Third

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S/n's pov

Sinto um cheiro muito, mas muito bom. De onde vem isso? Estou em um sonho? Não, minha mente ta raciocinando. Ótimo, agora já sei que to acordando.

Abro os olhos lentamente e sinto o cheiro de café e panquecas invadirem minhas narinas. Uau. O cheiro ta indo longe. Algum vizinho ta inspirado hoje?

...

Não.

Ok, ontem eu comprei fatia de bolo, voltei e...

Me levanto rapidamente, sentindo minha vista escurecer, porém me recupero rápido e vou ver a hora. Sete da manhã. Ok. Cedo demais pra um domingo, mas não é como se eu fosse dormir mais que isso.

Assim que adentro a cozinha, vejo uma cena um tanto quanto inesperada.

Rosé tá finalizando as panquecas, bem concentrada em por morangos no topo delas enquanto cantarola alguma música.

Me encosto na parede de braços cruzados e fico observando. Talvez isso seja um sonho, sei lá. Eu nunca imaginei sequer estar uns 5km dela, quem dirá assim na minha cozinha. Se for realmente um sonho, por favor, ninguém me acorde ou vou cometer um crime.

Meu coração se aquece e meus lábios se curvam para cima involuntariamente quando vejo ela se afastar e dar um pulinho empolgada. Realmente, tá muito lindo e com uma cara muito boa.

Assim que ela se vira, nossos olhares se encontram. Seu rosto imediatamente ganha um tom rosado quando percebe que foi pega no flagra.

— Aprontando na minha cozinha, Park? — Resolvo implicar um pouco com ela, mas para minha surpresa ela responde.

— Bom, se fazer o melhor café da manhã da sua vida for aprontar, então... Talvez? — Ela fala olhando pra cima e batucando o dedo no queixo, como se estivesse em dúvida, possivelmente para disfarçar sua vergonha, e então me olha.

— Para onde foi aquela pessoa calada de ontem, hum? — Falo risonha enquanto desencosto da parede.

— Apenas sinto que você é confiável, por mais que tenha batido na minha cabeça. Ainda dói, sabe. — Ela encosta no local ferido e faz uma careta.

— Qualquer um faria se visse simplesmente uma pessoa estranha em casa, eu acho. Ainda mais com o caos que tava lá fora.

— Você tem um ponto e eu não tenho argumentos válidos. Que tal comer?

— Desviando do assunto? Tsc tsc. — Nego com a cabeça e vou em sua direção para poder olhar as panquecas.

— Jamais, mas minha obra prima merece mais atenção. Você prefere café ou chá? Fiquei em dúvida e fiz café, então vai ser isso.

Olho pra ela incrédula, por quê perguntou se só tinha uma opção?

Deixo um riso escapar e ela me me olha. Só faltava sair o ponto de interrogação de sua cabeça.

— Ta rindo de que?

— De você. Eu amo café, não sou tão fã de chá, bebo quando to me sentindo mal. Meu paladar não permite gostar desse... Negócio.

— Negócio? Uma ofensa! Chá é incrível. Gelado então, o verdadeiro significado de perfeição.

— Segura a barra que já ta forçando, chá gelado é pior ainda.

— Um dia você verá a maravilha de um chá.

— Pode esperar sentada, Park.

Ela arqueia uma das sobrancelhas em minha direção e passa a língua dentro da bochecha, com os lábios entreabertos e levemente curvados pra cima.

(Hiatus) Where is Rosé? | Imagine RoséOnde histórias criam vida. Descubra agora