S/n's pov
Antes de atender seja quem for, dou uma checada na sala e percebo a janela aberta. Provavelmente ela viu pessoas ali. Que droga, o que eles querem?
Não nego que estou um pouco nervosa e relutante em abrir essa porta, ainda mais depois de ver o quão apavorada Rosé ficou. Mas não posso pensar muito, eles vão insistir.
Chego na porta e fecho os olhos. Conto até 5, respirando fundo em seguida. Assim que giro a maçaneta e abro, vejo uma silhueta masculina e alta em minha frente, com vestes... Suspeitas. Ele está de máscara e com as mãos no bolso. É bom ter cuidado.
— Bom dia! Como está? Eu queria fazer algumas perguntas, se não for um incomodo. — Novamente, suspeito.
— Bom dia. Estou bem, obrigada. Que tipo de pergunta? Estou um pouco ocupada agora. — Não estou, mas ele não precisa saber e também odeio lidar com pessoas, ainda mais estranhas assim.
— É rápido, prometo! Queria saber se essa pessoa — Pega uma foto impressa do bolso e estende em minha direção. — passou por aqui. Por acaso viu alguém parecido?
Pego a foto e analiso, tendo absoluta certeza de que se tratava de Rosé. Sabia, isso não cheirava bem. Olho para ele com um olhar confuso, claramente sendo atuação, e depois volto a olhar a foto. Quero ver onde vai dar.
— Nunca vi e, se tivesse visto, com certeza não me esqueceria. Mas aconteceu algo? — Digo, ainda com as fotos em mãos. Ele me olha e parece estar inquieto. Não consigo analisar direito suas expressões faciais por conta dessa máscara estúpida.
— Sim. Ela é parente de um amigo e ele tá desesperado a procurando. Tem certeza que não viu pelas redondezas? — Olho de relance seu pé batendo impacientemente o chão, por mais que sua voz diga o contrário do que está sentindo. Fito seus olhos e digo com toda a certeza do mundo:
— Desculpa, realmente não a vi. Mas espero que seu amigo encontre logo. Não consigo imaginar como ele está se sentindo. — Acho que nunca fui tão sonsa na vida, mas serviu. Ele pareceu derrotado e se deu por vencido.
— Tudo bem, obrigado. Se encontrar, por favor, ligue para esse número. — Ele me entrega outro papel, agora com seu possível telefone.
— Pode deixar, ligo sim. Se importa de eu ficar com essa foto? Acho que fica mais fácil de identificar com ela. — Pego o número de telefone e coloco junto com a foto, os segurando entre os dedos. Encaro seus olhos e ele parece bem relutante. Ouço um suspiro de sua parte, já considerando uma vitória.
— Claro, eu tenho mais aqui. Obrigado pela atenção e tenha um bom dia!
— Obrigada! Você também e boa sorte na busca. — Sorrio em sua direção e ele apenas dá um aceno, virando de costas e seguindo em direção a rua.
Antes de fechar a porta vejo dois carros pretos parados e mais 4 pessoas fora deles, uma em cada casa diferente procurando informações. Um dos carros está com a porta um pouco aberta. Aperto os olhos na direção e enxergo o reflexo do que parece ser lentes de câmeras. Puta merda.
Fecho a porta devagar e tranco. Solto ar em meus pulmões, sentindo um alívio em meu coração, esse que não durou tanto após lembrar que Rosé está me esperando no quarto. Começo a andar em passos rápidos em direção a escada, mas me lembro da janela. Dou meia volta e, ainda acelerada, sigo para a janela. Antes de fechar, analiso o exterior, mas assim que vejo que há ninguém por perto, apenas a fecho, voltando meu caminho em direção ao quarto, sem antes deixar o papel com sua foto e telefone em qualquer canto dali.
Cada degrau que subo meu coração bate mais rápido, seguido de um aperto horrível no peito. Coloco a mão sobre o mesmo, tentando amenizar a agonia que eu sentia.
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(Hiatus) Where is Rosé? | Imagine Rosé
Fanfiction"Rosé é vista no aeroporto internacional, alterando toda sua agenda, por motivo ainda desconhecido." "Já fazem duas semanas sem notícias da Rosé, o que aconteceu?" "Boatos de que Rosé está com problemas de saúde, e talvez tenha um possível hiatus." ...