Reencontro

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Acordar sem saber onde está é uma das coisas mais confusas que seu cérebro pode proporcionar para você, te trás pensamentos conflituosos e perguntas nas quais certamente não temos respostas, a menos que queira correr atrás delas

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Acordar sem saber onde está é uma das coisas mais confusas que seu cérebro pode proporcionar para você, te trás pensamentos conflituosos e perguntas nas quais certamente não temos respostas, a menos que queira correr atrás delas.

Meu corpo estava em um estado estranho, levemente dolorido e com alguns arranhões nos quais não lembro de como foram feitos, pelo menos até buscar essas lembranças em minha mente e consequentemente ser bombardeada por flashes da noite passada. Talvez tenha sido o choque das lembranças ou só havia esquecido de como levantar, pois meu corpo não parecia responder aos comandos básicos que meu cérebro estava dando e naquele momento julguei ter morrido.

Olhei ao redor buscando algo que pudesse comprovar a minha morte, mas ao bater os olhos no porta-retrato da minha formatura tive a certeza que estava bem viva.

Naquele dia deu tudo errado…

Sem dúvidas eu conhecia esse lugar, por estar grogue demais não identifiquei de primeira, mas sabia que no céu não teria uma foto do dia mais vergonhoso de toda minha vida. Mesmo tendo recordações do local, não sabia como havia chegado aqui e ao sentir minha cabeça latejar um pouco me encostei na cabeceira da cama voltando a analisar o cômodo.

Olhei para o carpete e suspirei pesadamente.

Recordo vagamente de ter saído do trabalho após ter um breve desentendimento com a Cleo, ela é uma das enfermeiras do hospital e graças a esse episódio o diretor me mandou pra casa. Sem duvidas, eu amo o meu trabalho, ele é o único lugar que me trás paz, suga todo meu tempo e mantem minha mente no lugar, não sinto solidão quando estou trabalhando, pois tenho muitos pacientes que realmente gostam de mim.

Depois da advertência com o diretor lembro que fui fazer as compras do mês, pois a dispensa de lá de casa estava vazia por alguns motivos nada bons, desde que me entendo por gente nunca gostei de cozinhar, na verdade tenho preguiça e sempre acabo comendo fora, o que trás uma dispensa cheia de comida estragada.

Juro que não me orgulho disso.

Nesse meio tempo lembro de ter recebido um convite da minha tia, já fazia um bom tempo que não nos víamos e como era aniversário do Hank não podia faltar.

E então o trem veio…

O desespero consumiu meu corpo, os sons do trem chegando cada vez mais perto deixavam os pelos dos meus braços eriçados, minhas mãos estavam trêmulas ao lembrar das tentativas falhas que tive na intenção de sair do carro. Aquilo era demais pra mim e sem pensar levantei da cama e fui para fora do quarto onde encontrei uma luz acesa no começo do enorme corredor, meu corpo ainda estava estremecendo e mesmo assim continuei caminhando até aquela sensação incômoda se dissipar. Após sair do corredor dei de cara com uma mulher, ela estava de costas, seus cabelos negros batiam na metade das costas, a mesma era considerada alta, comparada a outras pessoas, como a Cléo por exemplo.

Assim que toquei no ombro dela, a mulher virou encarando-me de forma surpresa.

— Graças a Deus. — Disse a menor me acolhendo em seus braços. — Achei que tinha te perdido.

The Guardian - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora