A estranheza que a surpresa pode causar.
A rotina de Shiro Makarov não costumava lhe presentear com nenhuma surpresa.
Todos os dias da semana eram a mesma coisa: acordar, contemplar o teto por 10 minutos, se arrumar, passar na casa de seu amigo Jotaro Kujo, ir para a escola, cabular a maioria das aulas e então se separar de Jotaro para ir trabalhar por meio período na loja de discos na qual já possuía o emprego há pelo menos sete meses. Nos seus dias livres e finais de semana, a russa costumava passar os dias na residência da família Kujo, ajudando Holly Kujo a cozinhar ou então assistindo filmes policiais com Jotaro.
Também era rotina que JoJo lhe fizesse uma visita diária em seu trabalho; a dupla costumava ir para os fundos da loja e fumar dois cigarros ou três, jogando conversa fora até que Kujo fosse embora. Com tal rotina estabelecida, não era difícil prever o que aconteceria nas próximas horas.
Porém, naquela tarde de terça ensolarada, Jotaro não aparecera para lhe fazer uma visita, e tampouco lhe ligara para justificar seu sumiço, mesmo sabendo que Shiro sempre demandava explicações e era extremamente curiosa. A ausência da presença do adolescente anormalmente alto causou uma sensação esquisita no peito da garota russa.
Eram pelo menos 3 da tarde quando Shiro se concentrava em organizar os novos discos que haviam chegado de manhã na grande loja. Passava os dedos frios pelas capas dos vinis, tamborilando as unhas pintadas de cor de vinho contra os materiais estampados com belas ilustrações.
Seus olhos cor de vinho pararam no disco que tinha em mãos; era mais um álbum de pop japonês no qual ela não tinha lá muito interesse. Gostaria de ver, ao menos uma vez, algo que não fosse pop japonês ou jazz naquela loja. Seu estilo musical preferido era rock - e todos os sub estilos que existiam dentro do gênero - e Shiro sabia que poderia falar por horas e horas de muitos artistas, bandas e álbuns de tivesse a oportunidade.
'Todos nesse país possuem um gosto péssimo.' resmungava em mente, revirando os olhos.
Tinha lembranças fracas e falhadas de como era em sua terra natal, a grande Mãe Rússia, mas se lembrava bem de um homem que vivia na casa da frente; todo dia, ele se escorava no belo Opala azul escuro na frente de sua casa e fumava alguns cigarros enquanto ouvia suas músicas preferidas no carro.
Shiro não se lembrava no nome do homem, mas se lembrava do mesmo ter moldado seu gosto musical até os dias de hoje.
— Makarov, não acha que tá muito avoada hoje?
A voz ao lado da menina fez-a dar um sobressalto; o disco encapado voando de suas mãos e indo aos céus. O homem que chamara sua atenção levantou as mãos e agarrou o objeto antes que ele caísse no chão, soltando um assobio baixo.— Cuidado, baixinha. — Ele lembrou, estendendo o objeto na direção da de cabelos platinados. — Essas coisas são meio frágeis.
Makarov franziu o cenho, repuxando o canto esquerdo dos lábios em irritação. Takeshi Yoshida era provavelmente o colega de trabalho mais irritante e incômodo que uma garota poderia ter.
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epifania ↳ jojo no kimyou na bouken
Fiksi Penggemar•❝um súbito momento | de percepção e entendimento | sobre algo importante; | inserção da verdade no coração humano.❞ Desde que Shiro Makarov se entendia por gente, seu maior sonho era fazer algo grande e de valor; ser importante de fato para a...