XVI.

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- Emma Cullen -

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- Emma Cullen -

O DIA HAVIA CHEGADO; Bella e Edward iriam se unir em matrimônio.

Tudo estava em seu devido lugar...As decorações, um espetáculo visual de elegância, adornavam o ambiente com uma harmonia perfeita, enquanto os arranjos florais sobre as mesas pareciam dançar ao ritmo da brisa suave que invadia o recinto. Os vestidos, cuidadosamente selecionados e preparados, aguardavam para desempenhar seu papel na celebração.

Naquele momento, eu e Alice nos dedicávamos a auxiliar Bella em seus preparativos finais. A ansiedade era palpável, manifestando-se no pulsar acelerado de seu coração, que eu podia sentir mesmo sem o contato direto.

— Vocês precisam de ajuda? Posso cuidar do cabelo... - Rosalie ofereceu, um tanto hesitante.

Bella abriu os olhos surpresa, como se tivesse ouvido algo inacreditável. A tensão entre elas era conhecida, uma vez que Rosalie mantinha uma postura crítica quanto às decisões de Bella enquanto humana. Eu me senti ligeiramente surpresa.

— Verdade? - Indagou Bella.
— Sim, claro! Eu não imponho sua escolha de se tornar uma noiva.

Rosalie, com um gesto suave, aproximou-se de Bella e começou a arrumar seu cabelo com delicadeza. Cada movimento era meticuloso, como se ela estivesse tecendo uma tapeçaria de fios dourados. A tensão no ar se dissipava, substituída por um silêncio respeitoso e uma sensação de união.

— Alice, Bella? - A indagação ressoou pelo ambiente, portando a doçura melódica de um rouxinol, clara e gentil como o tilintar de um delicado sino.

— Estou aqui, mãe! - Ecoou a resposta de Bella, sua voz tingida de uma mistura de nervosismo e alegria.

Em seguida, adentrou o recinto uma figura majestosa, trajando um elegante vestido na tonalidade de um roxo profundo, que realçava sua postura altiva. Seus cabelos estavam presos em um coque sofisticado, conferindo-lhe um ar de distinção e serenidade.

A semelhança com Bella era inegável; os traços sutis de seu rosto revelavam a linhagem compartilhada. Ela suspirou suavemente, um sinal introspectivo de suas emoções contidas, enquanto seus olhos percorriam o quarto, absorvendo os detalhes daquele dia memorável.

— Oh, meu deus! Está tão linda... - Dissera ela.

Os instantes que se seguiram foram repletos de uma intensidade emocional palpável. Bella e seus pais compartilharam um interlúdio de palavras e sentimentos, um diálogo breve, mas carregado de significados.

Após esse momento de conexão familiar, eles se retiraram discretamente, deixando Bella imersa em seus pensamentos.
— Nada de borrar minha obra de arte! - Alice interveio rapidamente, impedindo Bella de tocar os olhos com o lenço. A preocupação em sua voz era evidente, refletindo o cuidado e a dedicação que havia empregado em cada detalhe da maquiagem de Bella.

— Você está realmente esplêndida, Bella. - Eu sorri.
— Obrigada...Você está uau! Lindíssima, Emma. - Disse Bella.

...

À MEDIDA QUE OS CONVIDADOS adentravam o local, uma crescente inquietação se apoderava de mim. A presença de tantos humanos e o aroma do sangue recém-circulado aguçavam meus instintos vampíricos.

Era como se eu pudesse discernir os sabores distintos em meus lábios, uma experiência que me levava ao limiar de uma crise nervosa.

Não era minha intenção gerar transtornos, contudo, a proximidade com os humanos representava um desafio considerável. A tarefa de manter a compostura em meio a tal proximidade exigia de mim um esforço sobrenatural.

— Acalme-se, Emma. Você não vai perder o controle. - Edward surgiu dentre os arranjos, encostando sua mão gélida em meu ombro.
— Eu preciso respirar, volto logo.

Com uma urgência avassaladora, lancei-me em uma corrida desesperada, impulsionada pela necessidade de eclipsar o impulso quase irresistível de sucumbir à sede de sangue humano.

Meus sentidos estavam aguçados ao extremo, cada batida de coração ao redor ressoava como um tambor em minha mente, cada sopro de vida era uma tentação que testava minha força de vontade.

A luta interna era titânica, uma batalha entre a fera que habitava em mim e a humanidade que eu desesperadamente buscava preservar.

— Emma! - A voz emergiu como uma melodia harmoniosa, e em breve, uma fragrância adocicada se fez presente, carregada pela brisa.
— Seth! Você veio. - Eu sorri, sentindo o pesar da culpa desprender-se de mim.

A simplicidade de sua presença exercia um efeito anestesiante sobre meu corpo, aplacando gradativamente o temor de perder o controle que me assolava.

— Você está...Linda. - Seus olhos brilhavam como ágatas cintilantes.
— Obrigada... - Eu respondi, envergonhada.

Old Money ~ Seth Clearwater. Onde histórias criam vida. Descubra agora