•❝um súbito momento
| de percepção e entendimento
| sobre algo importante;
| inserção da verdade no coração humano.❞
Desde que Shiro Makarov se entendia por gente, seu maior sonho era fazer algo grande e de valor; ser importante de fato para a...
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Aquela quinta feira não poderia ficar pior, aos olhos de Shiro Makarov.
De manhã, durante as aulas, a ausência de seu melhor amigo deu uma grande brecha para que seu maldito fã clube composto por garotos idiotas e otários (que Shiro tinha certeza de que eram virgens e nunca tocaram em uma mulher na vida) lhe cercassem durante não só o intervalo, como também durante as aulas.
Já durante a tarde, Shiro não só foi incomodada por Yoshida novamente, como também teve que lidar com uma patricinha que exigira falar com o gerente da loja pelo simples motivo de Shiro não lhe fazer um desconto na compra de uma vitrola cara e de lançamento recente.
Para fechar com chave de ouro, Shiro recebera uma ligação de Holly Kujo uma hora antes do final de seu expediente, pedindo que a menina se dirigisse ao restaurante no qual a mulher e a russa costumavam almoçar nos finais de semana. A mulher não parecia desesperada ou triste, porém pontuou dizendo que, quanto mais rápida fosse a Makarov, melhor a situação seria.
Então, depois de pedir a Yoshida que lhe cobrisse no final do expediente em troca de um futuro encontro - não que Shiro fosse realmente cumprir sua parte do acordo -, a Makarov saiu em disparada, correndo pelas ruas de Tóquio e quase sendo atropelada pelo menos 3 ou 4 vezes.
Quando abriu as portas de vidro do restaurante, seu nariz logo captou o cheiro de comida no ar e seu estômago roncou alto em resposta, lhe lembrando que não almoçara naquele dia. Deixando o problema de lado, seus olhos cor de vinho varreram toda a extensão do grande cômodo bem iluminado e, assim que achou quem procurava, andou em passos leves e largos até a mesa. Antes que os dois homens desconhecidos e Holly pudessem denunciar sua presença, a russa levantou as mãos e as chocou com força nos ombros de Jotaro Kujo, que deu um pulo.
— JoJo, seu vagabundo! — Cumprimentou alto, uma pitada de irritação escondida atrás de sua voz melódica e sotaque russo. Jotaro suspirou audivelmente ao já ter uma ideia do que vinha aí. — Primeiro você é preso, e depois sai da prisão como se não fosse nada, e em ambas as ocasiões eu não sou avisada. Nosso relacionamento é uma piada pra você?
— Dá pra calar a boca? — Jotaro virou o tronco para trás, apoiando o braço esquerdo nas costas da cadeira. Seus olhos cor de ciano encontraram o rosto irritado de Shiro, devolvendo a irritação com gosto, e o adolescente piscou fortemente durante meio segundo. — Eu ia ligar agora.
Shiro apontou para ambos os olhos do rapaz. — Você pisca forte quando mente. — Observou, arqueando uma das sobrancelhas e cruzando os braços. — Sabe, não precisa ter vergonha de admitir que é um completo idiota estúpido. Ninguém vai te julgar.
