avaliação rigoroso do outro capitão.
Sim, capitão Levi Ackerman.
Capitão do Primeiro esquadrão de Forças Especiais.Você tinha vontade de voar encima do pescoço daquele capitão a cada palavra que ele ousava dizer.Você e ele não tinham uma boa relação desde a época de cadetes.
Ele era sério demais.
E você descontraída demais.
Opostos um do outro em tudo.Obviamente a relação não seria boa.
Você via ele de relance no outro lado da campina, treinando o próprio esquadrão.Congelou ao perceber que ele olhava de volta, mas não desviou o olhar.
A cada segundo que se passava parecia uma eternidade.
Era como uma batalha, onde nenhum dos dois estavam dispostos a perder.Um barulho.
Um grito.
Isso foi o suficiente para que você saísse do transe.Quando virou o rosto se depredou com a cena de um dos seus soldados enroscado com outro soldado-que não era do seu esquadrão.
Ah...de novo não.
Você suspirou fundo e andou em direção aos dois machos que discutiam feito crianças.—Luke, pare agora mesmo—Você puxou o colarinho do soldado de olhos amendoados, que te olhou nervoso—O que eu já falei com você sobre arranjar briga com outro esquadrão?
—Me descule—Luke é interrompido por uma voz fria e congelante.
—Aprenda a controlar seus solados, capitã.
Seu sangue ferveu.
Seu corpo entrou em combustão.
Podia sentir a raiva tomando conta do seu ser, invadindo suas veias.
Aquele minúsculo sorriso aparecendo nos lábios dele.
Para que somente você visse.Você respondeu:
—Acho que quem não está cuidando dos seus subordinando direito é você, capitão.—O que você está insinuando?—disse Levi com os braços curvados sobre o peito.
—Que você está ocupando o tempo deles os treinando em como ser donas de casa do que soldados, é isso que eu estou insinuando, capitão—Você cruzou os braços no peito, imitando a posição dele.Não tinha percebido o quão próximos estavam e como os outros soldados encaravam a cena com puro horror estampado nos rostos.
Ele te encarava de cima a baixo sem nenhuma vergonha.
Conseguiu sentir seus músculos se contorcendo.
Estava quente.
Mais quente do que o normal.
Era apenas uma simples manhã de outono.
E sentia sentia seu corpo inteiro queimar.Você o vê respirar profundamente, pegando no colarinho do soldado do próprio esquadrão e o levar para longe da multidão.
Você encarou o garoto ao seu seu lado.
Você era uma mulher alta, mas ao lado de Luke se sentia uma nanica.—Você está em apuros, soldado.
[...]
Era uma noite fria de outono, você organizava os últimos relatórios encima da sua mesa quando a porta foi aberta calmamente e fechada da mesma maneira.
Não precisava ver pra saber quem era.
—O que devo a sua ilustre presença, capitão?
Levi observa seus dedos percorrerem pelo bolo de papéis e os juntar encima da mesa e o entrará com um sorriso torto.
Você seria a destruição dele.
E ele não se importava nem um pouco com isso.E nem você se importava.
Nem quando ele chegou perto de você e grudou seus lábios nos dele em um beijo caloroso.Ugh.Como sentirá falta disso.
—Senti muita sua falta sabia?—ele passou a mão pelo seu rosto acariciando sua bochecha—Você é um garota muito má.Fica me provocando na frente dos soldados.Hoje no treino, você estava tão linda que tive que usar todas minhas forças para não te puxar para meu escritório...
—Eu má?Eu não sou uma garota má, você sabe—Você sorri maliciosamente—Mas eu faço coisas más com você.
Ele voltou a te beijar mas dessa vez de forma mais intensa.As mãos dele pararam na sua cintura, pressionando o seu corpo contra o dele.
Era como se todas as peças caíssem no lugar certo.Tudo era certo.
Assim vai...
Estavam tão presos ao momento que não notaram a bagunça que estava seu escritório.
Assim vai...—Eu sou sua para que você possa guardar—Você sussurra no ouvido dele—Mas também sou sua para perder.
Ele te olha com os olhos brilhando como diamantes e diz:
—Eu não vou te perder—ele acaricia seu rosto e da um beijo na sua têmpora—Não brinco em serviço.
Assim vai...