25 | Granada.

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Tae está de frente para Jennie, que está em cima da máquina de lavar com as pernas em volta dele

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Tae está de frente para Jennie, que está em cima da máquina de lavar com as pernas em volta dele. Os dois estão se beijando como se quisessem descobrir quanto o eletrodoméstico consegue aguentar.

Não sei se existe uma palavra para o que estou sentindo; é como se eu fosse um livro sendo folheado e as páginas fossem tristeza/traição/ciúme/mágoa/Jennie/por quê?.

Ela está beijando Tae e o segurando entre as pernas como se precisasse prendê-lo ali, mas eu sei que não precisa. Eu sei como é beijar Jennie. Dá vontade de ficar ali para sempre, sem querer perder nem um segundo.

O rosto de Jennie está seco como se ela nem tivesse chorado. Não vou aguentar. Não posso me torturar dessa forma. Isso é doentio. O que ela faz é doentio. Ele é um babaca, e talvez faça coisa até pior do que bullying. Eu não sei, mas não vou ficar aqui para descobrir.

Eu me viro antes que eles me vejam, abro a porta de deslizar e saio correndo. Não tem mais ninguém na piscina; todos estão bebendo lá dentro, e as boias utuam solitárias sobre a água.

O ideal seria pegar minha bicicleta e ir embora, mas minhas têmporas estão doendo e minha visão está escurecendo. Preciso me acalmar antes de ir.

Desmorono sobre um banquinho de cimento e enterro a cabeça nas mãos, tentando contar minha respiração e perdendo a conta no sete. Depois no três. Depois no quinze.

Merda. Não consigo parar de pensar naquela cena. Será que ele já tirou a roupa dela? Eles vão transar ali mesmo, na máquina de lavar?

Meus olhos cam marejados, então olho para o céu e pisco com força para afastar as lágrimas.

Jennie não as merece. Não mesmo. Não até que ela fale comigo.

— Tá tudo bem?

Olho para trás, e Bambam está aqui, com as mãos nos bolsos. Eu não o ouvi chegar.

Dou de ombros. Se eu tentar falar, vou começar a chorar. Ou até mais do que isso. É difícil dizer depois de hoje. Dessa semana. Da existência de Jennie em minha vida.

Ele pega um baseado e acende, sem me oferecer. Que mal-educado. Parte de mim quer experimentar. Me desligar. Suavizar as pontadas que estou sentindo no peito. Sinto que estou sangrando cada vez que inspiro, ferida por minha própria fraqueza.

— Posso? — pergunto.

— Só se falar comigo — responde ele.

Fico olhando para Bambam.

— Parece que você precisa muito conversar — explica ele.

— Que altruísta da sua parte.

Ele me passa o baseado, e eu dou uma tragada. É quase doce... um gosto que nunca senti antes. Seguro a fumaça em meus pulmões o máximo que posso, respirando devagar.

Girls Like Girls | JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora