Rosé's povEscuto uma voz no fundo, sendo totalmente familiar e conhecida por mim. Permaneço de olhos fechados, apreciando aquela melodia, mesmo não prestando atenção nas palavras em si. É bom estar presa nessas duas realidades. Sei que estou prestes a acordar de fato, mas decido aproveitar os poucos segundos que me restam.
A voz fica um pouco mais alta, e é quando resolvo abrir os olhos. Há uma forte claridade aqui, então demora um tempo para me acostumar. Assim que o faço, noto um espaço vazio a minha frente.
Onde ela está?
Me pergunto, sentindo um leve desapontamento e tristeza. Estico o braço, passando a mão no local vazio e amassado. Está frio, faz um tempo que ela levantou.
Me viro de barriga para cima e espreguiço os braços, olhando a hora no relógio em seguida.
Oito e vinte. Bem cedo, devido a hora que dormi.
Memórias da madrugada brotam em minha mente, causando um misto de sensações boas. Cubro meu rosto com o lençol e balanço os pés, em euforia.
Não acredito! Ela me beijou! Ela realmente fez isso!
Deixo um riso bobo escapar, revivendo a cena em minha cabeça e causando aquele caos em meu estômago. Fecho os olhos em resposta, tentando me convencer de que tudo foi real.
Fico alguns minutos enrolando e pensando no quão idiota eu estou por ela, até criar coragem de levantar da cama. Passo no banheiro para fazer minhas higienes básicas da manhã, do tipo escovar os dentes e lavar o rosto. De resto não precisa de muitos comentários.
Talvez eu seja meio cega, ou fosse o sono, mas S/n estava agora na mesma sacada de horas atrás. Seu tronco inclinado para frente, os braços apoiados no metal e os olhos em direção a cidade. Parecia reflexiva. Deve ter encerrado a possível ligação, então resolvo me mover até ela.
Confesso que estou ansiosa e não sei bem como dialogar depois do ocorrido. Só agir normal, certo? Tipo:
'Ei, bom dia, o beijo foi massa, né?'
ou
'E aí, dormiu bem? Porque eu dormi maravilhosamente bem depois daquela sessão prática e eficaz de terapia, como se minha alma fosse a paciente e sua boca a psicóloga.'
Ou fosse melhor ficar quieta, ela não merece um texto imenso, filosófico e bem homossexual essa hora da manhã. Digo, ela merece, mas.
Ah, que se dane.
Passo entre as portas de vidro, me apoiando ao seu lado na grade e admirando sua face. A cor do sol favorece sua pele levemente bronzeada.
Encontrei a oitava maravilha e ela tem uma personalidade duvidosa e uma aura pura.
— Bom dia, Park. — Diz, me olhando de canto e curvando os lábios sutilmente para cima.
— Bom dia, Kim. — Retribuo o sorriso e volto meu olhar para o céu. — Acordou cedo. Tá tudo bem?
— Sim, acho que é o costume. Sabe, geralmente vou trabalhar essa hora, mas...
— Ah. Sobre isso-
— Tudo bem, eu tenho algum dinheiro guardado, consigo algum outro emprego. Era esgotante, de qualquer forma.
— Bom, tudo bem, mas...
— Tentei fazer um café da manhã, mas derramei um monte de coisa. Acabei limpando e só comprando algo. Tudo bem? — Estreito os olhos em sua direção por ser cortada duas vezes, mas só vejo uma cara de paraíso olhando para algumas pessoas distantes nas ruas. Inacreditável. Apenas solto uma risada e pergunto:
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(Hiatus) Where is Rosé? | Imagine Rosé
Fanfiction"Rosé é vista no aeroporto internacional, alterando toda sua agenda, por motivo ainda desconhecido." "Já fazem duas semanas sem notícias da Rosé, o que aconteceu?" "Boatos de que Rosé está com problemas de saúde, e talvez tenha um possível hiatus." ...