Capítulo 28

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Skyler Rosewood

Meus olhos estão pesados e meu coração doendo.

Arrasto a mala de rodinhas pelo chão do aeroporto e logo avisto meus pais e Jas segurando uma placa enorme com "Seja Bem Vinda de volta, Sky".

Começo a chorar assim que vejo e corro para abraça-los. Deus, como eu precisava disso.

Minha mãe e Jas choram como duas crianças.

- Ei, pode chorar também papai. - dou um tapinha no braço dele e ele ri com os olhos marejados.

Como é bom estar com a minha família, como é bom te tinha irmã e meus pais perto de mim.

Nunca ficamos tão longe um do outro, sempre fomos nos quatro para tudo o que desse e viesse.

E cá estamos nós, mais uma vez.

—•—

Minha barriga ronca quando sinto o cheiro do arroz e feijão da minha mãe.

- Eu tô morrendo de fome, vocês não tem noção. - digo rindo e servindo a comida no meu prato.

- O que deu em você pra voltar antes, não iria vir só daqui três dias? - minha irmã me pergunta.

Nossa família nunca escondeu segredos um dos outros, e não será agora que eu irei omitir que tive meu coração quebrado por um homem.

- Filha... Está com aquela carinha. - minha mãe diz.

Me sento na mesa como se estivesse em um interrogação com todos me encarando.

- Eu me apaixonei, família. - digo com um sorriso falso no rosto - E acabei quebrando meu coração.

- Skyler, como nós estamos sabendo disso só agora? - minha irmã diz.

- O que o desgraçado aprontou? - meu pai vocifera.

- Ah meu Deus, filha... - minha mãe diz em um ar de lamentação.

Respiro fundo pedindo calma e volto a responder todas as perguntas.

- Não tava nos meus planos ir pra Stone City e voltar como se meu coração estivesse lá, mas aconteceu. Eu me apaixonei pelo Adam que é um pouco mais velho que eu. - digo.

- Um pouco mais velho quanto? - meu pai pergunta.

- Ele... é alguns anos mais novo que o senhor pai. - fico com receio de falar e saber a reação do meu pai.

- O QUE? - minha irmã grita rindo ao ver meu pai vermelho. - Puta merda, Sky. Você tem um Sugar Daddy.

- JAS! - repreendo ela mas começo a rir quando minha mãe tenta acalmar o meu pai.

Eu e Jas temos uma crise de riso enquanto meu pai nos encara assustado.

- Eu gosto dele, ok? Adam sempre me tratou muito bem, mas nos desentendemos por algo que era inevitável. - digo com tristeza.

- Quantos anos ele tem, filha? - meu pai volta a falar um pouco mais calmo.

- Quarenta e cinco, pai. - dou um sorriso amarelo e o vejo começar a tossir sem parar.

Enquanto minha mãe o acalma e minha irmã ri, eu apenas penso em como senti falta disso.

- Ok, Sky. Ele te obrigou a... - meu pai para de falar apenas para que não tenha que completar a frase.

- Não pai, eu já sou bem adulta. Se fiz o que fiz com ele foi por que eu quis, ok? - sirvo o suco no copo vendo sua expressão mais calma - A diferença de idade não diz nada pai, nós apenas aproveitamos a companhia um dia outro mas eu acabei me apaixonando e me iludindo com algo que nunca vai se tornar sério.

- Ron, idade é apenas um detalhe. Se nossa menina ser feliz com um homem mais velho, por que iríamos nos importar? - minha mãe tenta apaziguar o clima.

- Tudo bem, desde que ele não faça você sofrer por que eu quase matei o Otávio. - meus olhos quase saem do rosto quando ele diz isso.

- O senhor o que? - pergunto incrédula.

E foi nesse momento em que eu descobri que meu pai bateu no Otávio e o mandou para o hospital.

—•—

Nenhuma ligação, nenhuma mensagem.

Nada.

Mais de 24 horas longe e Adam não fez nada para me prender lá.

Maldito coração...

Querida Sky - CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora