Capitulo 2
Meu quarto é sim o ultimo, mas as escadas não acabam junto com ele. Tem uma placa de madeira com uma seta apontando para cima, e está entalhado na madeira junto à seta: PISCINA
Uau. Tem até piscina neste lugar, meu deus isso é demais. Esta Universidade está me saindo melhor que encomenda. Estou pulando de alegria por dentro. Paro em frente à porta do que agora será o meu quarto, dou algumas batidas e espero. Escuto uma voz feminina gritar : Entre! . então eu giro a maçaneta e olho no interior do quarto. O quarto é muito amplo e tem o chão todo de madeira e as paredes são todas brancas, e vejo que o cômodo a minha frente é uma sala que tem uma TV de led de quase 50'polegadas que fica pendurada na parede, em baixo uma rack preta com um home theater, e algumas bolas de vidro branco e preto que servem tanto de enfeite quanto para colocar velas. Dois sofás de couro preto que com algumas almofadas também pretas. Do outro lado do quarto tem duas camas de solteiro, com uma cômoda de cada lado. Um guarda roupa preto com portas de correr com alguns detalhes em branco de cada lado do quarto e na parede ao lado dos sofás tem uma linda porta de vidro de correr que leva a uma sacada que tem uma vista maravilhosa, eu consigo ver daqui a bela praia lá embaixo. Perto das camas tem dois assentos que ficam suspensos no ar, pendurados no teto. Lembra uma grande bola de vidro cortada ao meio com almofadas pretas dentro. Quase todo o chão da região em que fica as camas tem um tapete preto felpudo de pelo menos 3 cm de altura . Consigo ver uma porta simples branca, que eu suponho ser do banheiro. Eu suspiro, maravilhada, entro e fecho a porta atrás de mim. Uma garota de mais ou menos 1,68, cabelo de um tom tão de loiro que qualquer uma morreria pra ter, que cai em uma cascata de cachos até um pouco abaixo do quadril, olhos de um azul escuro como o começo da noite. Pele de um bronzeado perfeito, e ela está sorrindo para mim com dentes perfeitamente alinhados e extremamente brancos .Ela está usando um shorts de flanela azul , que combina com seus olhos e uma regata branca simples. Caraca , eu penso impressionada , essa garota deixa Megan Fox no chinelo. Aposto que até mesmo Leonardo di Caprio rastejaria por ela, e ela com certeza seria capaz de dizer não.
De repente me sinto meio humilhada com meus olhos verde escuro e cabelos caramelo simples , meus dentes que só se parecem com os dela porque passei toda a minha adolescência usando aparelho dentário e meu corpo que só está em forma porque desde os 11 anos de idade faço centenas e milhares de regimes e dietas que sempre fui obrigada a fazer por conta de minha tendência a engordar que herdei de minha mãe. Tá legal, eu sempre soube que não era lá essas coisas no quesito aparência, mas ninguém me avisou que as deusas do olimpo desceriam aqui pra sambar na minha cara. Engulo meu jeito rabugento e sorrio para ela.
-Parece que vamos dividir esse quarto. Me chamo Lia – digo para ela com um sorriso estampado no rosto .
Ela pula em cima de mim e me abraça. Estou surpresa, nunca pensei que minha colega de quarto seria legal comigo. Principalmente ela. Pessoas com essa aparência costumam ser muito arrogantes. Mas ,obviamente , ela era uma exceção. E gostei dela. Embora ainda estivesse muito surpresa, retribui o abraço.
-Ah estou tão feliz! – ela solta um gritinho de alegria – Tem noção do quanto isso é legal? Vamos ser melhores amigas! Eu me chamo Elayna , mas pode me chamar de Lay. Eu já dei uma decorada aqui se não se importa, e também fiquei sabendo que sou da sua turma! Vamos cursar veterinária juntas! Ah isso é ma-ra-vi-lho-so! – diz ela, soltando outro gritinho logo depois .
Eu dou risada, feliz por saber que vou ter pelo menos uma amiga.
-Com certeza, vai ser demais – digo para ela , com uma nota de alegria na voz .
-Claro que vai! Agora vamos lá, coloque uma roupa mais confortável, vamos arrumar suas coisas e depois conhecer uns partidões – responde ela, me empurrando para o fundo do quarto em quanto eu ria histericamente liberando todo o nervosismo que me tomou durante o dia.
***
Rimos ainda mais eu descobrir que o meu pijama é igual ao dela, a única diferença sendo a cor: o meu verde, o dela azul. Rimos muito dizendo que já parecíamos irmãs, e conversamos muito enquanto arrumávamos as minhas coisas no guarda roupa – Lay me disse que o tapete, as almofadas, os enfeites da estante fora ela quem trouxe, assim como os dois assentos fora ela quem mandou instalar quando chegara – o tapete cobria o espaço do chão entre as duas camas , que tinham lençóis de seda pretos e almofadas e travesseiros também com fronhas de seda preto. Só essa fronha custa mais que minha mala inteira. Afastei o pensamento sarcástico e continuei a olhar. Que lugar lindo.
Depois que já tínhamos arrumado tudo Lay e eu começamos a convesar. Conversamos como se nos conhecêssemos há anos, mas só nos conhecíamos há algumas horas e eu já me sentia totalmente a vontade com ela. Ela me contou que há cursos opcionais que os alunos podem fazer nas horas livres e que esses cursos nos dão alguns pontos extras nas matérias principais, e combinamos de dar uma olhada em algo depois. Contei a ela que sou bolsista e ela reagiu normalmente e ficou maravilhada dizendo que eu era mesmo muito boa por ter conseguido passar na prova. Fiquei muito feliz com a reação dela. Então era isso. Eu tinha uma amiga. E ela gostava de mim assim como eu gostava dela e não se importava se eu era bolsista ou não. Meu coração se encheu de alegria com esses pensamentos.
-Lia, o jantar é daqui meia-hora – ela grita para mim.
-O que eu devo usar? – eu pergunto, subitamente preocupada.
Ela sai do quarto entra na sala. Ela está usando uma saia jeans preta, com uma blusa também preta que deixa a manga caída em um dos ombros e um chinelo delicado enfeitado com pedras. Ela ri, olha para mim e diz:
-Use o que você quiser. É só o jantar. – diz ela, dando de ombros – Não é nada de especial.
Só deus sabe o alivio que senti.
-Simples assim? Eu posso ir de chinelo?- eu pergunto ,extremamente feliz.
Ela olha para mim, confusa.
-Sim – ela diz ,e eu não consigo conter um gritinho de alegria. Levanto-me dou-lhe um abraço apertado enquanto rio do seu olhar de confusão.
Coloco uma calça jeans com lavagem clara e com algumas partes na região das coxas e joelhos rasgada, uma blusa regata preta com alças de renda, e uma rasteirinha com alças finas e mais curtas que o comum. Passo rímel nos cílios para abrir meu olhar e olho para o meu rosto. Estou bonita, nada comparado a beleza de Lay, mas estou apresentável. Cogito a ideia de passar um pouco de pó compacto para apagar minhas claras sardas, mas resolvo não passar .Não estou com espinhas – graças a deus – e estou tentando me livrar da dependência da maquiagem. Finalmente me dou por pronta.
Lay entra no quarto e me olha de cima a baixo, avaliando minha aparência. Então olha para o meu rosto, sorri e diz:
-Você está bonita.
Eu dou risada do comentário vindo de uma pessoa coma aparência dela, mas não digo nada.
-Lia , você me ajuda a me maquiar? – pede ela ,para a minha surpresa .
Sorrio para ela.
-Claro.
Ela deixou que eu escolhesse as cores e o estilo da maquiagem, então fiz o que eu faria em mim mesma se tivesse aquela aparência. Apliquei uma sombra de cor azul, do tom dos olhos dela, e combinou muito. Passei bem rente a linha dos cílios o delineador preto, e então rímel para alongar os cílios. Apliquei também um pouco de pó do tom da pele dela e também blush cor de pêssego. Para finalizar passo um gloss rosa claro nos lábios dela.
Uau. Ela está fabulosa. Estou orgulhosa de meu trabalho. Sorrio e digo:
-Pronto, Lay.
Ela abre os olhos e se olha no espelho. Ela está boquiaberta e eu estou sorrindo de sua expressão.
-Lia! Você é muito boa nisso! – diz ela, realmente impressionada.
Dou risada e digo:
-Vamos jantar então?
Ela olha para mim com um brilho malicioso nos olhos e diz:
-Sim. Venha. Vamos arrasar uns corações.
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Amor Armado
Ficción históricaLia Zanthe é uma garota que se muda para a Califórnia após ganhar uma bolsa integral para cursar veterinária na Everbolt University. Por ser uma universidade extremamente cara, ela já se prepara para o pior, pensando que sofrerá preconceito por ser...