Epílogo.

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É, Astoria, eles conseguiram

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É, Astoria, eles conseguiram.

Não há no mundo bruxo uma pessoa que foi tão feliz quanto Scorpius e Draco. Houveram muitos momentos de dor, dias em que eles se sentiram tristes e desmotivados, mas os dois tinham amigos fiéis dispostos a ajudá-los a passar por tudo isso.

Draco sempre recorreu aos seus dois melhores amigos nos momentos difíceis, como quando seu filho se envolveu em problemas, ou quando a saudade o impedia de levantar da cama, ou quando ele exagerava na bebida em uma quarta à noite. De fato, ele nunca esteve sozinho, do jeito que Astoria pediu.

Malfoy foi feliz, principalmente durante as férias de Scorpius e quando recebia os seus melhores amigos em casa, mas nunca mais foi o mesmo depois que Astoria se foi. E, apesar de amar seu filho mais que a si mesmo no mundo, ainda tinha esperanças de se encontrar com Tori outra vez. Por muito tempo, ele não acreditou em pós-vida, reencarnações e céu ou inferno, mas o amor provoca loucuras e o desejo era mil vezes mais potente que a racionalidade.

Foi como se tudo estivesse escrito nas estrelas.

Scorpius viveu perfeitamente bem, também. Sua formatura não desfez os laços que ele construiu na escola, na verdade só os deixou mais fortes, os deixou mais próximos. O herdeiro Malfoy agora tinha uma segunda família, a quem ele amava e cuidava tão bem quanto a família de sangue e ele sabia que seus amigos iriam cuidar dele também.

Quando Scorpius já estava com uma vida adulta estabelecida, em um relacionamento perfeitamente saudável, vivendo por si mesmo e aproveitando a própria felicidade do jeito que a mãe pediu que ele fizesse, Draco se foi.

Scorpius ficou triste, completamente desolado, por perder seu pai também, mas ele não estava sozinho. Scorpius tinha Alvo ao lado dele, disposto a ser seu abrigo eterno e com o tempo, depois que a dor havia diminuído o herdeiro Malfoy entendeu, seu pai estava mais feliz agora.

Claro que Scorpius ainda acordava chorando algumas noites e só conseguia voltar a dormir quando Albus o acalentava com abraços carinhosos. Apesar do sofrimento, Scorpius superou bem e era tão feliz, na verdade, estava mais feliz do que esteve em toda a sua vida. Mesmo que a saudade machucasse, ele ainda encontrava motivos para sorrir e - principalmente - viver.

Ele seguiu seus pedidos à risca, Astoria.

E quanto à Draco: ele conseguiu, finalmente, reencontrar a sua própria felicidade. Não do jeito mais convencional, mas nada sobre Draco Malfoy seguia alguma convenção social.

Coincidentemente ou não, Malfoy faleceu no exato dia em que Astoria havia morrido. Era trágico, mas até nas tragédias existe beleza e na história deles havia o combo perfeito entre os dois. Um amor intenso, trágico e - acima de tudo - magnífico, assim como uma obra de Shakespeare.

No aniversário de morte dos dois, Scorpius visitou seus túmulos, sempre estando acompanhado por Albus. Com um lindo buquê de gardênias brancas, que sua mãe amava e que seu pai sempre colhia para enfeitar a mansão em uma lembrança eterna da tão amada Astoria Malfoy. Primeiro, ele colocou o que estava segurando na sepultura da mãe, depois se virou para Alvo pegando o segundo buquê com as mesmas flores e colocando-o sobre o túmulo do pai.

— Sinto tanta falta de vocês...

Albus se agachou ao lado dele, alisando as costas de Scorpius em uma espécie de carinho e consolo. Era uma situação tão difícil e ver o garoto que amava triste daquele jeito, o machucava também. Tudo o que queria era que Scorpius fosse feliz.

Scorpius era feliz, extremamente feliz, Albus só não sabia o quanto.

— Eles estão juntos agora. Felizes — Albus tentou consolá-lo.

— Eu sei que estão e eu fico feliz por eles, mas às vezes queria que nenhum deles tivesse que partir — Scorpius respondeu, recebendo um aceno contido de outro garoto.

Alvo o abraçou de lado e Scorpius apoiou a cabeça no ombro do moreno. — Ninguém quer perder os pais.

— Não, ninguém quer — Scorpius replicou. — Mas você está certo, eles estão felizes agora que estão juntos, eu posso sentir.

Scorpius não poderia estar mais correto. Em outro lugar, escondido ali naquele jardim mas sem estar lá, separados por um véu fino e efêmero, Draco e Astoria os observavam com carinho.

Os dois estavam finalmente juntos, sem nenhuma data de validade, sem tempo limite, sem tristezas e preocupações, apenas suas duas almas entrelaçadas e envoltas por um único sentimento: o amor entre eles e por sua família.

"Seja feliz, meu menino", Astoria disse, mas Scorpius não pôde ouvir. Ele não poderia por um tempo, mas com certeza sentia no seu ser.

"Ele já é feliz, Tori, ele já é", Draco respondeu e os dois trocaram sorrisos amorosos de cumplicidade.

FIM!!!

Herança de Sangue × Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora