Capítulo 14 ✨

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7 meses depois 🍃

  Tudo parecia estar voltando ao normal de novo. Durante esse tempo, fiquei sabendo algumas coisas sobre os meninos, descobri que o Jin e o Jhope foram cumprir o serviço militar, e os outros meninos estavam se dedicando em seus álbuns. Por incrível que pareça, não esbarrei com nenhum deles na empresa, com exceção de uma vez, que coincidentemente, eu entrei na mesma sala ao qual o Jimin estava, mas ele não me reconheceu, foi muito difícil não poder falar com ele, eu sinto tanta saudade.

  O mais dolorido pra mim, foi saber que não pude nem me despedir deles, sei que esse ano todos os outros irão, inclusive o Jungkook. Eu tenho acompanhado tudo como uma "narradora observadora" de uma história, porém eu não posso estar presente em tudo, eles não me vêem, mas mesmo de longe quando posso, os observo e sinto orgulho por estarem conseguindo lançar seus respectivos álbuns... Descobri que em breve o Suga irá começar uma turnê, estou tão feliz por ele!

Mas enfim, tenho tentado aceitar essa realidade, sabendo que isso pode durar um bom tempo, não sei se um dia eu ainda vou falar com eles novamente, mas independente do que aconteça, quero ver eles felizes.
...

- Ry? - Su-ah diz me tirando dos meus pensamentos, enquanto digitava super concentrada na frente da tela do computador, com seus olhos cansados e suas bochechas avermelhadas, parecia que ela estava dias sem dormir. -  Poderia ir buscar uma pasta de documentos na sala do último andar?

- Aquela tão, tão distante? - me debrusso sobre o balcão ao seu lado.

- Por favor! - sua cadeira gira e ela solta um riso olhando em meus olhos, enquanto me implorava com sua mãos juntinhas. - Preciso resolver essas documentações, antes da viagem dos meninos. (TXT)

- Tudo bem...- solto um riso, mas eu sabia que meu corpo estava pedindo socorro naquela tarde.

  Aquele semana estava completamente exaustiva, não por conta do trabalho, mas porque parecia que meu corpo estava mais cansado que o normal, poderia ser um resfriado? Sim... Mas não quis dizer nada a ninguém, não queria deixar com que se preocupassem atoa, achando que eu estava super doente! Ainda mais a Su-ah, ela é muito cuidadosa e extremamente preocupada, se eu falar que estou me sentindo mal, é capaz dela parar todo trabalho, só para ir me levar ao médico, e cuidar de mim, e isso não pode acontecer, nada pode atrapalhar essa viagem dos meninos do txt.

- Estou indo... Na volta irei lhe trazer um delicioso café gelado.

- Obrigadaaa Ryyy! Obrigada Deus por me dar essa pessoa incrível! 

Reviro os olhos e ria do que ela acabará de dizer. Caminho em direção ao elevador dos fundos, aquele era mais usado por funcionários da HIBE, eu deveria ir pelas escadas, mas eu não estava bem o suficiente, para subir quase vinte longos andares.

"E qual seria a chance de um idol vim justamente nesse elevador às 16:30h da tarde de uma quinta-feira? Nenhuma..." - pensava comigo enquanto me olhava no espelho, limpando em baixo o borrado do lápis que estava em meu olho.

Ouço o elevador abrindo no quinto andar, me viro assustada e não vejo ninguém entrar, respiro aliviada, então no momento que ele estava se fechando...

- Aigooo! - vejo uma mão segurar a porta com força. - Pensei que não iria abrir...

☄️

  Aquelas mãos, aquela voz, aquela risada... Aquela pessoa... Engoli seco ao vê-lo entrando ofegante, e sorrindo pra mim. Eu não consegui sorrir, nem se quer falar uma palavra, abaixei ainda mais o meu boné, e jeitei a máscara em meu rosto. Ele coça a garganta e coloca as mãos no bolso, enquanto mordia os lábios inferiores.

- Olá! - ele se curva, e seus olhinhos de jabuticaba estavam grandes e dilatados, parecendo estar com muita vergonha do que acabará de fazer.

Eu me curvo formalmente, torcendo para que ele não me reconhecesse, minha respiração parecia estar sumindo aquele momento, me encolho no canto do elevador.

"Chega logo!"- penso comigo mesma.

Quando faltava apenas três andares para que eu descesse, o olhei de canto de olho, e ele estava tão lindo...

- Oh! - ele diz no momento em que as luzes do elevador piscam e parece querer parar.

- Hum? - arregalo meus olhos e um desespero surge em mim.

"Esse elevador não pode parar de funcionar, Meu Deus..." - penso comigo enquanto olho desesperada para a porta.

- Acho que...- quando ele começa a falar as luzes se apagam totalmente e o elevador para no mesmo instante.- Ele parou...

- Ai não acredito... - falo baixinho.

- A senhorita está bem? Eu não posso vê-la, mas está tudo bem?

- Hunrum...- minha respiração começa a ficar ainda mais acelerada, não gostava de lugares fechados, e sentia minha pressão abaixando. - Aí...- falo baixinho pondo a mão no espelho do elevador.

- Está tudo bem mesmo?- sinto sua mão tocar em meu braço, e logo encostar em minha mão. - Sua mão está muito fria, está mesmo se sentindo bem? 

Engoli seco novamente, e ensaio para respoder, coço a garganta e tento disfarçar minha voz...

- Eu estou bem senhor, é apenas um mal estar...- falo baixinho.

- Ok... Se não estiver se sentindo bem, pode me falar.

🍃

- Senhor, eu não estou bem...- Sinto meu corpo ficar fraco, tentei relutar em não dizer nada, mas não consegui.

- Acho que já irá voltar a funcionar, se apoia em mim para não se machucar...- sinto sua mão passar pela minha cintura, nesse momento sinto meu ar sumir... - Com licença... Quer se sentar? Eu te ajudo...

Seguro no seu braço e meu coração batia muito, muito forte, eu podia sentir seu cheiro novamente, eu estava lhe tocando de novo.

- Eu vou me sentar...- disfarço a voz mais uma vez, que parece falhar, e vou me abaixando,  sinto ele me acompanhar com cuidado.

- Cuidado com a cabeça... Devo ter água na minha bolsa...

- Não precisa senhor...

- Claro que precisa...- ele abre sua mochila com dificuldade e pega algo. - Aqui senhorita... Pode beber, esse garrafa é novinha, eu nunca usei, hoje seria a primeira vez, mas pode beber...- o sinto segurar minha mão ao me  passar a garrafa.

Abaixo a máscara e bebo da água com calma, eu realmente precisava.

- Acho que ela era pra você mesmo...tem mais uma coisa...- ouço o vasculhar na bolsa.-  Estou sem celular, não consigo nem iluminar...

- O que isso? - ele coloca em minhas mãos.

- Pode comer...

- Não, não... Não posso aceitar senhor. - devolvo em suas mãos a garrafa e o que ele estava me dando para comer.- Estou melhor...- tento me levantar. - Porém acabo me sentindo fraca. - Aigo! - sinto minha cabeça doer.

- Ei! Não seja teimosa, fique sentada...- seu corpo se aproxima do meu, e ele faz com que eu continue onde eu estava. - Se não quer comer, tudo bem...

- Hum...- nesse momento vejo a luz piscar, coloco a máscara rapidamente, até que ela volta funcionar juntamente com o elevador. Me levanto no mesmo instante.

- A senhorita está melhor? - ele se levanta, se aproximando com olhar de preocupação.

- Hunrum...- balanço a cabeça positivamente. - obrigada...- me curvo, e assim que a porta se abre, o ouço dizer:

- Senhorita? Qual o seu nome? Nunca a vi por aqui...- Fora do elevador resolvo mostrar meu crachá. 

- Senhorita Ry... RY? - ele lê com dificuldade - Ei! espera... - ele tenta sair mais a porta acaba se fechando.

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⏰ Última atualização: Mar 16 ⏰

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Propósito Inesperado 2 - Quando Tudo Se Fez NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora