Inseguranças

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Quinze minutos pode parecer muito para alguém que não costuma ficar trancafiada em lugares pequenos e apertados, mas no meu caso já havia passado bastante tempo

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Quinze minutos pode parecer muito para alguém que não costuma ficar trancafiada em lugares pequenos e apertados, mas no meu caso já havia passado bastante tempo. Meu coração ainda estava acelerado depois do que aconteceu lá na sala, sem dúvidas achei que teria um ataque fulminante naquela hora, os sintomas eram parecidos de certa forma e aquilo me trouxe medo. 

Lembre-se Lalisa, o coração não pode doer, caso aconteça corra para o hospital.

Não faço ideia do que deu em mim, naquele momento só consegui pensar em correr pra bem longe e foi a única coisa que consegui fazer na hora. Confesso que estava com medo, sentia o mais puro nervosismo correndo em minhas veias como um convidado indesejado. 

Me aproximar do espelho foi como um ato impulsivo, uma nova descoberta, deslizei o polegar em meus próprios lábios lembrando do jeito que Jennie havia feito, imaginar aquela cena fez meu corpo incendiar.

Isso me assustou.

Eu nunca tive qualquer pensamentos errados com Jennie, muito menos lembrei dela de maneira inapropriada quando cresci. 

Pensar em um tipo ideal, a primeira imagem que vem em minha mente seria alguém como ela, com algumas características, a voz serena e o jeito sério que Jennie tem. Mas durante toda minha vida, nenhuma garota que se interessou por mim chegou perto disso, elas queriam sexo, queriam um briquedo anormal para matar sua curiosidade e bem… não era isso que eu merecia, desde então tenho me afastado de todas, inclusive, de Cleo que não cansa de me dar cantadas e investidas. Hoje no supermercado pude perceber o quão atraente a coreana era, sua aura misteriosa causava inúmeras sensações, desde que comecei a sentir uma atração por mulheres, sempre tive um desejo maior por pessoas mais velhas e por algum motivo a idade de Jennie só piorou as coisas. Ter uma mulher madura como ela com uma beleza descomunal deveria ser um crime, crime esse que eu jamais poderia cometer, pois parecia tão…

Errado.

Maldita hora que eu fui pegar aquele cigarro.

Fechei os olhos lembrando da forma como Jennie sussurrou tudo aquilo para mim, pude sentir um incômodo entre minhas pernas e droga, como aquilo era errado.

Sentei na poltrona do quarto, suspirei baixinho mantendo os olhos ainda fechados e de maneira inconsciente levei o polegar sob a protuberância por cima da saia, sentia pequenas fisgadas, arrepios involuntários. Céus, aquilo era bom, mas o preconceito sofrido na faculdade jamais me fez dormir ou beijar outra pessoa, tudo daquela época me repreendia todos os dias, como um mantra que jamais esqueceria ou melhor… que eu nunca poderia esquecer. Tenho vinte e três anos e sou virgem de tudo, enquanto os jovens da minha faixa-etária tem vergonha disso, eu não tenho pressa e certamente não me importo. Nunca me masturbei, sempre achava errado graças as coisas que precisei ouvir no ensino médio e o máximo que fiz até hoje foi deslizar o polegar por cima da roupa, não tentei nada além disso. Lembro quando minha tia descobriu sobre esse “bullying” e comprou várias revistas de classificação adulta pra mim, elas me faziam sentir coisas estranhas às vezes e não tinha história ou qualquer enredo significativo, eram apenas figuras e imagens desinteressantes. Hoje eu entendo pra que elas servem, mas na época não serviam pra nada e como sempre me deixava a ponto de tomar um banho de água fria, mas dessa vez, por algum motivo, mesmo com todas essas sensações estranhas, ainda assim desejei que Jennie aqui para me ajudar.

The Guardian - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora