XX.

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- Emma Cullen -

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- Emma Cullen -

ENQUANTO MEUS OLHOS SE PERDIAM na contemplação do horizonte, minha atenção foi capturada por sua figura à janela. Com um sorriso tranquilo que lhe adornava o semblante, ele emanava uma serenidade que contrastava com o fim de tarde agitado.

Ajeitei meus cabelos com tranquilidade, em seguida, lancei-me através da janela envidraçada, aterrissando suavemente sobre o tapete de folhas.

Esta era a segunda vez que eu utilizava a janela como rota de fuga para me encontrar com Seth, um procedimento que, sucessivamente, estava se estabelecendo como uma prática habitual

— O que faz aqui? - Proferi.
— Quero te levar à um lugar. - Ele sorriu.

Encarei-o com certa hesitação, temendo que ele me conduzisse a um local repleto de humanos. Contudo, minha ansiedade se dissipou no momento em que ele entrelaçou nossas mãos.

Prosseguimos dessa maneira por um período, até que alcançamos o limite territorial que divide a aldeia Quileute e o domínio dos Cullen. Uma sensação intensa se apoderou de mim, levando-me a interromper abruptamente meu passo.

— Seth...Eu, me desculpe. Não acho que seja uma boa ideia. - Indaguei, ansiosa.
— Relaxe, Baby. - Meu corpo estremeceu.
— O tratado foi modificado...

Eu estava a par da situação, já que Carlisle me informou de forma resumida sobre o novo acordo, sem entrar nos detalhes do porquê dessa mudança. Mesmo assim, sentia-me receosa com a ideia de cruzar a fronteira.

— Eu...Não posso, deveríamos ser inimigos. - Eu me opus, preparando-me para sair.

— Você quer que sejamos inimigos? - Ele apertou minha mão com suavidade, transmitindo a urgência de seu coração que batia acelerado. 

A alegria que antes iluminava seu rosto cedia lugar a uma tristeza profunda, como se uma sombra tivesse se instalado sobre sua expressão, refletindo uma dor silenciosa que palavras não poderiam descrever.

— Seth...E-eu, me desculpe! É claro que não quero,  mas...E se não gostarem de mim? - Perguntei, observando seu semblante aos poucos voltar ao normal.

— Vão adorar você, acredite.

À medida que nos aproximávamos da saída da floresta, adentrando a proximidade da aldeia, o aroma pungente e distintivo dos lobos tornava-se perceptível, embora parcialmente velado pelo doce perfume de canela e açúcar emanado por Seth.

Enquanto nossas mãos permaneciam entrelaçadas, um tremor sutil se fazia presente nas minhas, e eu poderia afirmar, com quase certeza, que meu coração mortiço ameaçava escapar pela minha boca a qualquer instante.

— Seth, onde estava? - A voz de um garoto ecoou pelas árvores.
— Oh, e trouxe a garota... - Sua aparência de espanto intensificava o tremor em minhas mãos, que se tornavam ainda mais instáveis

— Quil, esta é Emma Cullen.
— Emma, este é Quil Ateara.

O jovem ofereceu-me a mão, esboçando um sorriso tímido. Sua expressão denotava surpresa, como se fosse a primeira vez que ele avistasse um vampiro, ou talvez realmente fosse.

É um prazer conhecê-la. - Ele firmou o aperto em minha mão, demonstrando um ligeiro sobressalto inicialmente, o que presumi ser uma reação à baixa temperatura do meu corpo.

O prazer é meu. - Respondi, esboçando um pequeno sorriso.
— Vem, vamos te apresentar aos outros!

Quil e Seth conduziram-me à acolhedora vizinhança, onde se alinhavam residências de arquitetura singela, porém dotadas de um conforto notável.

Atravessamos a vizinhança com passos cautelosos, cada casa que passávamos parecia vibrar com histórias não contadas, ecos de risadas e sussurros de vidas vividas plenamente. O caminho era ladeado por árvores antigas, cujas raízes se entrelaçavam com as pedras do pavimento, como se a própria natureza quisesse se unir àquela comunidade.

Chegamos então a uma clareira, onde uma fogueira crepitava, lançando um brilho dourado sobre os rostos reunidos ao redor. Eram os membros da tribo, cada um com um olhar que misturava curiosidade e acolhimento. Seth me guiou até o centro, onde Billy Black se levantou para nos receber.

— Emma, seja bem-vinda ao coração da nossa tribo - Disse ele, com uma voz que parecia carregar o peso e a sabedoria dos séculos.

Seth permaneceu ao meu lado, sua mão ainda entrelaçada à minha, oferecendo um conforto silencioso.

Os olhares dos presentes eram intensos, mas não hostis; havia uma força neles, uma resiliência que falava de gerações de luta e harmonia com a terra.

— Obrigada - Consegui dizer, minha voz quase um sussurro.
— É uma honra estar aqui.

Billy assentiu, e um sorriso suave se formou em seus lábios.

— A honra é nossa, de ter a presença de alguém que, apesar das diferenças, está disposta a construir pontes entre nossos mundos.

A noite avançava, e as estrelas começaram a aparecer no céu, como se quisessem testemunhar aquele momento. Histórias foram compartilhadas e risadas ecoaram, tudo era tão magnífico...

— Emma, não é? - Um jovem de estatura elevada, com cabelos meticulosamente aparados e olhos castanhos que denotavam uma vivacidade notável, aproximou-se de nossa posição.

Sua postura ereta e o passo decidido conferiam-lhe um ar de confiança, enquanto seu olhar perscrutador parecia capturar cada detalhe do ambiente.

— Ah sim, e você é?
— Embry, Embry Call. - Respondeu-me, sorridente.
— É um prazer conhecê-la! Seth fala muito sobre você.

Por um instante, fui acometida por um ligeiro engasgo, ao testemunhar a mudança súbita na coloração do rosto de Seth, que adquiriu uma tonalidade vermelha intensa, reminiscente da cor de um tomate maduro. Sua reação inesperada despertou em mim uma mistura de preocupação e surpresa.

NOTAS DA AUTORA: Proximo capítulo pode demorar um pouco para sair, ainda estou escrevendo-o! Mas não se preocupem o romances entre Seth e Emma está mais próximo do que parece

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NOTAS DA AUTORA:
Proximo capítulo pode demorar um pouco para sair, ainda estou escrevendo-o! Mas não se preocupem o romances entre Seth e Emma está mais próximo do que parece. Beijos sangrentos! 🖤

(Capítulo não revisado).

Old Money ~ Seth Clearwater. Onde histórias criam vida. Descubra agora